2013-05-26

'Empresa cobra muito, mas não elogia os trabalhadores' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/05/2013, com uma história do Max sobre cartomantes e elogios a funcionários.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Empresa cobra muito, mas não elogia os trabalhadores'

cartomante bola de cristal

Um ouvinte reclama que a empresa dele cobra muito dos funcionários: aperta muito, critica muito, mas nunca dedica um minuto sequer a elogiar os que conseguem bons resultados.

Bom, eu não me lembro se já contei essa história antes, mas uma vez, numa empresa em que trabalhei, fizemos uma convenção. Para não ficar naquele velho modelo de manter os funcionários sentados em uma sala ouvindo apresentações durante horas, decidimos fazer algo inovador: convidamos consultores externos de diversas áreas, para que cada participante, individualmente, pudesse conversar com eles. Tínhamos especialistas em oratória, em finanças pessoais, em dicas de informática, em negociação e por aí vai.

Mas incluimos também uma figura esotérica nessa lista: uma cartomante. Para nossa surpresa, ela foi de longe a mais procurada pelos participantes. Mais do que aprender a falar melhor, ou a equilibrar o orçamento, ou a se inteirar das novidades tecnológicas, o nosso pessoal queria mesmo era descobrir o que o destino reservava a eles. Além disso, na avaliação feita pelos próprios participantes após a convenção, a maior nota de aprovação foi dada à cartomante, algo que o nosso diretor de recursos humanos definiu como "um absurdo total".

O que a cartomante tinha dito aos que a procuraram? Que eles eram ótimos e que seriam ainda melhores no futuro. Acostumados a cobranças constantes e a avaliações frias e burocráticas com base em números e objetivos, os funcionários ouviram, em dois minutos, o que já não ouviam há muito tempo: um cumprimento e um incentivo.

É claro que a cartomante não podia fazer uma avaliação precisa de cada um. Ela apenas nos mostrou o óbvio: funcionários vão acreditar mais em si mesmos se a chefia demonstrar que acredita neles.

Max Gehringer, para CBN.

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