2013-06-25

'Sou obrigada a participar de festas da empresa' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/06/2013, com uma ouvinte que não quer mais participar de tantas festinhas da empresa cujo ambiente de trabalho e relacionamento entre os funcionários não é bom.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Sou obrigada a participar de festas da empresa'

festas em empresas

Uma ouvinte escreve: "Tenho uma dúvida quanto a comemorações. No meu setor temos todo mês uma festa dos aniversariantes. A cada 15 dias temos um encontro de happy hour. No fim do ano temos a festa do amigo secreto. Tudo isso é fora do expediente e com as despesas sendo rateadas entre os funcionários. E a presença é compulsória. Quem falta vira assunto no dia seguinte e é chamado a se explicar com o chefe, que vive dizendo que a integração faz o ambiente de trabalho. Acontece que o relacionamento entre os colegas nunca foi bom. A maioria de nós preferiria não participar dessas festinhas, mas quem reclama é tachado de desagregador. Você poderia fazer um comentário sobre essa situação?"

Sim, vamos lá. Quando o ambiente de trabalho é bom, festas são bem vindas. Quando o relacionamento entre os colegas não é bom, festas só ajudam a piorá-lo. Como esse parece ser o caso do setor da nossa ouvinte, o que provavelmente acontece nestas festas obrigatórias é a formação de grupinhos, que ficam falando mal dos outros grupinhos.

Mas, mesmo no primeiro caso, o da empresa com bom ambiente que promove celebrações, sempre existem pessoas que não gostam de festas e não deveriam ser coagidas a participar delas. É um caso elementar de respeito a individualidade.

O que a nossa ouvinte pode fazer? Ser a primeira a dizer que não participará mais. Se a maioria dos colegas for mesmo contra as festas, a atitude da nossa ouvinte receberá apoio imediato. Se não receber, ela ficará isolada.

Nossa ouvinte precisa então decidir o que será pior para o futuro dela no setor: o isolamento voluntário ou a falsa integração. Em casos assim, como a própria ouvinte escreveu, a maioria tende a optar pela segunda hipótese, que oferece menos riscos.

Max Gehringer, para CBN.

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