Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 10/07/2013, com o caso de um ouvinte cujo diretor não quis aceitar a sua carta de demissão.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Diretor não quer aceitar meu pedido de demissão'
Um ouvinte escreve: "Solicitei minha demissão da empresa na qual trabalho faz sete anos. Meu diretor ficou enfurecido, para dizer o mínimo. Ele me chamou de traidor e de mal agradecido. E me disse que não aceitava que eu me demitisse. Ele não me fez nenhuma contra-oferta, apenas se recusou a receber a carta de demissão que tentei entregar e me mandou voltar para o meu local de trabalho. O que faço, posto que já me comprometi com outra empresa?"
Bem, se pudermos usar uma comparação com o ramo imobiliário, eu diria que o seu diretor não sabe qual é a diferença entre locação e propriedade. Legalmente, ao assinar um contrato de trabalho, o empregado concorda em alugar o seu tempo e o seu conhecimento para a empresa, mediante um pagamento.
Essa relação bilateral tem peso igual e por isso pode ser terminada a qualquer momento por uma das duas partes, independentemente da opinião da outra parte. É exatamente isso o que a empresa faz quando decide demitir um empregado. Ela não pergunta se o empregado quer ser demitido.
O seu diretor, entretanto, agiu como se a sua carreira fosse propriedade dele ou da empresa. Na visão dele, você precisaria pedir permissão para se demitir. E somente formalizar essa demissão se fosse autorizado.
O que você deve fazer é entregar a sua carta de demissão ao setor de recursos humanos. Se houver nova recusa em recebê-la, o que eu não acredito que aconteça, você deve registrá-la em cartório e enviá-la por correio, como carta registrada, ficando com uma cópia para a sua garantia e para apresentar à nova empresa.
Ao completar os 30 dias de aviso prévio, a contar da data da carta, você estará devidamente desalugado para começar no novo emprego.
Max Gehringer, para CBN.
Hhahahahaha não cabe a ninguém aceitar. Qualquer ser humano é livre pra ir e vir. Funcionário não é propriedade da empresa, está prestando seu serviço...até achar outro melhor.
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