2014-02-10

'Não deveria existir uma regra universal quanto a funções e requisitos?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 10/02/2014, sobre as regras quanto a funções no mercado de trabalho e seus pré-requisitos.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Não deveria existir uma regra universal quanto a funções e requisitos?'

mercado de trabalho

Um ouvinte escreve: "Não consigo entender o mundo corporativo. Por exemplo, em algumas empresas um assistente de logística precisa ter apenas o ensino fundamental. Em outras, para ocupar esse mesmo cargo, é exigido curso superior em logística. Não deveria existir uma regra universal quanto a funções e requisitos?"

Bom, não sei se deveria haver, mas legalmente não há. No caso que você exemplifica, algumas empresas dão mais valor à experiência prática anterior, enquanto outras preferem valorizar um curso superior.

Leis existem no caso de médicos, dentistas e outras profissões que possam colocar em risco a integridade de um paciente. Há também uma legislação que demanda uma prova de proficiência para que bacharéis em Direito e Ciências Contábeis possam exercer as funções para as quais estudaram.

De modo geral, empresas são cuidadosas em casos específicos. Se uma empresa tem um restaurante, contrata uma nutricionista. Tal situação, porém, não se aplica à maioria das funções administrativas. Um assistente, analista ou auxiliar não precisa ter curso superior porque não há nenhum dispositivo legal que impeça uma empresa de preencher uma dessas funções com um profissional que só completou o ensino fundamental.

Na área de vendas os pré-requisitos variam enormemente. Como não há uma faculdade que forme vendedores, qualquer candidato é, em princípio, aceitável, com ou sem estudo.

As regras de contratação no Brasil são assim tão elásticas porque as grandes empresas privadas preferem contratar quem é diplomado. Mas elas só empregam 15% dos profissionais brasileiros.

Max Gehringer, para CBN.

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