2014-04-30

'Fui aconselhado a fazer um MBA durante minha avaliação anual' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/04/2014, com um ouvinte que foi aconselhado a fazer um MBA durante a sua avaliação de desempenho anual.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Fui aconselhado a fazer um MBA durante minha avaliação anual'

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Um ouvinte escreve: "Tenho 54 anos e estou razoavelmente bem empregado em uma instituição financeira. Tenho um cargo gerencial e permaneceria nele até o dia em que decidisse me aposentar, já que na minha idade, parece-me mais sensato procurar manter o que está a mão do que arriscar uma mudança. Porém, em minha avaliação anual, meu diretor comentou que seria recomendável eu cursar um MBA, usando como argumento o fato de que mais de 60% dos gerentes da empresa fizeram ou estão fazendo MBA.

Do ponto de vista do meu trabalho em si, sei que isso seria uma inutilidade, porque os gerentes que trabalham comigo e que concluíram um MBA continuam a fazer as coisas exatamente do jeito que faziam. E do ponto de vista familiar, dedicar várias horas adicionais a um curso, durante dois anos, iria me privar de fazer várias coisas mais prazerosas. Qual é a sua opinião?"


Bom, eu diria que a resposta passa por uma questão: quando você pretende se aposentar? Se for daqui a dez anos, eu sugiro que você faça o MBA.

Nomenclatura à parte, o que pode acontecer com você é o que já aconteceu nos últimos vinte anos com muitos profissionais que ocupavam cargos de chefia, mas não tinham curso superior. Ao serem comparados com os mais novos, todos diplomados, os mais antigos passaram a dar a impressão de não estar mais à altura da função. E não poucos acabaram sendo substituídos.

Há empresas que não ligam para nada disso. Mas as de grande porte ligam. E a sua é uma delas. Por isso, eu entendi o frágil argumento do seu diretor mais como um aviso, que não seria prudente você ignorar.

Max Gehringer, para CBN.

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