2014-05-06

Por que empresas valorizam mais os funcionários que executam as tarefas sem questionar? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 06/05/2014, com um ouvinte que questiona o porquê das empresas valorizarem mais os funcionários que executam as suas tarefas sem questionar.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Por que empresas valorizam mais os funcionários que executam as tarefas sem questionar?

linha de produção

"Por que", pergunta um ouvinte, "empresas valorizam mais o empregado que executa uma tarefa sem perguntar porque ela é executada, em vez de valorizar aqueles capazes de pensar, discordar e sugerir mudanças?"

Bom, existem dois tipos de tarefas nas empresas: aquelas que fazem parte de uma cadeia operacional pré-determinada e aquelas que requerem análises de dados para tomadas de decisões. No primeiro caso, estão, por exemplo, um operador de máquina ou um auxiliar de contabilidade. E no segundo, especialistas em marketing ou em planejamento estratégico. No primeiro caso, o resultado esperado é previamente conhecido. No segundo, há várias possibilidades que precisam ser ponderadas para se chegar a uma decisão.

Em ambos os casos, porém, existe espaço para a criatividade. A diferença é que nas tarefas rotineiras, esse espaço é muito reduzido.

Então, respondendo à sua pergunta: os funcionários capazes de pensar são valorizados, desde que as sugestões que apresentem tenham a ver com a tarefa que lhes é confiada. Imagino que no seu caso específico, você tenha uma dessas tarefas que não dão muita margem a novas ideias, discordâncias e sugestões de mudanças. Digo isso até por estatística, porque as funções realmente pensantes devem abarcar, no máximo, 10% dos funcionários de qualquer empresa.

Você teria então, duas opções. Ou mostrar que é o melhor executor para merecer uma promoção a pensador, ou abrir o seu próprio negócio para poder tomar decisões sem consultar a ninguém. Mas com o risco de ter empregados que irão querer pensar e discordar das suas orientações.

Max Gehringer, para CBN.

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