2014-06-02

'Recusei o emprego porque não gostei do entrevistador' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 02/06/2014, com uma ouvinte que recusou uma proposta de emprego porque não gostou do entrevistador.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Recusei o emprego porque não gostei do entrevistador'

entrevistador de emprego

Escreve uma ouvinte: "Tenho 28 anos e estou empregada. Mas comecei a cismar que a minha carreira não estava indo mal, mas poderia ir melhor. Então saí procurando e consegui uma entrevista em uma boa empresa. Respondi a todas as perguntas do entrevistador, que viria a ser o meu futuro chefe, agradei e recebi uma proposta para mudar. Aceitei, fiquei de pedir demissão em minha empresa atual e depois de três dias pensando, decidi recusar o novo emprego. Por um motivo que ainda não consegui entender, nem explicar: eu não gostei do entrevistador. Senti uma sensação estranha logo que entrei na sala e essa sensação perdurou durante toda a entrevista. Será que fiz uma bobagem enorme?"

Eu acredito que você tenha tomado a decisão correta. Uma entrevista tem esse nome porque é uma estrada de mão dupla e os dois lados precisam estar satisfeitos.

Se o entrevistador não tivesse sentido por você uma simpatia que vai além do currículo e da experiência, ele não lhe teria feito a proposta. E se você não simpatizou com ele, não é obrigada a aceitar a proposta só porque concordou em fazer a entrevista.

Você tinha duas opções. Ou começar no novo emprego para só depois descobrir se a sua sensação estranha tinha razão de ser, ou não aceitar e esperar por uma nova oportunidade. E a segunda opção é bem mais segura.

Quanto à causa da sua recusa, não perca seu tempo tentando entendê-la, porque ela contém aquele mesmo componente de química pessoal que pode fazer com que duas pessoas se apaixonem ou se desgostem, ao primeiro olhar. E isso desde sempre se sente, mas não se explica.

Max Gehringer, para CBN.

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