2014-10-28

'Estou receoso de não me adaptar ao estilo de uma multinacional' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 28/10/2014, com um ouvinte que só trabalhou em empresas familiares e está em dúvida se irá se adaptar a uma multinacional.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Estou receoso de não me adaptar ao estilo de uma multinacional'

empresa multinacional

Um ouvinte escreve: "Sempre trabalhei em empresas familiares e me dei bem nelas. Faz um mês e pouco, um amigo me convidou para participar de um processo seletivo na multinacional em que ele trabalha. Fui e, para minha surpresa, recebi uma proposta de emprego. Seria uma evolução para minha carreira, mas estou receoso de não conseguir me adaptar ao estilo de uma multinacional. Gostaria de ouvir a sua opinião."

Bom, se experiência prática conta, eu passei a primeira metade de minha carreira em empresas familiares, antes de ir para uma multinacional. De modo geral, as diferenças são as seguintes.

Multinacionais são mais previsíveis. Como processos e relatórios precisam ser semelhantes em todos os países, tudo é previamente definido, padronizado e colocado em manuais.

Em empresas familiares, impera mais a confiança que o dono deposita nos funcionários, principalmente aqueles que ocupam cargos de gestão. Nem tudo é colocado por escrito e as decisões tendem a ser mais impulsivas.

Além disso, nas multinacionais, o desenvolvimento da carreira depende mais dos resultados de quem executa do que do humor de quem decide.

Tirando tudo isso, gente é gente, em qualquer lugar. E você encontrará nas multinacionais as mesmas figuras a que está acostumado nas empresas familiares.

Quando eu decidi mudar, considerei a visibilidade que a mudança me daria no mercado de trabalho. E não me arrependi. Espero que você tome a melhor decisão, qualquer que seja ela, e que também não se arrependa.

Max Gehringer, para CBN.

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