Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/04/2015, com um ouvinte que pergunta se a empresa pode mudar o local de trabalho sem antes consultar os empregados.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
/===================================================================================
Empresa pode mudar a sede sem levar em consideração os funcionários?
Um ouvinte escreve: "A empresa em que trabalho mudou de local. Saímos de uma localização acessível para outra mais distante, na periferia. Isso vem me causando vários problemas e pergunto se a empresa poderia ter feito essa transferência de local sem levar em consideração a situação de cada empregado?"
Bom, leia, por gentileza, o contrato de trabalho que você assinou ao ser contratado. Nele consta o endereço em que você iria trabalhar e que certamente era o de onde a empresa estava. Continue lendo.
Praticamente todos os contratos possuem uma cláusula, lá pelo pé da terceira página, que diz mais ou menos o seguinte: o empregado se coloca a disposição para eventuais transferências do local de trabalho. Se isso consta em seu contrato e você assinou, então a resposta é: sim, a empresa fez o que você concordou previamente que ela poderia fazer.
A dita cláusula pode ser usada igualmente para uma transferência de cidade ou de estado. Mas, nesses casos, ocorre um entendimento prévio com o empregado, já que haverá despesas extras envolvidas. Quando a mudança é para o mesmo município, há apenas uma informação com detalhes sobre o novo local, o sistema de transporte e as facilidades encontráveis na vizinhança.
Dito tudo isso, é justo tirar empregados de um local em que todos estão acostumados e criar vários inconvenientes? Não, não é justo, nem um pouco. Mas como você verá, ao ler o contrato, é legal. A diferença entre legal e justo é a de que o benefício maior será sempre da parte que redige o contrato.
Max Gehringer, para CBN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário