2015-09-18

'Podemos pedir um reajuste após a demissão de dois colegas?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/09/2015, com um ouvinte que está trabalhando mais porque teve colegas demitidos e quer pedir um reajuste de salário a seu chefe.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Podemos pedir um reajuste após a demissão de dois colegas?'

reajuste salarial

Escreve um ouvinte: "Éramos cinco funcionários em meu setor, mas a empresa reduziu para três. Isso já faz dois meses e estamos pensando em falar com nosso superior sobre um possível reajuste, já que agora somos três fazendo o trabalho de cinco. Você concorda que temos motivos justos para pleitear esse reajuste?"

Sim, eu concordo que quem trabalha mais, merece ganhar mais. Porém, permita-me esclarecer a diferença entre o que é justo e o que é legal.

Ao assinar um contrato de trabalho, o empregado se coloca à disposição da empresa oito horas por dia. Como o contrato estabelece o tempo e a remuneração, mas não o volume de trabalho, entende-se que o funcionário executará todas as tarefas possíveis de serem feitas nessas oito horas.

Ao conversar com o seu superior, vocês três poderão ouvir dele os seguintes argumentos:

Primeiro: havia certa ociosidade quando vocês eram cinco e agora ela foi eliminada.

Segundo: o volume de trabalho diminuiu em função da crise e o quadro de pessoal foi ajustado.

Terceiro: vocês, de fato, estão tendo que trabalhar mais, mas a situação difícil não permite reajustes.

Ou seja, no fim das contas, a resposta será: não!.

Mesmo assim, eu sugiro que vocês falem com o seu superior e apresentem os seus argumentos. Se ele pender para o lado da lei, ele estará certo. Agora, se ele for compreensivo e olhar também para o lado do que é justo, pode ser que vocês recebam algum reajuste. Logo, vocês não perdem nada ao falar com ele. A não ser, talvez, um pouco de tempo, que agora ficou mais escasso.

Max Gehringer, para CBN.

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