2015-11-16

Como é avaliado o currículo de alguém que optou por suspender temporariamente a carreira? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 16/11/2015, sobre como é avaliado um currículo de uma pessoa que deu uma pausa temporária na carreira e agora quer retornar ao mercado de trabalho.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Como é avaliado o currículo de alguém que optou por suspender temporariamente a carreira?

avaliando currículo

Uma ouvinte pergunta: "Como é avaliado o currículo de alguém que assumidamente optou por suspender temporariamente a carreira, por exemplo, para cuidar de um filho que nasceu ou tratar de um pai doente ou tirar um ano sabático para conhecer novas culturas? Como esses profissionais são vistos pelas empresas?"

Vamos lá. Posso acrescentar mais um caso à sua lista: a dos que deixam o país por um ano para aprender um idioma.

De modo geral, quando profissionais que fazem uma dessas coisas não encontram emprego ao retornar ao Brasil ou ao mercado de trabalho, a primeira conclusão que eles tiram é a de que as empresas têm algo contra quem fica sem trabalhar por um tempo por razões pessoais, qualquer que tenha sido o motivo. Isso não acontece.

Empresas sempre selecionam o candidato mais adequado para uma vaga, aquele que pode oferecer um bom histórico anterior, tanto em formação teórica quanto em experiência prática. Nenhuma empresa rejeitaria o melhor candidato em um processo seletivo apenas porque ele decidiu passar um ano no Tibete.

O que acontece é que quando um candidato é preterido em um processo, a sua busca por explicações costuma parar já na primeira hipótese, a do afastamento temporário. Isso impede que o candidato avalie corretamente o que possa estar lhe faltando para ser o mais adequado, como por exemplo, formação e conhecimento específico.

Além disso, sugiro também não tentar explicar, num currículo, o motivo da pausa pessoal. É melhor para deixar fazer isso cara a cara na entrevista.

Max Gehringer, para CBN.

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