Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Transição de empregado para dono cobra seu preço
Um ouvinte escreve: "Trabalhei 4 anos em uma empresa de bom tamanho e meu gerente era um profissional que eu estimava muito, por estar sempre disposto a ouvir e nunca levantar a voz. Pois bem, faz cinco meses esse gerente decidiu abrir a sua própria empresa e me convidou a ir trabalhar com ele. Aceitei e fui, em razão do ótimo relacionamento que sempre tivemos. Só que ele mudou da água para o vinho: ficou impaciente, intransigente, diz que falou coisas que não falou e quando me recebe para conversar, fica olhando seguidamente para o relógio, como se a minha presença estivesse incomodando. O que você acha que pode ter acontecido?"
Eu imagino que esse tenha sido o preço de ele fazer a transição de empregado para dono.
Em uma empresa, as responsabilidades são compartilhadas e por isso, a carga de trabalho e o volume de decisões de cada um são menores. Agora, ele passou a ter que assumir sozinho o que antes dividia com outros gerentes. Além disso, administrar o dinheiro da empresa, sendo empregado, é uma coisa. E administrar o próprio dinheiro é outra, bem diferente.
Eu lhe diria que o gerente que você tinha virou empresário. Mas no fundo, continua sendo a mesma boa pessoa que ele era. Cabe a você tentar compreender que a maneira de ele agir é decorrente da mudança da situação e passar a enxergá-lo como alguém que precisa muito mais da sua ajuda agora do que precisava na empresa anterior. Com o tempo, você encontrará a maneira mais adequada de lidar com essa nova situação.
Max Gehringer, para CBN.
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