2016-04-26

Empresas costumam padronizar cartas de recomendação - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 26/04/2016, com um empresário que demitiu uma funcionária e não sabe o que fazer agora que ela lhe pediu uma carta de recomendação.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Empresas costumam padronizar cartas de recomendação

carta de recomendação

Escreve um ouvinte empresário: "Há algumas semanas tive que demitir uma funcionária por razões de comportamento. Dentre outras coisas, falta de diálogo e de colaboração com os colegas, e atrasos que ela se recusava a explicar. Não houve nenhum problema no momento da demissão, mas agora ela me solicitou uma carta de recomendação. Como devo proceder num caso assim? Posso me recusar?"

Poder, pode. Mas pense bem. Se o comportamento dela era inadequado aos padrões da sua empresa, isso não significa que ela irá se comportar do mesmo modo em futuros empregos. Essa avaliação caberá aos profissionais que irão entrevistá-la.

Pensando nisso e também para evitar possíveis atritos com sindicatos de classe, as empresas concedem uma carta padronizada, que não faz nem elogios e nem críticas a quem é demitido. O modelo é mais ou menos assim:

"Atestamos que a senhora Tal trabalhou nesta empresa durante o período de tanto a tanto, não constando em nossos registros ocorrências que possam desabonar sua conduta. Atenciosamente, o seu nome e o da sua empresa."

Ao afirmar que nada consta nos registros, você não está mentindo. A não ser que a funcionária tenha sido advertida formalmente e tenha assinado essa advertência. Nesse caso, você pode explicar a ex-funcionária que prefere não conceder a carta porque teria que registrar nela a ocorrência disciplinar. E isso iria mais prejudicá-la do que ajudá-la.

Mas se isso não ocorreu, permita que a carreira dela siga em frente. Partindo do salutar princípio de que pessoas podem rever e mudar as suas atitudes depois de uma demissão.

Max Gehringer, para CBN.

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