2016-06-04

'Devo dizer que fui demitido por diferenças éticas com o gerente?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 03/06/2016, com um ouvinte que tinha um chefe pouco ético e que foi demitido depois de conflitos com o chefe, e agora quer saber o que dizer em entrevistas de emprego.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Devo dizer que fui demitido por diferenças éticas com o gerente?'

diferenças com o chefe

Um ouvinte escreve: "Fui demitido faz um mês, devido a desentendimentos com o meu gerente. Ele tinha uma maneira pouco ética de gerenciar, escondendo fatos da direção e inventando histórias falsas para justificar seus erros. Como eu discutia as ordens dele, acabei sendo dispensado. Pergunto se devo dizer isso em entrevistas, para deixar claro o meu comprometimento com a ética?"

Vamos lá. Há duas situações diferentes no seu relato. A primeira, concreta, é que você foi demitido. E a segunda é que você presume que a sua demissão tenha sido causada somente pela diferença de valores éticos entre você e seu gerente.

Isso é difícil de ser comprovado em uma entrevista, porque você estaria dando ao entrevistador a sua versão do que ocorreu, que certamente seria desmentida pelo gerente que o demitiu, caso ele venha a ser consultado por uma empresa que tenha interesse em contratar você.

Não estou insinuando que o motivo da sua demissão não tenha sido o que você relatou. Mas coloque-se no lugar de um entrevistador. Não são poucos os candidatos que atribuem as suas saídas de uma empresa a um chefe incompetente ou mal educado ou pouco ético.

Diante de vários candidatos aceitáveis, o entrevistador tenderá a dar preferência a um que não tenha tido problemas de relacionamento com a chefia ou com os colegas.

O que posso lhe sugerir é responder que houve uma redução de quadro. E depois, durante a entrevista, enfatizar o seu caráter ético, mas sem afirmar que ele foi o único motivo para a sua demissão.

Max Gehringer, para CBN.

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