2017-03-10

‘Ganho menos do que várias pessoas que estudaram menos’ - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 10/03/2017, com um ouvinte que ganha menos do que algumas pessoas que estudaram menos do que ele e têm funções semelhantes.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/==========================================================================

‘Ganho menos do que várias pessoas que estudaram menos’

comparando salários

Um ouvinte escreve: "Ganho menos do que várias pessoas que conheço que estudaram menos do que eu e que têm funções semelhantes às minhas. Isso não é uma anomalia?"

Não. Suspeito que você esteja fazendo uso da chamada "estatística em causa própria". Se você investigar bem, descobrirá que também existem pessoas que estudaram mais que você e ganham menos que você, mesmo tendo funções semelhantes às suas.

Certamente você terá boas explicações para ganhar mais que elas e tenho certeza de que serão explicações válidas. Mas vou responder à sua dúvida com números.

De fato, o estudo influi no salário. Na média geral do mercado, quem tem curso superior ganha cerca de 20% mais do que quem não tem. E quem tem pós-graduação ganha cerca de 15% mais do que quem só tem curso superior.

Acontece que média geral não significa um número, mas uma faixa salarial. E essas faixas se sobrepõem.

Digamos que você esteja numa faixa cujo salário oscila entre três e cinco mil. A faixa inferior a sua oscilará entre dois e quatro mil. O que significa que, se você estiver no terço inferior da sua faixa, ganhará menos do que alguém que esteja no terço superior da faixa abaixo da sua.

A boa notícia é que você terá muito mais espaço para subir, enquanto a pessoa que hoje ganha mais do que você já está batendo com a cabeça no teto da faixa.

Portanto não pare de estudar. Porque isso influi e muito, embora em certos momentos da carreira até possa parecer que não influi.

Max Gehringer, para CBN.

Nenhum comentário:

Postar um comentário