2017-03-20

'Minha subordinada namorou o gerente, assumiu meu lugar e fui demitida' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/03/2017, com uma ouvinte que foi demitida depois que a sua subordinada começou a namorar o gerente e tomou o lugar dela como coordenadora e agora não consegue explicar, numa entrevista de emprego, o porquê de ter sido demitida.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Minha subordinada namorou o gerente, assumiu meu lugar e fui demitida'

intrigas no escritório

Uma ouvinte escreve: "Eu era coordenadora de um setor e tudo ia bem até o dia em que o meu gerente começou a namorar uma funcionária que era minha subordinada. Não que isso fosse um escândalo, porque ele é separado e ela é solteira. Mas eu não consegui competir com o romance deles. Depois de alguns meses, fui demitida e a namorada foi promovida para a minha vaga.

É claro que fiquei transtornada e revoltada, mas decidi engolir a afronta e seguir em frente. Só que faz cinco meses que estou procurando emprego e não encontro. Acredito que seja porque fico nervosa nas entrevistas, principalmente quando me é perguntado o motivo da minha demissão."


Humm, vamos lá. Estamos vivendo no mercado de trabalho um período triste, em que muitas pessoas competentes foram demitidas em função da crise generalizada. Os entrevistadores sabem disso e somente insistem na pergunta sobre a razão da demissão quando desconfiam que o motivo possa ter sido outro, como ocorreu no seu caso.

E essa insistência tem uma razão: há vários candidatos disputando uma vaga e o escolhido será aquele que, além da competência técnica, irá trazer menos problemas no campo pessoal.

Ao relatar uma situação que considera injusta, um candidato espera empatia, compreensão e apoio emocional. Só que essa não é a função do entrevistador.

Por isso, respire fundo e concentre as suas respostas naquilo que você tem a oferecer, e não em um insólito acidente de percurso que nada teve a ver com as suas qualificações profissionais.

Max Gehringer, para CBN.

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