Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/12/2017, com um ouvinte que teve uma má avaliação de desempenho e quer saber se considera isso como assédio moral.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Assédio moral é perseguição contínua de superior a subordinado
Um ouvinte escreve: "A empresa em que trabalho tem um processo formal de avaliação de desempenho. E fui surpreendido quando meu gestor me disse que o meu trabalho estava abaixo das expectativas, e que ele teria que tomar medidas drásticas, caso eu não melhorasse. Ele mencionou dois ou três fatos sobre o meu desempenho, mas nenhum deles é grave o suficiente para uma medida drástica, que eu entendo, seja uma demissão. Devo considerar essa ameaça como assédio moral?"
Humm, não. Assédio moral é uma perseguição contínua de um superior a um subordinado.
Se até o momento da avaliação você não se sentia perseguido, injustiçado, humilhado, e se não estava sendo tratado de modo diferente daquele que o seu gestor tratava os seus colegas, eu sugiro que você tente entender a avaliação inesperada pelo que ela realmente foi: um sinal de alerta.
Sua primeira medida prática seria se concentrar nos dois ou três pontos levantados, para que a eventual repetição deles não passe a impressão de que você ouviu e não ligou.
Espero que o seu gestor tenha também lhe dito coisas positivas sobre o seu trabalho, porque esse é o propósito de uma avaliação de desempenho: ressaltar o que é bom e prevenir sobre o que não é tão bom.
Se o seu gestor somente mencionou os aspectos negativos, ele falhou na hora de avaliar. Mas isso não invalida o conteúdo do que lhe foi dito.
Em resumo, tanto ele, quanto você, estão precisando melhorar.
Max Gehringer, para CBN.
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