Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/12/2017, sobre a disparidade dos salários entre chefes e subordinados no Brasil.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Por que, no Brasil, há tanta disparidade entre salário do chefe e subordinados?
Um ouvinte escreve: "O salário do nosso gestor é quase quatro vezes maior do que os nossos, que somos subordinados dele. Essa não é uma diferença muito grande? Existe alguma lei que regule salários para que eles se tornem mais justos?"
Não, não existe qualquer legislação oficial que estabeleça uma relação entre a remuneração dos chefes e de seus subordinados.
Há casos, e o da sua empresa pode ser um deles, em que não é difícil encontrar candidatos a emprego que aceitem salários baixos, porque as exigências para a admissão não são muitas, em termos de escolaridade e experiência.
Mas o mesmo pode não se aplicar a um gestor dessa mesma área. Se houver poucos candidatos adequados à posição, a empresa precisará pagar ao gestor um salário suficiente para retê-lo e evitar que ele consiga propostas melhores.
Em resumo, o mercado de trabalho é que estabelece as médias salariais, com base na lei não-oficial da oferta e da procura.
Mas nem por isso, a sua pergunta deixa de ser pertinente. Em países do primeiro mundo, a diferença de remuneração entre chefes e subordinados é bem menor do que aqui no Brasil. A conclusão não é a de que aqui, o chefe ganha mais do que merece, mas a de que os subordinados ganham menos do que deveriam.
Essa é uma situação muito antiga e só existe uma escapatória para ela: fazer o melhor trabalho e investir em si mesmo, para poder chegar a cargos que paguem salários mais apropriados.
Max Gehringer, para CBN.
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