Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 26/06/2009, sobre o mercado de trabalho e as pessoas com mais de 50 anos. Este comentário pode ser considerado um adendo ou complemento ao comentário As chances no mercado de trabalho para quem já chegou aos 50 anos, de novembro do ano passado.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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A falta de consideração do mercado com quem tem mais de 50 anos
O comentário de hoje é destinado a vários profissionais com mais de 50 anos, que me escrevem reclamando da falta de consideração do mercado de trabalho, para com pessoas com mais de 50 anos. Mas também é destinado a quem hoje tem 35 anos.
Atualmente, existem no Brasil 30 milhões de empregados em empresas privadas. Daqui a 15 anos, as projeções indicam que vão existir 30 milhões de brasileiros com mais de 50 anos. Um contingente de veteranos que será igual ao mercado de trabalho dos dias atuais. Portanto, estamos diante de uma saturação por idade, no mercado de trabalho, situação para a qual, poucas pessoas com 35 anos estão se preparando.
Eu imagino que quem tem 35 anos e está esbanjando energia, ainda nem começou a imaginar que poderá passar pelo dissabor de ficar sem emprego daqui a 15 anos. Ser otimista é sempre bom. Mas a situação presente de quem tem mais de 50 anos e não encontra emprego é um alerta que não deixa muita margem para otimismo no futuro.
Hoje, chamar alguém com 50 anos de velho, já virou ofensa. Daqui a 15 anos, será melhor ainda. Milhões de brasileiros com 60 anos estarão com pleno vigor e muita vontade de trabalhar.
A maneira como países mais adiantados, começaram a lidar com o problema do envelhecimento do mercado de trabalho, passa por uma medida simples. Os veteranos se reúnem em grupos de consultoria, que são uma espécie de cooperativa de prestação de serviços. Esses serviços são rápidos, podem durar de uma semana a três meses. Usando sua experiência e seu conhecimento, profissionais com mais de 50 anos de vida e 30 de carreira, podem oferecer conselhos valiosíssimos para empresas de menor porte, que não têm como pagar uma consultoria famosa.
Por que essas cooperativas já existem no hemisfério norte e ainda não surgiram no Brasil? Porque o pessoal lá de cima envelheceu antes do que nós, e teve que começar a lidar mais cedo com o problema.
Fica a sugestão para quem tem 50 anos e precisa agir. Mas também para quem tem 35 anos e precisa pensar. Organizar-se numa cooperativa de consultorias de curto prazo, na qual cada um entra com a sua especialidade, e todo mundo pode se ajudar mutuamente, será muito mais eficiente do que ficar brigando sozinho por uma vaga. Certamente, não é uma porta para todos, mas pode ser uma janela para muitos.
ai ai ai, falta pouco para q eu entre nessa estatística.
ResponderExcluirbjs
ah, e eu não tenho 50.
ResponderExcluirOlha, eu tô semi feita. Por um lado, se eu quiser morrer cedo, é só eu me manter no emprego que eu tô. De lá não serei mandada embora.
ResponderExcluirPor outro lado, se eu quiser me lançar no jornalismo, quanto mais velho, mais respeitado vc é. AHUHAUHAUAHUAHUAHUAHUAHUHAUA!
Brincadeiras à parte. Não, nunca me preocupei com isso. Com 50 anos, de boa, eu quero mais é me aposentar.
E se o mundo acabar antes disso, é um favor que o destino me faz.
É MEU AMIGO, ESTOU NESTA.ENGENHEIRA CIVIL,54 ANOS, TENTANDO VOLTAR AO MERCADO DE TRABALHO E...NADA.
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