Filme: Simplesmente Feliz

Ontem assisti com um bocado de atraso (porque não me animei a baixar em torrents) o filme Simplesmente Feliz (ou no original, Happy-Go-Lucky).


Simplesmente Feliz é o tipo de filme considerado cult, que geralmente não passa em muitas salas. Aqui em Floripa, por exemplo, só no CIC, e mesmo assim, com alguns meses de atraso. Mas não é por ser cult que o filme é denso ou pesado. Pelo contrário, ele é leve como uma pluma. Leve até demais, eu diria. E se você pretende assisti-lo, não leia o resto do post, apesar de não serem spoilers. Leia no máximo essa sinopse:

Poppy (Sally Hawkins) é uma jovem professora de escola primária, e uma otimista incorrigível que difícilmente se chateia.Divide um apartamento com Zoe (Alexis Zegerman) sua melhor amiga e confidente. Poppy tem o dom de aproveitar ao máximo a vida. Determinada a aprender dirigir, ela encontra-se com Scott(Eddie Marsan), um instrutor ansioso e pertubado, que testará todo o bom humor de Poppy. Do Diretor Mike Leigh (Segredos e Mentiras) Simplesmente Feliz é uma comédia sobre diversão, procura de amores e aproveitar a vida.

Simplesmente Feliz retrata alguns dias da vida de Poppy, uma inglesa professora do primário, de seus trinta e poucos anos, que, como diz o título, é simplesmente feliz. Feliz quando logo no começo do filme roubam a sua bicicleta (ela se lamenta apenas por não ter podido se despedir da bicicleta), feliz ao se embebedar com as amigas num bar, feliz ao controlar uma classe de 30 crianças...

O filme não tem realmente uma história. Ele apenas mostra um pouco da vida de Poppy, introduzindo algumas situações que visam testar a felicidade da personagem. Mas esta não cede. Mesmo quando há algo que ela não pode fazer para melhorar e tornar a vida dos outros mais feliz, ela não se deixa abater por muito tempo.

E para quem já assistiu o filme, isso resume-o por inteiro. E é até meio chato, se você for pensar. Mas claro, se você não viu o filme e não sabe desse detalhe (ou não sabia, já que acabou de ler aqui - eu avisei!), sempre há a expectativa de uma trama, algo menos superficial que possa mudar o estado de espírito de Poppy. O que não acontece.


Claro que o filme não é só alegria. A trama do aluno brigão, da irmã grávida, do instrutor de direção poderiam render um clima muito pesado. Mas nas mãos de Poppy, que apesar de feliz não é nenhuma Pollyanna (ela vê o lado ruim, tenta mudá-lo, e se conseguir, supera-o), o clima é mesmo de felicidade. Especialmente com o grande (literalmente) sorriso da atriz Sally Hawkins.

Simplesmente Feliz é um filme leve, que pode deixar os seus espectadores tão leves quanto. Mas que não deu muito resultado pra mim.

Trailer:


Para saber mais: crítica do Omelete.