Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 06/07/2009, sobre um gerente criativo, mas sem noção, que fica twittando a vida dos funcionários.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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No banco, gerente usa o Twitter para se comunicar com os funcionários
"Eu trabalho em um banco", escreve uma ouvinte. "Como você deve saber, nós, os bancários, somos muito pressionados. Mas nossos gestores continuam encontrando maneiras de nos pressionar cada vez mais. Agora, o meu gerente passou a usar o Twitter. Ele fica mandando mensagens instantâneas do tipo: Ciclano pisou na bola, ou ainda não recebi o relatório de Beltrano. Isso nos obriga a verificar continuamente se estamos sendo mencionados nas mensagens.
Mas o pior, é que em pleno domingo, pode aparecer no Twitter, uma mensagem do tipo: preciso falar urgentemente com Fulano. E aí, temos que ligar para o gerente fora do horário de trabalho, e ainda por cima, gastando o nosso próprio dinheiro na ligação. O que podemos fazer a respeito disso?"
Bom, nós estamos vivendo em dois universos paralelos no Brasil. Um é o universo do século 19. Aquele em que um cidadão assina um documento, vai pessoalmente a um cartório, pega uma senha, espera ser chamado, e aí tem que pagar para alguém carimbar uma mãozinha no documento e atestar que a assinatura realmente se parece com a assinatura que está numa ficha, num arquivo do cartório.
O outro universo é do século 21, aquele em ficamos sabendo instantaneamente o que acontece em qualquer lugador do mundo, e que nos permite postar opiniões pessoais, que poderão ser lidas em um minuto, lá no Uzbequistão. Esse é o universo tecnológico dos celulares, dos sites, dos blogs e agora, do Twitter.
O gerente da nosso ouvinte aproveitou a tecnologia para se tornar onipresente na vida dos subordinados, dentro e fora da empresa, em qualquer dia, em qualquer hora. Isso é correto? Claro que não! O contrato de trabalho estipula claramente o tempo em que um profissional deve ficar a disposição da empresa.
E como bem pergunta a ouvinte, o que podemos fazer a respeito disso? Reclamar! Isso vai resolver alguma coisa? Talvez sim, talvez não. Mas ela e os colegas só saberão depois de reclamar. Com o gerente, com a direção ou com o sindicato.
O consolo dessa história é que viver no século do Twitter é muito mais excitante do que viver no século do cartório. Pelo lado profissional, o único inconveniente é ter que conviver com gestores criativos, que sempre encontram novas maneiras de ficar twittando, a vida dos subordinados.
Max Gehringer, para CBN.
Eu não teria esse tipo de problema, pq no banco onde eu trabalho, NÃO TEMOS ACESSO À INTERNET, hauhauahuahuahuahuahuhauhauahua!
ResponderExcluirPrimeira vez na vida que fico feliz por isso, ahuahuahuhauhauhauhauhua!
Eu jurava que era no seu banco...
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