Se eu agradeço ao Oscar por uma coisa, é o fato de que os vencedores geralmente voltam ao cartaz nos cinemas. E só por isso, consegui assistir no sábado, na tela grande, o filme Guerra ao Terror (outro da série "nomes que mascaram completamente os filmes", sendo o original The Hurt Locker, uma gíria/apelido para um abrigo antibomba, ou no caso do filme, a "armadura").
Ganhador de vários Oscar, entre eles o de melhor filme, confesso que fui vê-lo com um pé atrás. Felizmente, me enganei completamente. The Hurt Locker é excelente, digno de todos os prêmios que levou, apesar de eu preferir Bastardos Inglórios (que eu ainda considero levemente superior ao Guerra ao Terror).
A história do filme acompanha os últimos dias da companhia Bravo, esquadrão antibombas no Iraque. Faltando apenas poucos dias para serem transferidos (e ganharem umas férias), o sargento James entra para o esquadrão, substituindo o "desarmador de bombas" anterior, morto em combate. A partir daí, acompanhamos James se arriscando ao máximo no trabalho, sempre com cenas de muita tensão e suspense, afinal, ao menor descuido, tudo pode ir literalmente para os ares.
Acompanhando o pequeno time (no total são apenas 3 soldados no esquadrão), o filme acaba abordando, não de maneira didática ou chata, mas de maneira sutil e convincente, várias facetas da guerra, dos dramas dos soldados, que não deixam de serem seres humanos, às consequências de estarem em um terreno hostil, mesmo que o trabalho deles (desarmar bombas, geralmente deixadas em lugares abertos e públicos), beneficie toda a população.
Usando atores em sua maioria desconhecidos, o filme tem excelentes atuações. O nomes mais famosos, como Ralph Fiennes, Guy Pearce e até Evangeline Lilly, a Kate de Lost, fazem apenas pequenas pontas. O show é mesmo do pequeno esquadrão de soldados, que além do tenente porra-louca William James (Jeremy Renner), inclui o tenente equilibrado JT Sanborn (Anthony Mackie) e o especialista meio depressivo Owen Eldridge (Brian Geraghty).
O grande trunfo de Guerra ao Terror são as cenas de ação e suspense (com ênfase no último), quando o tenente James se arrisca ao extremo para desarmar as bombas (e obviamente, nem sempre ele é bem sucedido). Entretanto, depois de um tempo, a fórmula começa a cansar um pouco (e considerando que o filme tem mais de 2 horas), se torna um pouco repetitivo e monótono. Claro que isso é a minha visão, que pode ser sido influenciada por causa que era o meu terceiro filme do dia.
De qualquer maneira, ao chegarmos na parte final do filme, você não tem um clímax de ação, mas tem um novo fôlego, trocando de ares. E essas cenas têm um excelente desenvolvimento e tomadas que mostram muito com muito pouco.
A diretora Kathryn Bigelow, primeira mulher a ganhar o Oscar de direção, o fez por merecer. Guerra ao Terror é excelente, e apesar de toda a inovação do concorrente direto Avatar, como cinema, The Hurt Locker deixa o filme do ex-marido da diretora comendo poeira. Do deserto.
Trailer:
Para saber mais: crítica no Omelete e crítica (COM MUITOS SPOILERS) deste blog bacana: Crítica (non)sense da 7Arte.
Não quis ver esse.
ResponderExcluireu nao vejo mais filmes :S
ResponderExcluirnao tenho tempo, q merda.