Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Carreira de sucesso ou qualidade de vida?
Um ouvinte que é gerente de uma multinacional escreve o seguinte: "Recentemente entrevistei uma moça de 26 anos, para uma vaga de assistente. A entrevista ia bem, até que a moça me disse que se preocupava muito com a qualidade de vida e que não faria horas extras. Fiquei perplexo. Como uma pessoa de 26 anos, que deveria estar preocupada em construir uma carreira, pode jogar fora um bom emprego só por causa de algumas horas extras por mês? Não que eu também não queira ter uma boa qualidade de vida, mas entendo que o trabalho seja fundamental para chegarmos a algum lugar. Estou muito por fora do mercado?"
Não, não está. Pelo contrário, está muito bem afinado com ele. Eu mesmo já mencionei que é possível ter uma carreira de muito sucesso e uma ótima qualidade de vida, mas não as duas coisas ao mesmo tempo.
Como você não disse se contratou ou não a moça, presumo que não tenha contratado. Mas você viveu um momento especial em entrevistas. O de estar diante de uma candidata que, primeiro, estabeleceu limites pessoais para a sua vida profissional. E segundo, que foi totalmente sincera e transparente, sem se incomodar se isso iria eliminá-la do processo de seleção. Uma candidata que tem a sua própria definição de sucesso, o que entre outras coisas, significa que ela não está disposta a abrir mão de seus valores, mesmo sabendo que agindo assim, ela nunca chegará a ter um cargo importante numa grande empresa.
Certamente você encontrará a candidata com o perfil que a sua empresa deseja, porque, para conseguir uma vaga, a grande maioria dos candidatos se mostra cada vez mais disposta a aceitar qualquer coisa que a empresa pede ou impõe.
E eu resumiria dizendo que você tem razão. A moça não era a candidata adequada para sua empresa. Mas ela também tem razão. A sua empresa não era adequada para ela. Espero que você encontre a profissional que procura, e que a moça encontre uma empresa que a entenda. Disputado como o mercado está, será mais fácil para você, do que para ela.
Max Gehringer, para CBN.
Concordo, os dois não eram adequados, nem o emprego prá moça e nem a moça prá o emprego, porém, também concordo que vai ser muito difícil ela encontrar o que procura, ao menos no inicio da carreira.
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