2011-02-08

Histórias de quem resolveu mudar de profissão - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 08/02/2011, com histórias bem sucedidas de quem conseguiu mudar de carreira.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Histórias de quem resolveu mudar de profissão

porta paraíso céu inferno
Estou contente. Na semana passada eu comentei sobre ouvintes interessados em partir para um curso diferente da profissão que tinham, para tentar dar uma guinada radical na carreira. Ao final, mencionei que certamente tentativas nesse sentido tinham dado certo, embora nenhum ouvinte me houvesse escrito para contar a sua história de sucesso. Pois bem. Vários escreveram nesses últimos dias. Dentre eles, vou destacar três histórias.

A primeira é de um torneiro mecânico, que aos 32 anos decidiu fazer um curso de Sistemas de Computação, conseguiu um estágio aos 35 anos e agora está feliz da vida em sua nova atividade. A segunda é de um bancário que se formou em Física aos 38 anos e hoje é professor universitário. A terceira é de uma diarista, que se formou em Pedagogia aos 36 anos, depois passou um ano estudando 18 horas por dia, e há 8 meses, foi aprovada num concurso público.

A maioria das histórias que recebi, e peço desculpas por não ter espaço para mencionar todas elas, têm algo em comum. Que é a reação inicial dos familiares e amigos. Quando alguém anuncia: "vou começar tudo de novo", recebe conselhos para pensar melhor, porque o risco é grande, porque não vale a pena trocar o certo pelo duvidoso, e porque pode perder tudo o que já tinha conseguido.

Estatisticamente, esses conselhos estão corretos. Como eu mencionei em meu comentário, não há portas escancaradas no mercado de trabalho para quem decide mudar subitamente de direção. Mas como os nossos ouvintes mostraram, existem portinholas semi-abertas. Encontrá-las dá um bocado de trabalho. E durante algum tempo, será preciso ter muita paciência e aprender a lidar com a frustração de receber respostas negativas, ou de nem receber respostas. É exatamente neste ponto que a maioria desiste de continuar tentando. Volta a fazer o que sempre havia feito e acusa o mercado de trabalho de ser insensível, algo que ele realmente é.

Além de dar os parabéns aos ouvintes que não desistiram e foram até o fim para mudar o rumo de suas carreiras, volto a repetir o que eu havia dito em meu comentário inicial. Fácil não é. Mas não é impossível.

Max Gehringer, para CBN.

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