2011-09-20

'Qual o risco de mudar de área?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/09/2011, sobre a mudança de área na carreira.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Qual o risco de mudar de área?'

mudança

Consultas de alguns ouvintes em situação semelhante. Todos estão em empresas das quais não têm queixas e todos executam de maneira satisfatória os seus trabalhos. E o que é mais importante: não ganham mal, embora não ganhem o que gostariam. E aí, de repente, surge uma oportunidade para mudar não só de emprego, mas também de área. Quase sempre, através da recomendação de um antigo colega ou do convite de um ex-chefe.

No geral a proposta é boa, mas o que preocupa é que a função oferecida é desconhecida. Por exemplo, um engenheiro mudar para o setor de vendas, ou um encarregado administrativo gerenciar uma loja de franquia. As perguntas são: vale a pena? Qual é o risco?

Começando pela parte otimista, quem fez o convite, não fez à toa, nem fez para prejudicar. Um convite assim só é feito se quem convida acredita que o convidado irá se dar bem.

E agora, vamos ao risco. Quem tem uma carreira linear, ou seja, continua na mesma área em que começou, normalmente encontra dificuldades para se adaptar a uma função totalmente diferente. Quando um profissional aprecia desafios desse tipo, ele mesmo toma a iniciativa de mudar, sem precisar esperar por um convite.

Aos nossos ouvintes, eu diria que o limite para uma mudança radical é antes dos 35 anos de idade, quando ainda há tempo suficiente para sacudir a poeira, caso algo dê errado. Acima dos 35, a mudança de alguém estável em uma área, vai parecer mais uma aventura. O risco é ter que explicar a um futuro entrevistador porque mudou se estava bem. E porque mudou para uma área tão diferente se poderia mudar para a mesma área, em outra empresa.

Mas em resumo, quem tem condições de arriscar, deve. E quem não tem uma família, nem grandes dívidas, nem muito a perder, pode arriscar mais, independentemente da idade.

Max Gehringer, para CBN.

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