2006-06-17

Nas horas vagas dos concursos - parte2

Então, aqui vai o que eu escrevi nas horas vagas do último concurso (maldita Cespe!!!) que eu fiz :

Nuvens cinzas dominam o céu.
Na boca, o gosto amargo do mel.
Pois nada é doce, só a utopia.
No mundo do divã, da terapia.

Frases sem verbo para comemorar.
Sem passado e futuro para lembrar.
Apenas a caneta sem sentido
Sobre o papel branco e colorido.

E essa rede não pára nunca,
De neurônios da testa até a nuca.
Pseudônimos de uma maluca.

Que fará então o relógio.
Tic tac, tic tac é o seu negócio.
Vazio, morto como o meu ócio.

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Eu mesmo, na data da prova, que não me lembro

Nas horas vagas dos concursos

Você por acaso já prestou algum concurso ou vestibular? Bem, dependendo da sua idade, provavelmente já.

Os piores são aqueles que não te deixam sair com nada anotado, nem o caderno de provas nem nada, antes de uns quinze minutos do prazo final da prova. Particularmente, os concursos organizados pela Cespe (www.cespe.unb.br) que eu fiz foram assim.

Vamos lá: a prova teve duração de quatro horas e meia (!), mas geralmente eu não levo todo esse tempo pra fazer... Depois de três horas, tinha acabado. Mas... como você só pode levar o caderno de provas faltando quinze min. para o final, ainda tinha que esperar uma hora e quinze min... E o que fazer numa situação dessas?

Primeiro, como temos um boooooom tempo, revisamos mais uma vez a prova e ficamos pintando os espacinhos redondos de preto. OK, se vc for masoquista, vai revisar a prova detalhadamente e gastar uma hora nisso, mas como eu não sou, quinze/vinte minutos são suficientes pra isso. E ainda resta quase uma hora de espera...

Aí a gente fica olhando os monitores da sala, olhando os outros candidatos (alguns na mesma situação que vc, outros ainda fazendo a prova, furiosamente rabiscando os seus cadernos de prova...), mas o tempo não passa..........

A gente vê alguns candidatos (que estão na mesma situação) quase dormindo, debruçados na carteira, outros parados silenciosamente na mesma posição (quase que meditando) e olhando para o infinito...

Como isso é muuuuito chato, eu tento fazer alguma coisa. Mas fazer o que, quando no máximo só se tem caneta e papel? (pouco, pq a prova toma quase todo o caderno)... A gente começa rabiscando, fazendo algum desenho besta e sem sentido (totalmente abstrato), começa a escrever algumas palavras desconexas, que vão evoluindo para frase, e no final, temos alguma coisa. No meu caso, um poeminha ridiculo...