2012-04-30

A fotografia de dupla exposição de Jon Duenas integrando mulheres e natureza

Uma das coisas que eu mais gosto em se tratando de fotografia são as fotos de dupla exposição, como o trabalho de Florian Imgrund e suas pessoas fundidas à natureza em fotos em preto e branco. Por isso quando vi o trabalho de Jon Duenas, já senti uma grande simpatia de cara. Duenas é um fotógrafo americano que além de seu trabalho tirando fotos de casamento e fazendo books, produz séries mais artísticas, pessoais. E uma delas é justamente usando fotografia de dupla exposição. Juntando mulheres e a natureza, sobretudo árvores e cenários verdejantes, o artista cria belas imagens usando apenas filme analógico (não é exatamente um entusiasta de câmeras digitais).


Vejam a fotografia analógica de dupla exposição integrando mulheres e a natureza, de Jon Duenas:

jon duenas fotografia analogica dupla exposição mulheres natureza

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Imagens via site de Jon Duenas com seu portfólio pessoal. Dica via Colossal - Double Exposure Portraits by Jon Duenas.

'Decidi abrir uma franquia e, agora, quero retornar ao mercado de trabalho' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/04/2012, sobre as diferenças entre ser empregado e empresário.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Decidi abrir uma franquia e, agora, quero retornar ao mercado de trabalho'

organograma

Um ouvinte escreve: "Após construir uma carreira sólida, que me permitiu, aos 30 anos de idade, chegar a um cargo de confiança em uma grande empresa, tomei a decisão de sair e abrir meu próprio negócio. Fui levado a isso pelo desgaste físico e mental. Eu trabalhava 12 horas por dia, inclusive aos sábados. Avaliei várias oportunidades e me decidi por uma franquia. Não posso dizer que fui mal sucedido. Porém, em termos de vida pessoal, passei a trabalhar até mais horas diárias do que trabalhava na empresa. Além disso, muitas coisas que numa grande empresa são compartilhadas, como pagamentos e gestão de pessoal, passaram a ser de minha única responsabilidade. Resultado: estou com 38 anos e me sinto como se tivesse 50. O que há oito anos me parecia uma tortura, hoje já me parece aceitável e me sinto tentado a retornar ao mercado de trabalho. Estou deixando de avaliar algum aspecto relevante?"

Não. Você avaliou perfeitamente a situação. Eu nunca tive dúvidas de que ser empresário é mais desgastante do que ser empregado. O que ameniza esse desgaste é o fato de que o esforço do empresário resulta em seu próprio benefício.

Você tomou a decisão que lhe parecia correta há oito anos porque estava comparando algo que já conhecia com algo que apenas imaginava como seria. Agora, pode fazer a comparação a partir de experiências práticas.

Sua idade atual lhe permite retornar ao mercado de trabalho. Mas deixo-lhe um pequeno alerta. Ao retornar, você encontrará muitos jovens ambiciosos, como você foi, dispostos a ralar doze horas diárias para construir uma carreira. E um deles poderá vir a ser o seu chefe. O seu maior desafio será o de equilibrar a sabedoria que você adquiriu com o nível de exigência das empresas, que, lamento dizer, não diminuiu nem um pouco nesses oito anos.

Max Gehringer, para CBN.

2012-04-27

Os opostos mas iguais, na série "Criados Iguais" da fotografia de Mark Laita

Mark Laita é um fotógrafo americano que já trabalhou em campanhas publicitárias para a BMW, Apple, Adidas e Mercedes-Benz. Entretanto, não é para falar sobre seu trabalho comercial que este post foi escrito. Mark Laita também tem vários projetos pessoais, tendo publicado alguns livros de fotografias. E é para falar de um desses projetos/livros que este post foi feito. Mais especificamente, do projeto "Created Equal", ou em português, "Criados Iguais".

Em Created Equal, Mark Laita explora a dualidade de situações e indivíduos que estão em lados opostos de uma balança qualquer. Mostrando lado a lado presidentes de empresas e zeladores, Mark expõe como antes do título, vem o homem. Ou, em suas próprias palavras: "No coração dessa coleção de dípticos está o meu desejo de nos lembrar que todos nós fomos iguais, até que o nosso ambiente, circunstâncias ou destino nos moldaram em quem nos tornamos".

Vejam os retratos de opostos, mas iguais, de Mark Laita:

mark laita fotografia created equal criados iguais opostos

Polígamo x Cafetão.

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Presidente de empresa x Zelador.

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Gangue de motoqueiros x Garotos coroinhas.

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Bailarina x Boxeador.

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Devota de igreja batista x Integrante da Supremacia Branca.

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Membro de gangue x Mafioso.

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Fuzileiro naval x Veterano de guerra.

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Sem-teto x Construtor de imóveis.

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Freiras católicas x Prostitutas.

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Montador de touro x Músico de rock.

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Astronauta x Abduzida por alienígenas.

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Mariachis x Covers de Elvis.

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Chefe francês x Chefe de fast-food.

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Caçador de peles x Mulher com cachorro.

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Adolescentes amish x Adolescentes punks.

Imagens via site de Mark Laita. Dica via Empty Kingdom - Mark Laita: awesome.

'Sou pressionado a conseguir os mesmos resultados de colegas com mais tempos de casa' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 27/04/2012, sobre para que serve o período de experiência.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Sou pressionado a conseguir os mesmos resultados de colegas com mais tempos de casa'

desmotivação pressão no trabalho

Um ouvinte relata que conseguiu emprego na área de vendas de uma empresa e iniciou o período de experiência. Mas ele não está muito satisfeito com a maneira como está sendo tratado.

"Estou sendo pressionado", ele escreve, "para atingir os mesmos resultados de colegas com muitos anos de casa. É claro que não dá. Porque são colegas que já têm experiência, conhecem os macetes e aprenderam a evitar a maioria dos erros que novatos como eu cometem na fase de aprendizado. Por isso, eu pergunto: para que serve o período de experiência?"

Bom, ele serve para dois propósitos. Começando pela empresa, serve para ela descobrir se você aguentará o rojão após ser efetivado. Eu acredito que, apesar da pressão, você não esteja conseguindo resultados semelhantes aos dos colegas mais antigos. E certamente seu chefe não espera que você consiga. Os eventuais erros que você mencionou estão sendo relevados, exatamente devido à sua falta de conhecimento específico sobre o produto ou serviço que você vende. Por outro lado, a empresa não pretende correr o risco de lhe dar um tratamento mais tranquilo nos primeiros noventa dias, para só depois descobrir que você espana quando é muito pressionado.

Agora, o segundo propósito. O período de experiência serve para você decidir se quer mesmo ficar em uma empresa que fica lhe pressionando dessa maneira. Olhando a situação pelo lado positivo, você não está sendo iludido. Já sabe, desde os primeiros dias, que a rotina será de muita cobrança. Provavelmente, você teve que esticar o expediente um par de vezes, porque não conseguiu terminar o seu trabalho em tempo. Possivelmente, escutou críticas que considerou injustas. Você se adaptaria a esse ritmo após ser efetivado? É o que a empresa está lhe dando a oportunidade de decidir durante o período de experiência.

Max Gehringer, para CBN.

2012-04-26

Papai Noel reinventando filmes de ação em propaganda da Sky

Para promover os seus canais de cinema HD na época de natal, a Sky lançou essa série de pôsteres de filmes de ação reinventados com o Papai Noel. Com o slogan "Faça o natal mais cinematográfico" (Make Christmas more cinematic), vemos o Papai Noel e alguns de seus símbolos relacionados reinterpretando grandes filmes de ação e aventura.

Vejam:

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O Senhor do Natal - A Sociedade do Presente (The Lord of Christmas - The Fellowship of the Gift)
Inspirado claro, no Senhor dos Anéis. Note o cajado mágico do Papai Noel, feito de doce, e a monstruosa rena soltando fogo, hahaha.

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Piratas do Natal - A Maldição da Rena de Nariz Vermelho (Pirates of Christmas - The Curse of the Red Nose Reindeer)
Inspirado no primeiro e melhor Piratas do Caribe.

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Natal, o Retorno (X-Mas Returns).
Inspirado no Batman, Papai Noel se transforma no herói X-Mas (tudo a ver com heróis com X no começo, e o som de Natal - Christmas em inglês). Repare no gárgula do prédio como rena.

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S.W.A.T. (SWAT - Santa Will Arrive Tonight)
Inspirado no SWAT, filme meia boca com Collin Farrel, Samuel L. Jackson e Michelle Rodriguez, passa do acrônimo de Special Weapons and Tactics (Armas e Táticas especiais) para Papai Noel irá chegar hoje a noite.

Imagens via I Believe in Advertising - Sky: X-Mas Returns, The Lord of Christmas, S.W.A.T., Pirates of Christmas.

'Quem devo convidar para o meu casamento?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 26/04/2012, sobre quem convidar para o casamento dentre os colegas de trabalho.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Quem devo convidar para o meu casamento?'

festa de casamento

Um ouvinte escreve: "Estou nesta empresa há dois anos e tenho contato com uma boa quantidade de colegas, inclusive de outras áreas. Marquei meu casamento para daqui há 4 meses e estou em dúvida quanto a quem devo convidar. Vejo-me numa situação em que não tenho condições de convidar a todos e sei que vou criar vários atritos caso faça uma lista mais restrita. Particularmente, não gostaria de convidar o meu chefe. Respeito-o no trabalho, mas ele seria uma das últimas pessoas que eu gostaria de ver em minha festa. Como posso escapar dessa situação sem ferir ninguém?"

Vou começar pela opinião cínica. Se a sua empresa tem uma rotatividade normal, daqui há dez anos, 80% dos colegas que forem a seu casamento, nem se lembrarão de ter ido.

E agora a opção profissional. Se você vai excluir o chefe direto, então não convide ninguém. Você pode mandar uma mensagem pessoal bem humorada para todos que seriam convidados, incluindo o chefe, explicando que as despesas para iniciar a vida de casado drenaram as suas economias. E por isso haverá apenas uma pequena recepção para os parentes mais próximos, aquelas tias que vão infernizar a sua vida pelos séculos dos séculos, se você não oferecer a elas um mísero bolo e uma taça de cidra. Termine enfatizando o quanto você lamenta não poder contar com a presença de todos os colegas de trabalho.

E agora, coloque-se do outro lado. Se um colega seu fosse se casar, e lhe mandasse uma mensagem assim, você o perdoaria? Não? Então escreva de novo e de novo, até convencer a si mesmo.

É claro que a sua noiva, caso trabalhe em uma empresa, precisaria tomar a mesma medida. Porque, se ela convidar os colegas, um dos convidados dela, por azar, será alguém que tem contato próximo com seu chefe.

Max Gehringer, para CBN.

2012-04-25

Justin Bieber ensanguentado apanhando e brigando

E nesta série de fotos, o fotógrafo de moda Tony Kelly realizou o desejo de muitos "fãs" de Justin Bieber: vê-lo tomando porrada. Infelizmente ou não, é apenas um ensaio fotográfico em que o cantor teen contracenou com dois lutadores. Afinal, só nesse mundo fashion de fantasia pra um rapazote do tamanho dele conseguir qualquer coisa que não seja ser esmagado por dois armários.

As fotos já saíram há algum tempo e foram destaque em vários lugares, mas se você ainda não viu, aqui vão elas:

tony kelly fotografia fashion justin bieber ensanguentado luta porrada briga

Justin Bieber levando um direto. A minha foto preferida desse ensaio.

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Treinando.

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Mais porrada.

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Revide.

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Não esqueçamos da mulher corner.

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Com um bife no rosto.

Imagens via site de Tony Kelly.

'Não sei mais como disfarçar uma antipatia aguda que sinto por uma colega de trabalho' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/04/2012, sobre uma ouvinte que não sabe mais como disfarçar uma antipatia aguda por uma colega de trabalho.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Não sei mais como disfarçar uma antipatia aguda que sinto por uma colega de trabalho'

antipatia

Uma ouvinte escreve: "Consegui o meu primeiro emprego há sete meses, em uma boa empresa. O problema é que desde o primeiro dia, eu senti uma antipatia aguda por uma colega de trabalho. Não sei explicar porquê, mas tudo nela me incomoda, me irrita e já não sei mais como disfarçar. E o pior é que o meu trabalho depende do dela, e vice-versa."

Muito bem. Da mesma forma que você sentiu repulsa por essa colega, você também deve ter sentido uma simpatia imediata por alguma outra. Isso é normal. E eu me arriscaria a dizer que você já sentiu isso antes, e mais de uma vez, porque todos nós já sentimos a mesma coisa.

Tente se lembrar de seus primeiros anos de escola. Quando somos crianças e temos o primeiro contato com a turma de nossa classe, nós decidimos rapidamente que alguns colegas são maravilhosos e que outros são intoleráveis. Acontece que na escola, nós podemos evitar os colegas desagradáveis. Podemos nos sentar longe deles e passar o ano inteiro sem interagir com eles. Na escola, o objetivo de cada aluno é individual: passar de ano e conseguir um diploma. Em uma empresa, o objetivo é coletivo. Resultados e convivência contam muito.

Nossa ouvinte está passando pelo primeiro teste de algo que pesa muito na carreira: a capacidade de conviver profissionalmente com uma pessoa que fora da empresa, ela jamais convidaria sequer para tomar cafezinho. Damos a essa relação o nome de habilidade política. Não é falsidade, nem fingimento, é a necessidade de conviver com profissionais que não apreciamos como pessoas.

Fica mais fácil entender quando olhamos a situação pelo lado inverso. Nem todos os colegas gostam de nós. E nós não fazemos questão que eles mudem de ideia, desde que nos tratem com educação e respeito. Se é isso que exigimos, é isso que precisamos oferecer.

Max Gehringer, para CBN.

2012-04-24

Filme: Adorável Pivellina

Se o documentário Bebês levou ao extremo o "gênero" filme-fofurice, este Adorável Pivellina (ou La Pivellina no original) segue por um caminho semelhante (ou seria precursor, já que é anterior), mas com óbvias limitações, tanto de personagens (4 bebês contra 1), quanto de estilo e orçamentárias. Se para você, fofura basta para que um filme seja bom, então deve gostar bastante deste.

filme adorável pivellina poster cartaz

Filmado de forma quase artesanal, com luz natural, sem trilha sonora e em locações, Adorável Pivellina nos apresenta a pequena Asia (Asia Crippa), uma adorável menininha de aproximadamente dois anos de idade, que é abandonada em um parque do subúrbio de Roma. Ela é encontrada por Patrizia (Patrizia Gerardi), enquanto esta procurava por um cachorro que fugira. Patrizia mora com o marido Walter (Walter Saabel), com quem forma um casal de trabalhadores de circo, já de certa idade e que moram num trailer. Patrizia recolhe a menina, mas não chama a polícia, por acreditar no bilhete que estava junto com Asia, dizendo que a mãe se encontrava com problemas no momento, mas que iria buscar a filha, e pedindo para que a polícia não fosse chamada. Assim, junto com o marido (que a princípio é relutante à ideia de cuidar da menina, mas depois também se deixa cativar) e com Tairo (Tairo Caroli), neto de Walter que também mora ali num trailer por perto, Patrizia começa a cuidar de Asia. E a meiguice e fofurice da menina cativam a todos que moram ali, no estacionamento de trailers.

filme adorável pivellina

Adorável Pivellina praticamente não tem história. As cenas em que a pequena menina não aparece são um tanto episódicas e sem maiores desenvolvimento. Por exemplo, quando Walter ensina Tairo a lutar, ou quando este último conversa com a namoradinha. Aliás, mesmo quando se trata de Asia, não existe uma história propriamente dita. É apenas mostrado como a pequena acaba, sem esforço, cativando as pessoas ao seu redor, devido à sua fofurice. O desenvolvimento dos outros personagens (como Walter sendo cativado, ou Patrizia pensando em adotar a menina, ou ainda Tairo dispensando uma garota para cuidar da pequena) são todos centrados em Asia. Assim, individualmente, se tornam personagens um pouco unidimensionais. Isso, entretanto, não diminui o trabalho dos atores, que trabalhando praticamente sem um roteiro, conseguem criar momentos interessantes, mesmo que a continuidade do desenvolvimento de seus personagens tenha ficado prejudicada.

filme adorável pivellina

Do ponto de vista técnico, a opção por usar um tom naturalista, sem trilha sonora, apenas com sons diegéticos (sons que existem no universo do filme) e sem efeitos/filtros de fotografia, assim como uso constante da câmera na mão, fazem de Adorável Pivellina um seguidor dos preceitos do Dogma 95, e não somente no aspecto técnico, mas também no aspecto temático: trama sem ações impossíveis sem truques (como assassinatos) e filme se passado na época atual, para citar os dois mais aspectos mais visíveis do filme em relação ao dogma.

Um ponto positivo e interessante do filme é mostrar uma Roma pouco conhecida do habitué de filmes passados na cidade. Em Adorável Pivellina, vemos o subúrbio, a pobreza, o que fica bem claro logo nos primeiros planos, quando Patrizia ainda percorre alguns locais procurando pelo cão, e vai passando por prédios cinzentos e cheios de pichações. Filmado no outono/inverno, a cidade parece ainda mais opressiva, com o tempo frio e o céu constantemente cinza, nublado. Interessante é notar alguns contrapontos visuais desse clima soturno, como a visão de Patrizia com seus cabelos rosa choque sendo filmada por trás de um ângulo um pouco superior, ressaltando ainda mais essas suas cores no meio da paisagem acinzentada no início, ou então Asia no início, envolta com seus pesados agasalhos rosa claro. Uma alegoria visual, talvez, a como essas personagens acabam dando vida ao ambiente duro que as cerca?

filme adorável pivellina

De qualquer modo, Adorável Pivellina é um filme quase sem história e que se apóia na fofurice e meiguice da personagem que dá nome ao filme (pivellina = pequena menina), que as esboça de maneira natural. Afinal, reações ensaiadas baseadas num roteiro, para uma menina de uns 2 anos, é praticamente impossível. Assim, o que vemos na tela é um retrato da realidade, quando transborda de alegria ao andar por uma poça d'água com botas gigantes para seu tamanho, ou quando solta aqueles risinhos característicos de bebês quando foge das ondas na praia, ou ainda quando se lambuza toda ao comer um pedaço de pizza. É, enfim, um filme fofo. É adorável? Sem dúvida. Mas se isso é o suficiente, se é um bom filme, isso depende de quem responde. Pra mim, faltou.

Trailer:

Monstros, feiticeiras, piratas e fantasia na arte conceitual de Svetlin Velinov

Ultimamente tenho apreciado mais o trabalho de artistas que fazem ilustrações e artes conceituais para jogos passados em mundos de fantasia. Recentemente comentei sobre o belíssimo trabalho das artes conceituais de Véronique Meignaud e agora trago aqui o trabalho de Svetlin Velinov, um artista búlgaro que entre outros, também tem como cliente a Wizards of the Coast, a icônica empresa responsável por Magic The Gathering e Dungeons & Dragons.

O trabalho de Velinov é bem versátil. Em uma ilustração ele pode misturar diversos gêneros, como fantasia e terror sobrenatural, ou piratas e monstros noturnos. O que realmente impressiona e salta aos olhos no trabalho do artista são as suas concepções sobre personagens, sejam eles monstros vindos das profundezas da natureza inexplorada, sejam eles demônios abissais ou piratas zumbis (passando até mesmo por ciborgues).

Enfim, vejam a arte conceitual de Svetlin Velinov e seus monstros sobrenaturais, feiticeiras, piratas e outros personagens:


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"Ira" - Um gigante demônio de pedra e fogo.

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Guincho mortal.

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Investindo contra os monstros refletidos no escudo. Junto com "Ira", minha ilustração preferida.

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Lobisomen.

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Pirata zumbi fantasmagórico vendado.

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"Pesadelo". O herói contra um monstro cheio de tentáculos para tentar salvar a mocinha.

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Exorcismo do pesadelo.

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Um ciborgue/robô futurista.

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Uma guerreira e uma feiticeira contra um símio de quatro braços.

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Soldado futurista enfrentando antigos seres.

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Um golem gigante de terra e vegetação (que realmente lembra uma série de monstros gigantes de Véronique Meignaud.

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"Carne de demônio queimada".

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"Vampiros".

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Pequenos monstros e um banho de lava.

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Demônio infernal.

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Dominando monstros com raios.

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Cenário desolador com corpos sendo integrados à árida paisagem.

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Maquinário sobrenatural.

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Feiticeira e seus encantos na escada.

E como a maioria dos artistas que produz esse tipo de ilustração, Velinov também faz ilustrações mais sensuais. Algumas delas estão no meu outro blog para maiores de idade neste post: Andarilho NSFW - As sensuais mulheres de mundos de fantasia de Svetlin Velinov.

Vejam também:
- As incríveis ilustrações de fantasia para o game Magic: the Gathering de Svetlin Velinov
- As incríveis ilustrações de fantasia para games de Svetlin Velinov

Imagens via deviantArt de Svetlin Velinov. Dica via Designer Inspiration - Anger Illustration.