Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/10/2009, com as preocupações de uma mãe sobre a filha adolescente que pensa já na sua entrada no mercado de trabalho.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Minha filha de 15 anos está extremamente preocupada com a vida profissional'
Consulta de uma ouvinte mãe. Ou vice-versa. Ela escreve: "A minha filha de 15 anos está demonstrando, em meu modo de ver, excessiva preocupação com a vida profissional dela. Ela quer decidir com três anos de antecedência, qual faculdade irá cursar. E fala em conseguir um emprego já, para aprender como as empresas funcionam. Eu acho que minha filha está sendo precoce demais, mas ela parece muito determinada a trocar a adolescência pelo trabalho. Como posso aconselhá-la adequadamente?"
Eu não creio que exista algum tipo de troca nesta situação.
Se a sua filha começar a trabalhar, isso não quer dizer que ela deixará de fazer o que as adolescentes fazem. Sua filha não deixará de ir a festas, ou de sair com as amigas, ou de comprar roupas típicas da idade dela, ou de se comunicar com as amizades através das redes de relacionamento da Internet.
Acredito que a preocupação de nossa ouvinte seja mais com a importância que a filha dará aos estudos, porque o emprego irá se transformar numa prioridade maior do que a escola. Por dois motivos: a filha passaria 3 horas na escola e 8 no emprego. E haveria muito mais cobrança por desempenho no emprego do que na escola.
Eu daria duas sugestões à mãe e filha. A primeira é que a filha não aceite o primeiro emprego que aparecer. Por exemplo, um emprego longe de casa, que fosse requerer duas horas de deslocamento diário. Ou então um emprego com horas extras ou trabalho aos sábados. Em casos assim, o emprego poderia de fato, influir negativamente nos estudos e na vida social.
E a segunda sugestão é que a filha não se preocupe já com o curso que irá fazer. Trabalhando, ela terá uma noção melhor das várias áreas de uma empresa e poderá decidir com base nessa experiência prática, qual será a melhor direção a seguir.
Finalmente, eu diria à mãe que ela tem uma filha do século 21. São jovens que amadurecem mais cedo que seus pais e avós amadureceram. São jovens interessados, inquisitivos, rápidos e cheios de planos. Não há nada de errado nisso, muito pelo contrário. Pior mesmo seria chegar aos 24 ou 25 anos de idade sem ter trabalhado e sem uma noção do que deseja na vida profissional.
Ah! Outra coisa: se a nossa ouvinte mãe sonha com o dia em que será avó, esse dia vai demorar. Jovens precocemente focados na carreira, como a filha dela, só começam a pensar em casamento depois dos 30 anos.
Max Gehringer, para CBN.
2009-10-30
Post Temático - Ninja
"Posts temáticos" é uma brincadeira, um pequeno meme não repassável que a minha irmã com alguns de seus colegas designers inventaram. Consiste de toda sexta-feira, todos os participantes postarem um trabalho original em seus blogs (já que são todos designers, o trabalho deles é uma ilustração), com um tema em comum, tema este determinado cada semana por uma pessoa.
Bem, eu já tive meu tempo de designer há decadas atrás (uau, literalmente falando, estou ficando velho), mas hoje eu nem tenho os modernos equipamentos (tablets, canetinhas, essas coisas, na minha época eu fazia na raça, na coragem e no mouse), e nem tenho os programas recomendados (o software mais avançado dessa área que eu tenho é o open-source Inkscape pra desenhar vetores, e o MS Paint pra bitmap, hahaha).
(Isso é um tablet!)
Então, vou participar do "post temático" com um pequeno texto, com ilustrações próprias, feitas com pressa e sem apuro nenhum. =)
O tema da semana é ninjas. Até pensei em colocar o Naruto ou o Jiraya aqui, mas é meio batido. XD Fora que não tem muito a ver com os ninjas de verdade, que eram máquinas assassinas altamente treinadas... Bem, aqui vai:
Ninja
A lâmina atravessa a garganta,
Silenciosa, precisa, de uma só vez.
A vítima, nem se espanta,
Sem tempo nem para um talvez.
O sangue jorra da veia aberta,
Respinga na roupa escura.
E o assassino, sempre alerta,
Guarda a arma em sua abertura.
Como uma sombra se esgueira,
Nas próprias sombras se esconde.
Sua lâmina é sempre certeira,
Não importa quando e aonde.
Sua vida se resume à morte,
Sua morte, a um único desígnio,
Suas ações, a precisos cortes,
Gerando sua fama e fascínio.
Os outros participantes dessa brincadeira são:
Cintia - PUSH!
Michelle - Padronagem
Juliana - Juju Designer
Guto - Gutoliva
Sheryda - SherViajando
Bem, eu já tive meu tempo de designer há decadas atrás (uau, literalmente falando, estou ficando velho), mas hoje eu nem tenho os modernos equipamentos (tablets, canetinhas, essas coisas, na minha época eu fazia na raça, na coragem e no mouse), e nem tenho os programas recomendados (o software mais avançado dessa área que eu tenho é o open-source Inkscape pra desenhar vetores, e o MS Paint pra bitmap, hahaha).
(Isso é um tablet!)
Então, vou participar do "post temático" com um pequeno texto, com ilustrações próprias, feitas com pressa e sem apuro nenhum. =)
O tema da semana é ninjas. Até pensei em colocar o Naruto ou o Jiraya aqui, mas é meio batido. XD Fora que não tem muito a ver com os ninjas de verdade, que eram máquinas assassinas altamente treinadas... Bem, aqui vai:
Ninja
A lâmina atravessa a garganta,
Silenciosa, precisa, de uma só vez.
A vítima, nem se espanta,
Sem tempo nem para um talvez.
O sangue jorra da veia aberta,
Respinga na roupa escura.
E o assassino, sempre alerta,
Guarda a arma em sua abertura.
Como uma sombra se esgueira,
Nas próprias sombras se esconde.
Sua lâmina é sempre certeira,
Não importa quando e aonde.
Sua vida se resume à morte,
Sua morte, a um único desígnio,
Suas ações, a precisos cortes,
Gerando sua fama e fascínio.
Os outros participantes dessa brincadeira são:
Cintia - PUSH!
Michelle - Padronagem
Juliana - Juju Designer
Guto - Gutoliva
Sheryda - SherViajando
2009-10-29
A empresa concorrente não é inimiga e propostas precisam ser analisadas - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 29/10/2009, com um ouvinte que recebeu boas propostas de duas empresas rivais.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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A empresa concorrente não é inimiga e propostas precisam ser analisadas
"É o seguinte", escreve um ouvinte com uma dúvida cruel. "Recebi uma proposta de emprego de uma empresa concorrente. Essa empresa disputa o mercado palmo a palmo com a minha, e as duas se odeiam. O problema é que a proposta que eles me fizeram foi boa. Não fiz entrevista, nem nada. Num evento do qual participaram várias empresas do setor, um diretor da empresa concorrente me chamou num canto, disse que tinha ótimas referências sobre o meu trabalho e me fez a proposta.
No dia seguinte, comentei a situação com meu gerente, e ele subiu pelas paredes. Ele me falou que eu deveria ter cortado o papo assim que o tal diretor abriu a boca, porque ele é nosso inimigo. Eu ponderei que a proposta era boa, e que eu não teria uma chance igual na nossa empresa, pelo menos em curto prazo.
Meu gerente ficou ainda mais exaltado, e me disse que tinha certeza de que eu recusaria a proposta. Mas eu não recusei. Liguei para o diretor da outra empresa, que me confirmou tudo o que ele tinha dito, e aí eu avisei o meu gerente que eu iria mesmo sair. Ele me deixou falando sozinho, saiu da sala, e voltou meia hora depois com uma contraproposta para eu ficar, ganhando a mesma coisa que eu ganharia no concorrente. Agora, fiquei numa dúvida cruel."
Não fique. Você acertou ao não considerar o concorrente como uma empresa fora de seus limites profissionais.
O que você tem a fazer agora é separar duas situações. Primeira situação: você recebeu uma proposta melhor e aceitou. Esse capítulo está encerrado, vire a página.
Segunda situação: você recebeu uma proposta para ficar. E você deve fazer novamente, o que fez da primeira vez: avaliar racionalmente a proposta de sua empresa, e decidir qual das duas propostas é a melhor.
Se a outra empresa só lhe ofereceu o salário, sem acenar com um plano de carreira, benefícios adicionais, ou qualquer outro diferencial, o mais sensato seria você ficar. Você estaria diante de duas propostas iguais, com a vantagem de já ser conhecido e reconhecido na sua empresa atual.
Mas o que aconteceria se a outra empresa aumentasse a proposta? Aí você viraria a página novamente, e iria para o terceiro capítulo, sempre comparando apenas duas propostas. O seu gerente dessa vez iria subir pelas paredes externas do prédio, e é isso mesmo que se espera que ele faça.
Porém, qualquer que seja a reação dele, a sua carreira sempre será uma prioridade apenas sua. E só você poderá decidir sobre o rumo que deve dar a ela.
Max Gehringer, para CBN.
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A empresa concorrente não é inimiga e propostas precisam ser analisadas
"É o seguinte", escreve um ouvinte com uma dúvida cruel. "Recebi uma proposta de emprego de uma empresa concorrente. Essa empresa disputa o mercado palmo a palmo com a minha, e as duas se odeiam. O problema é que a proposta que eles me fizeram foi boa. Não fiz entrevista, nem nada. Num evento do qual participaram várias empresas do setor, um diretor da empresa concorrente me chamou num canto, disse que tinha ótimas referências sobre o meu trabalho e me fez a proposta.
No dia seguinte, comentei a situação com meu gerente, e ele subiu pelas paredes. Ele me falou que eu deveria ter cortado o papo assim que o tal diretor abriu a boca, porque ele é nosso inimigo. Eu ponderei que a proposta era boa, e que eu não teria uma chance igual na nossa empresa, pelo menos em curto prazo.
Meu gerente ficou ainda mais exaltado, e me disse que tinha certeza de que eu recusaria a proposta. Mas eu não recusei. Liguei para o diretor da outra empresa, que me confirmou tudo o que ele tinha dito, e aí eu avisei o meu gerente que eu iria mesmo sair. Ele me deixou falando sozinho, saiu da sala, e voltou meia hora depois com uma contraproposta para eu ficar, ganhando a mesma coisa que eu ganharia no concorrente. Agora, fiquei numa dúvida cruel."
Não fique. Você acertou ao não considerar o concorrente como uma empresa fora de seus limites profissionais.
O que você tem a fazer agora é separar duas situações. Primeira situação: você recebeu uma proposta melhor e aceitou. Esse capítulo está encerrado, vire a página.
Segunda situação: você recebeu uma proposta para ficar. E você deve fazer novamente, o que fez da primeira vez: avaliar racionalmente a proposta de sua empresa, e decidir qual das duas propostas é a melhor.
Se a outra empresa só lhe ofereceu o salário, sem acenar com um plano de carreira, benefícios adicionais, ou qualquer outro diferencial, o mais sensato seria você ficar. Você estaria diante de duas propostas iguais, com a vantagem de já ser conhecido e reconhecido na sua empresa atual.
Mas o que aconteceria se a outra empresa aumentasse a proposta? Aí você viraria a página novamente, e iria para o terceiro capítulo, sempre comparando apenas duas propostas. O seu gerente dessa vez iria subir pelas paredes externas do prédio, e é isso mesmo que se espera que ele faça.
Porém, qualquer que seja a reação dele, a sua carreira sempre será uma prioridade apenas sua. E só você poderá decidir sobre o rumo que deve dar a ela.
Max Gehringer, para CBN.
2009-10-28
Chefe crítico é mais importante na carreira do que o chefe omisso - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 28/10/2009, sobre dois tipos de chefes: aquele crítico e o calado, e qual dos dois é melhor para a carreira.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Chefe crítico é mais importante na carreira do que o chefe omisso
"Tenho um chefe que me critica muito", escreve uma ouvinte. "Parece que tudo o que eu faço está errado. E tudo o que eu não faço, também. Estou trabalhando com ele faz dois anos e não recebi um só elogio até hoje. Será que eu sou mesmo tão incompetente?"
Claro que não. Se você fosse, seu chefe já teria dispensado você há tempos.
Lá no comecinho da minha carreira, eu tive um chefe exatamente assim. Ele tinha uma enorme facilidade para encontrar erros nos trabalhos que eu executava. Eram erros pequeninos, insignificantes, e que não tinham qualquer influência no resultado final.
A cada crítica dele, eu ficava mais exasperado, para usar uma palavra bonita que eu nem conhecia na época.
Quando esse chefe foi substituído por outro, eu soltei rojões de tanta alegria. Eu acreditava que qualquer chefe seria melhor e fiquei ainda mais feliz ao perceber que o novo chefe era o oposto do chefe boquirroto: ele era calado. Tudo o que eu queria na vida. Ou pelo menos, tudo o que eu pensava que queria na vida.
Levei um mês para entender que havia uma coisa pior do que a crítica sem fundamento: o silêncio sem sentido.
Como meu chefe nunca dizia nada, eu não sabia o que ele pensava de mim. Se eu caprichasse ou não, a reação dele era a mesma. Cheguei a perguntar se ele estava satisfeito com meu trabalho, e ele me disse que não respondia a esse tipo de pergunta.
Menos de seis meses depois, o meu chefe anterior, o crítico paranóico, me convidou para voltar a trabalhar com ele. Fui correndo e nunca me arrependi. Não é que eu apreciasse críticas, muito pelo contrário. É que eu preferia ouvir alguém me dizer que eu estava pisando errado do que ficar sem saber onde eu estava pisando.
É claro que o chefe ideal não é nenhum dos dois. É aquele que dá orientações, estimula o subordinado e mais todas aquelas coisas que compõem o manual do bom chefe. Só que nem sempre, ou quase nunca, o subordinado tem o arbítrio da escolha do chefe. E quando não dá para ter aquilo que queremos, a solução é extrair o melhor daquilo que temos.
O chefe crítico de nossa ouvinte será mais importante para a carreira dela, do que seria um chefe distante e omisso. Não é fácil aturar o chefe crítico todos os dias. Mas isso passa. Por trás do falatório dele há lições, certas ou erradas, que serão úteis para toda a carreira.
Já o chefe omisso é como um livro com uma capa atraente. E com todas as páginas em branco.
Max Gehringer, para CBN.
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Chefe crítico é mais importante na carreira do que o chefe omisso
"Tenho um chefe que me critica muito", escreve uma ouvinte. "Parece que tudo o que eu faço está errado. E tudo o que eu não faço, também. Estou trabalhando com ele faz dois anos e não recebi um só elogio até hoje. Será que eu sou mesmo tão incompetente?"
Claro que não. Se você fosse, seu chefe já teria dispensado você há tempos.
Lá no comecinho da minha carreira, eu tive um chefe exatamente assim. Ele tinha uma enorme facilidade para encontrar erros nos trabalhos que eu executava. Eram erros pequeninos, insignificantes, e que não tinham qualquer influência no resultado final.
A cada crítica dele, eu ficava mais exasperado, para usar uma palavra bonita que eu nem conhecia na época.
Quando esse chefe foi substituído por outro, eu soltei rojões de tanta alegria. Eu acreditava que qualquer chefe seria melhor e fiquei ainda mais feliz ao perceber que o novo chefe era o oposto do chefe boquirroto: ele era calado. Tudo o que eu queria na vida. Ou pelo menos, tudo o que eu pensava que queria na vida.
Levei um mês para entender que havia uma coisa pior do que a crítica sem fundamento: o silêncio sem sentido.
Como meu chefe nunca dizia nada, eu não sabia o que ele pensava de mim. Se eu caprichasse ou não, a reação dele era a mesma. Cheguei a perguntar se ele estava satisfeito com meu trabalho, e ele me disse que não respondia a esse tipo de pergunta.
Menos de seis meses depois, o meu chefe anterior, o crítico paranóico, me convidou para voltar a trabalhar com ele. Fui correndo e nunca me arrependi. Não é que eu apreciasse críticas, muito pelo contrário. É que eu preferia ouvir alguém me dizer que eu estava pisando errado do que ficar sem saber onde eu estava pisando.
É claro que o chefe ideal não é nenhum dos dois. É aquele que dá orientações, estimula o subordinado e mais todas aquelas coisas que compõem o manual do bom chefe. Só que nem sempre, ou quase nunca, o subordinado tem o arbítrio da escolha do chefe. E quando não dá para ter aquilo que queremos, a solução é extrair o melhor daquilo que temos.
O chefe crítico de nossa ouvinte será mais importante para a carreira dela, do que seria um chefe distante e omisso. Não é fácil aturar o chefe crítico todos os dias. Mas isso passa. Por trás do falatório dele há lições, certas ou erradas, que serão úteis para toda a carreira.
Já o chefe omisso é como um livro com uma capa atraente. E com todas as páginas em branco.
Max Gehringer, para CBN.
2009-10-27
A mulher invisível faz sombra?
Poemas - Dilema
Baseado em fatos reais e imaginários, e que reflete bem este meu momento.
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Dilema
Como sinto saudades de apenas estar ao teu lado,
Mesmo sabendo que nunca terei mais do que isso.
Mas ao mesmo tempo, estar por perto é um fardo,
Pois não é, e nunca será, comigo, o teu compromisso.
Despedaça meu coração ficar longe da tua presença,
Mas me machuca ainda mais ficar assim por perto.
Acovardado, a distância será então minha sentença,
Entre nós: o gelo, o vazio, a terra e o deserto.
Desculpe-me se fico longe, resguardando meu coração,
Já tentei ser apenas teu amigo, mas foi em vão.
Tenho que ficar longe de ti; é assim que as coisas são.
Ficar ao teu lado é minha vontade e meu problema,
Essa dor que sinto longe e perto, meu dilema,
Que seria fácil de resolver se fosse apenas um poema.
/==================================================================================
Ontem respondi o email mais difícil da minha vida. Demorei mais de uma hora e meia pra escrever algumas poucas linhas. Suei, fiquei tenso, e no final, depois de clicar no "Send", estava exausto.
E não sei se respondi certo. Certo no sentido de ser o que eu realmente deveria fazer ou o que eu realmente quero. Mas quem sabe?
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Dilema
Como sinto saudades de apenas estar ao teu lado,
Mesmo sabendo que nunca terei mais do que isso.
Mas ao mesmo tempo, estar por perto é um fardo,
Pois não é, e nunca será, comigo, o teu compromisso.
Despedaça meu coração ficar longe da tua presença,
Mas me machuca ainda mais ficar assim por perto.
Acovardado, a distância será então minha sentença,
Entre nós: o gelo, o vazio, a terra e o deserto.
Desculpe-me se fico longe, resguardando meu coração,
Já tentei ser apenas teu amigo, mas foi em vão.
Tenho que ficar longe de ti; é assim que as coisas são.
Ficar ao teu lado é minha vontade e meu problema,
Essa dor que sinto longe e perto, meu dilema,
Que seria fácil de resolver se fosse apenas um poema.
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Ontem respondi o email mais difícil da minha vida. Demorei mais de uma hora e meia pra escrever algumas poucas linhas. Suei, fiquei tenso, e no final, depois de clicar no "Send", estava exausto.
E não sei se respondi certo. Certo no sentido de ser o que eu realmente deveria fazer ou o que eu realmente quero. Mas quem sabe?
Como o mercado vê um profissional que passou 20 anos na mesma empresa? - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 27/10/2009, sobre como o mercado de trabalho vê um profissional que passou 20 anos na mesma empresa, em duas situações: enquanto ele continua empregado e se ele não está mais ligado à empresa.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Como o mercado vê um profissional que passou 20 anos na mesma empresa?
Ontem falamos sobre um ouvinte que mudou de empregos quase que com a mesma frequência com que mudou de cuecas. A consulta de hoje é o avesso. Um ouvinte pergunta como o mercado de trabalho vê um profissional que passou 20 anos na mesma empresa.
Com muitos bons olhos.
Mas existem duas situações a considerar. A primeira é a dos profissionais estáveis que não estão procurando emprego.
Quando uma empresa precisa preencher uma vaga, que requeira um profissional com muita experiência, uma carreira sólida e uma fidelidade a toda prova, sempre aparece alguém que diz "eu conheço um profissional exatamente assim, mas não sei se ele aceitaria mudar".
Os headhunters também mantém esses profissionais altamente estáveis na mira, porque sabem que eles só concordariam em mudar para uma nova empresa, se fosse para permanecer nela por muitos anos.
Porém, no mais das vezes, os profissionais estáveis recusam estes convites e preferem continuar onde estão. Os poucos que aceitam, só aceitam porque a proposta é irrecusável do ponto de vista financeiro.
A segunda situação, bem diferente da primeira, é quando um profissional que passou 20 anos numa só empresa, sai à procura de uma recolocação. Porque os motivos para isso nunca são bons: ou o profissional foi demitido, ou se cansou da empresa, ou não conseguiu se relacionar bem com o novo chefe...
Qualquer que seja a causa, ela altera a percepção do mercado de trabalho. Não estamos mais falando do empregado com raízes profundas e com um histórico de solidez e estabilidade.
Por isso, é mais provável que uma empresa prefira contratar um profissional que tenha passado por mais empregos na carreira, mas que não tenha qualquer história negativa no seu currículo.
Um profissional que foi demitido após 20 anos, precisará caprichar bastante nas palavras e nos exemplos práticos, para conseguir convencer o entrevistador de que não se tornou acomodado ou desatualizado.
Já no caso do profissional estável, ainda empregado, que decidiu que chegou a hora de mudar, ele aumentará as suas chances de uma boa mudança, se ficar sempre repetindo, principalmente para colegas de outras empresas, que não muda de jeito nenhum. É essa propaganda que irá atrair interessados.
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Como o mercado vê um profissional que passou 20 anos na mesma empresa?
Ontem falamos sobre um ouvinte que mudou de empregos quase que com a mesma frequência com que mudou de cuecas. A consulta de hoje é o avesso. Um ouvinte pergunta como o mercado de trabalho vê um profissional que passou 20 anos na mesma empresa.
Com muitos bons olhos.
Mas existem duas situações a considerar. A primeira é a dos profissionais estáveis que não estão procurando emprego.
Quando uma empresa precisa preencher uma vaga, que requeira um profissional com muita experiência, uma carreira sólida e uma fidelidade a toda prova, sempre aparece alguém que diz "eu conheço um profissional exatamente assim, mas não sei se ele aceitaria mudar".
Os headhunters também mantém esses profissionais altamente estáveis na mira, porque sabem que eles só concordariam em mudar para uma nova empresa, se fosse para permanecer nela por muitos anos.
Porém, no mais das vezes, os profissionais estáveis recusam estes convites e preferem continuar onde estão. Os poucos que aceitam, só aceitam porque a proposta é irrecusável do ponto de vista financeiro.
A segunda situação, bem diferente da primeira, é quando um profissional que passou 20 anos numa só empresa, sai à procura de uma recolocação. Porque os motivos para isso nunca são bons: ou o profissional foi demitido, ou se cansou da empresa, ou não conseguiu se relacionar bem com o novo chefe...
Qualquer que seja a causa, ela altera a percepção do mercado de trabalho. Não estamos mais falando do empregado com raízes profundas e com um histórico de solidez e estabilidade.
Por isso, é mais provável que uma empresa prefira contratar um profissional que tenha passado por mais empregos na carreira, mas que não tenha qualquer história negativa no seu currículo.
Um profissional que foi demitido após 20 anos, precisará caprichar bastante nas palavras e nos exemplos práticos, para conseguir convencer o entrevistador de que não se tornou acomodado ou desatualizado.
Já no caso do profissional estável, ainda empregado, que decidiu que chegou a hora de mudar, ele aumentará as suas chances de uma boa mudança, se ficar sempre repetindo, principalmente para colegas de outras empresas, que não muda de jeito nenhum. É essa propaganda que irá atrair interessados.
Max Gehringer, para CBN.
2009-10-26
Livro: Entre Amigas
Muitas vezes eu me deixo levar, e acabo comprando um livro pelo título intrigante ou pela capa bem interessante. A última aquisição desse tipo foi Entre Amigas, um livro bem "mulherzinha". E quando digo mulherzinha, digo com propriedade, pois ele faz parte do selo Essência, de livros voltados para... mulheres!
Admito que eu só soube disso há pouco tempo, quando vi os prêmios da promoção do blog 3 x 30 - Solteira, Casada, Divorciada (ainda dá tempo de fazer um texto e participar). Voltando ao livro, eu o comprei mesmo porque:
1. Estava em promoção (meu bolso é fator importantíssimo!)
2. Adorei a capa
3. Li uns trechos e gostei do jeito ágil do livro.
O livro, assinado por duas autoras (Evelyn Holst/Sabine Reichel, provavelmente alemãs), é composto pela troca de emails entre duas amigas: Ana, mais velha, foi casada duas vezes, mas não parece levar muito jeito pra isso; e Sílvia, casada, dois filhos, mas cujo casamento não anda lá essas coisas.
Ao longo do livro, que retrata mais ou menos um ano na vida das duas, elas contam de tudo, de família, amores, relacionamentos, traições, carreira, dinheiro... Imagine que você pudesse ler o email de duas grandes amigas (e de certo modo, bem faladeiras). Pois é, você já sabe como é o livro.
A escrita é leve e rápida, assim como os emails de verdade. Mas nem por isso os assuntos são abordados de maneira leviana. Acontece de tudo, inclusive brigas, é claro.
De modo geral, eu gostei de ler o livro. Não é nada revolucionário, mas é um divertimento leve pra desanuviar a cabeça. Com capítulos curtos (ou seja, cada email), é ideal pra aqueles momentos em que a gente quer dar um temp na realidade, mas sabe que não tem muito tempo.
Abaixo, alguns trechos/citações que eu separei (os grifos são por minha conta):
Como se fosse conversa de banheiro:
Reflexões sobre casamentos e relacionamentos:
Reclamando sobre como os homens são eternos meninos crescidos:
Sobre estética, beleza e força femininas:
Sobre segurança e rachaduras na alma:
Sobre momentos de separação do casal:
Sobre a morte de um pai:
Admito que eu só soube disso há pouco tempo, quando vi os prêmios da promoção do blog 3 x 30 - Solteira, Casada, Divorciada (ainda dá tempo de fazer um texto e participar). Voltando ao livro, eu o comprei mesmo porque:
1. Estava em promoção (meu bolso é fator importantíssimo!)
2. Adorei a capa
3. Li uns trechos e gostei do jeito ágil do livro.
O livro, assinado por duas autoras (Evelyn Holst/Sabine Reichel, provavelmente alemãs), é composto pela troca de emails entre duas amigas: Ana, mais velha, foi casada duas vezes, mas não parece levar muito jeito pra isso; e Sílvia, casada, dois filhos, mas cujo casamento não anda lá essas coisas.
Ao longo do livro, que retrata mais ou menos um ano na vida das duas, elas contam de tudo, de família, amores, relacionamentos, traições, carreira, dinheiro... Imagine que você pudesse ler o email de duas grandes amigas (e de certo modo, bem faladeiras). Pois é, você já sabe como é o livro.
A escrita é leve e rápida, assim como os emails de verdade. Mas nem por isso os assuntos são abordados de maneira leviana. Acontece de tudo, inclusive brigas, é claro.
De modo geral, eu gostei de ler o livro. Não é nada revolucionário, mas é um divertimento leve pra desanuviar a cabeça. Com capítulos curtos (ou seja, cada email), é ideal pra aqueles momentos em que a gente quer dar um temp na realidade, mas sabe que não tem muito tempo.
Abaixo, alguns trechos/citações que eu separei (os grifos são por minha conta):
Como se fosse conversa de banheiro:
Ana,
Sobre a selva Amazônica. Meu ginecologista me contou hoje que reconhece a idade das pacientes pelo formato dos pelos púbicos. Depois dos 40 é um arbusto denso e selvagem, antes dos 40, um triângulo cuidadosamente depilado. Fui correndo pra casa e tentei rejuvenescer através da depilação. Agora lá embaixo ficou com cara de espanador selvagem...
Silvinha.
***
Oi, Sil,
Sei, sei, você andou indo ao médico... Ele pelo menos é atraente? Dizem as más línguas que um ginecologista é como um mecânico que nunca possuiu um carro...
Aliás, aos 30 e poucos anos eu depilei um coração lá embaixo para o Dia dos Namorados. O garoto se empolgou, mas aquilo coçava e me pinicava tanto que precisei deslocar para outras partes do corpo minha capacidade de surpreender o moço. Se levássemos em conta as estatísticas sobre o que os homens preferem, valeria ainda: lost in the jungle...
Beijos, a indiazinha.
***
Olá, Aninha,
Sorte que os meus pelos púbicos ainda não estão grisalhos, rs. Parece que a mulherada tinge tudo, se bobear fica laranja-fosforecente. Será que os homens se estressam tanto com isso? Acho que não, ou você conhece algum com os pentelhos tingidos? Hein?
A pesquisadora.
Reflexões sobre casamentos e relacionamentos:
Ah, Sílvia,
Você acha que um homem em casa dispensa o vibrador? Sempre falo dos sentimentos "clássicos", como saudade de intimidade, uma sensação de pertencimento. Por isso sinto sim, às vezes, falta de um homem em casa, que simplesmente esteja ao meu lado e ali fique. No entanto, tenho um problema com o casamento em si, você sabe. Já passei por isso. E não gostaria de me submeter a essa situação novamente. Não faltaram casinhos, ainda que mais esporádicos nos últimos três anos. Tomar café na cama e transar sobre migalhas de pão, ler jornal ou cozinhar juntos, ganhar massagens e flores, dar amassos no cinema etc., são coisas das quais tenho saudade. Ahhh. Mas tudo isso se consegue também sem casamento, com um amante atencioso, que aparece só uma ou duas vezes por semana. Sinceramente, são os maridos que comparecem raramente. Uma coisa é certa – sabe, algumas verdades são banais –, você se esforça mais quando nem tudo está garantido, e a rotina é o fim da empolgação e do sexo quente. Você conhece tudo isso. E sabe também que há mais divórcio do que nunca... você não fantasia sobre o divórcio, assim como eu fantasio sobre parceiros? Talvez não seja uma pergunta apropriada...
Um grande abraço, Ana.
Reclamando sobre como os homens são eternos meninos crescidos:
Linda Sílvia,
Sério! Só crianças podem comportar-se assim. Isso me espanta. Sempre esquecemos como os homens são frágeis, medrosos e inseguros, como regridem e se reduzem rapidamente a meninos pendurados na barra da saia da mãe (e talvez também nos peitos dela!). É aí que está enterrado o mistério do poder feminino. Acho desonesto e nojento firmar-se na vida por meio da manipulação dos homens, processo que, inconscientemente, nos transforma na figura materna.
(...)
Sobre estética, beleza e força femininas:
Olá, Sílvia,
Essa coisa de fazer lipo é perversa. Pratique esporte, gente! Nos Estados Unidos vi muitos anúncios de jornal sobre rejuvenescimento vaginal, e as pessoas se perguntavam se alguma mulher realmente chegou a ir ao consultório de algum cirurgião plástico e descreveu alegremente a seguinte situação: "Meus grandes lábios estão meio caídos, quero reconquistar aquele biquinho jovial que eu amava e que fazia tanto sucesso". Fico imaginando como seria a conversa de dois homens num bar: "Cara, saí com uma mulher linda, supersexy, ela tinha 40 e poucos, mas a boceta era menor de idade! Uma viagem!" hehe.
As mulheres têm problemas. Essa mutilação precisa acabar. Acho muito mais bacana o jeito como uma amiga está lidando com o câncer de mama. Acabei de visitá-la em Frankfurt. Já faz dois anos que retiraram um de seus seios. Ela me contou que, há três semanas, entrou no mar de topless. "Se eu consigo suportar, os outros também conseguem." Achei superforte, maravilhoso, acho que foi Ingeborg Bachmann, também uma mulher difícil, quem disse: "A verdade é exigente". Aos 55 anos, minha amiga também não está a fim de "reconstruir" o seio, sei lá como se chama isso. Seria, literalmente, um peito falso. O que você faria no lugar dela?
Beijos, Ana.
Sobre segurança e rachaduras na alma:
Sim, Ana,
Sou assim mesmo. Gosto da segurança e aceito seu rótulo de "apressada dona de casa". Não acho tão grave!
Mulher do lar.
***
Oi Sílvia,
É um fato incontestável: não existe segurança. Em lugar nenhum. Particular, global, política ou socialmente. Ponto. Muita gente constrói sua vida com esse fato ilusório na cabeça e acredita estar salvando assim seus ideais. Todos temos rachaduras na alma e manchas no coração, eu, você, seu marido, nossos pais, meus namorados.
(...)
Sobre momentos de separação do casal:
Olá, durona na medida certa,
A vida é trivial como uma revista de fofoca. O homem é expulso de casa, faz a mala e bate na porta da amante. Que famoso já não fez isso? Onde ele se meteu agora?
Hum, queria expulsar um homem uma vez, deve fazer bem, não? É muito perverso da minha parte? Tenho um novo lema para você dizer ao seu próximo namorado: "Se quiser café na cama, durma na cozinha!"
Hehe, Ana. =P
Sobre a morte de um pai:
Oi, Sílvia,
Obrigada pelas lindas flores! Não era mesmo para eu viajar. Não dá pra descrever o que se sente com a morte do pai. Ainda que ele seja velhinho e já "possa" morrer. Quando acontece, você fica sem ar. De repente a pessoa desaparece, simplesmente some, e nunca mais vai voltar. Uma pessoa que estava sempre por perto e que pertencia à sua vida, como um lábio carnudo, um dedinho do pé torto e uma pinta no pescoço, fora todas as outras coisas que você herdou dela. Você percebe que algo insubstituível foi tirado de você, a presença física da pessoa que te concebeu e que te criou. Acho que o próximo passo é conseguir me lembrar dele e imortalizá-lo no nível espiritual. Sempre haverá pessoas com você nesse caminho, suponho. Tive que esvaziar o apartamento dele, e foi uma viagem. Tocante, íntima e um pouco misteriosa, como se você estivesse à procura de algum segredo. Ele gostava de usar gorros, e quando vi sua boina xadrez ali jogada, caí em prantos. Mas aí coloquei-a na cabeça a ataquei o armário e dobrei suas camisas xadrez – outra mania dele, frequentemente combinada com calças listradas – tão minuciosamente quanto uma vendedora da butique Christian Dior. Vesti uma delas. Estranho, tive a necessidade de entornar em mim, de encostar em mim tudo o que ele usou, tocou, vestiu, um comportamento infantil ancestral, acho eu. De repente senti falta de um ritual primitivo e quis incendiar o quarto, ou pintá-lo de verde, ou pintar-me de várias cores, bater uns tambores e fazer uma dança selvagem. Mas essas coisas não são permitidas na nossa sociedade. Em vez disso se diz "meus pêsames". Essa palavra estranha me faz pensar em pêssegos e numa feira colorida. Além das fotos, peguei ainda seu roupão, uma latinha de creme Nívea, sua velha bengala de bambu, um antiquado cachecol de algodão, os suspensórios vermelhos e uma caixa de cartas, entre elas um velho cartão de dia dos pais que eu desenhei aos 6 anos de idade. E me espantei com tamanho apego...
Até logo, graças a Deus.
Ana.
Filme: Terror na Antártida
Continuando com a série "filmes cujos nomes em português são horríveis", sábado fui assistir Terror na Antártida (ou Whiteout, no original). O nome do filme me lembra daqueles antigos filmes de terror B, e o resultado não está muito longe disso.
Whiteout é o fenômeno meteorológico em que você não consegue ver nada, a não ser o branco da neve devido a uma forte nevasca, daí o nome, um paralelo com o nosso já aportuguesado blecaute (blackout), em que você não vê nada porque não tem luz.
O filme tem como destaque a linda Kate Beckinsale, uma traumatizada agente federal americana que trabalha na Antártida como autoridade local, geralmente resolvendo pequenos crimes, como uma maconha aqui ou acolá. Estando prestes a se demitir (e sair da geladeira), corpos começam a acontecer na base na Antártida, e agora ela se vê envolta numa trama de mistério e assassinatos.
Não vou gastar muito tempo falando do filme, que é meio chato. A única personagem a se desenvolver (mais ou menos, ainda por cima) é a de Kate, a agente Carrie Stetko. Os outros personagens são bem unidimensionais, e até mesmo o grande vilão não apresenta muita surpresa, pra alguém mais atento. Fora alguns grandes furos no roteiro.
O filme foi baseado numa história em quadrinhos, de mesmo nome (do original), Whiteout, que dizem ser muito superior ao filme. Eu não cheguei a ler, mas vi na livraria e achei meio caro, até por não ser o gênero de HQ que eu normalmente leio.
Bem, pros marmanjos de plantão, vale o começo do filme, em que Kate Beckinsale toma um banho. Não mostra grande coisa (pelada mesmo, só por trás do box e com muito vapor), mas é o ponto alto do filme. E um filme com a Kate, bem, eu veria de qualquer jeito.
Trailer:
Para saber mais: crítica do Omelete.
Whiteout é o fenômeno meteorológico em que você não consegue ver nada, a não ser o branco da neve devido a uma forte nevasca, daí o nome, um paralelo com o nosso já aportuguesado blecaute (blackout), em que você não vê nada porque não tem luz.
O filme tem como destaque a linda Kate Beckinsale, uma traumatizada agente federal americana que trabalha na Antártida como autoridade local, geralmente resolvendo pequenos crimes, como uma maconha aqui ou acolá. Estando prestes a se demitir (e sair da geladeira), corpos começam a acontecer na base na Antártida, e agora ela se vê envolta numa trama de mistério e assassinatos.
Não vou gastar muito tempo falando do filme, que é meio chato. A única personagem a se desenvolver (mais ou menos, ainda por cima) é a de Kate, a agente Carrie Stetko. Os outros personagens são bem unidimensionais, e até mesmo o grande vilão não apresenta muita surpresa, pra alguém mais atento. Fora alguns grandes furos no roteiro.
O filme foi baseado numa história em quadrinhos, de mesmo nome (do original), Whiteout, que dizem ser muito superior ao filme. Eu não cheguei a ler, mas vi na livraria e achei meio caro, até por não ser o gênero de HQ que eu normalmente leio.
Bem, pros marmanjos de plantão, vale o começo do filme, em que Kate Beckinsale toma um banho. Não mostra grande coisa (pelada mesmo, só por trás do box e com muito vapor), mas é o ponto alto do filme. E um filme com a Kate, bem, eu veria de qualquer jeito.
Trailer:
Para saber mais: crítica do Omelete.
O que há de errado comigo? - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 26/10/2009, com um ouvinte muito confuso.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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O que há de errado comigo?
Uma consulta de quem realmente está em dúvida. Eu deduzi isso porque o ouvinte encerrou todas as fases inquisitivas não com um ponto de interrogação, mas com fileiras deles. Ele escreve: qual é o meu problema????? 5 interrogações. O que estou fazendo de errado??????? Sete interrogações.
Mas o resumo é o seguinte: o nosso ouvinte tem 32 anos, começou a trabalhar aos 19, e nesses 13 anos de vida profissional, já teve 12 empregos. Oito exclamações por minha conta!!
Ele não consegue se manter nos empregos porque perde rapidamente a motivação. Com um mês, já está cansado. Com três meses, desesperançado. Com 8 meses, amargurado. Aí ou ele pede a conta, o que já fez 8 vezes, ou é dispensado, o que ocorreu 4 vezes. E ele pergunta qual é o problema e qual seria a solução.
Vamos começar com as boas notícias. Tecnicamente, o nosso ouvinte deve ser muito bom no que faz. Se não fosse, depois do sétimo emprego em sete anos, ele não teria conseguido mais nenhum.
Além disso, ele deve ser uma fera em entrevistas, porque ele continua conseguindo convencer os entrevistadores de que é um profissional estável, que não conseguiu ainda, se estabilizar.
Agora vamos ao problema, que é um só: adaptação.
Se o nosso ouvinte não se adaptou a 12 empresas diferentes, isso significa que ele está procurando alguma coisa que nenhuma empresa vai oferecer: um cantinho no qual o nosso ouvinte possa se sentir confortável e fazer o seu trabalho em paz, sem ser incomodado por ninguém. E quando eu digo ninguém, eu me refiro a todos os organismos vivos que vagueiam pelas empresas, incluindo as moscas.
Rapidamente, o nosso ouvinte descobre que não é ali que ele gostaria de estar. Por isso ele dorme mal e acorda cansado. Ao ver que não conseguirá mudar a situação, ele perde a esperança. E entra numa espiral de amargura, que leva à depressão e à demissão.
Nosso ouvinte precisa urgentemente de ajuda especializada. Ele não tem um problema real e palpável. Milhares de pessoas já trabalharam com ele em 12 empresas e não sentiram o que ele sentiu.
A psicologia e a psiquiatria poderão ajudá-lo, com terapia e medicamentos, a entender e a superar o problema que está dentro da cabeça dele e não fora dela.
Se o nosso ouvinte continuar nessa ciranda, sem buscar ajuda, ele brevemente não conseguirá mais empregos. Se ele quer se curar, e a cura não irá custar nenhum exagero, ainda há tempo. Mas não muito. Três enfáticas exclamações!!!
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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O que há de errado comigo?
Uma consulta de quem realmente está em dúvida. Eu deduzi isso porque o ouvinte encerrou todas as fases inquisitivas não com um ponto de interrogação, mas com fileiras deles. Ele escreve: qual é o meu problema????? 5 interrogações. O que estou fazendo de errado??????? Sete interrogações.
Mas o resumo é o seguinte: o nosso ouvinte tem 32 anos, começou a trabalhar aos 19, e nesses 13 anos de vida profissional, já teve 12 empregos. Oito exclamações por minha conta!!
Ele não consegue se manter nos empregos porque perde rapidamente a motivação. Com um mês, já está cansado. Com três meses, desesperançado. Com 8 meses, amargurado. Aí ou ele pede a conta, o que já fez 8 vezes, ou é dispensado, o que ocorreu 4 vezes. E ele pergunta qual é o problema e qual seria a solução.
Vamos começar com as boas notícias. Tecnicamente, o nosso ouvinte deve ser muito bom no que faz. Se não fosse, depois do sétimo emprego em sete anos, ele não teria conseguido mais nenhum.
Além disso, ele deve ser uma fera em entrevistas, porque ele continua conseguindo convencer os entrevistadores de que é um profissional estável, que não conseguiu ainda, se estabilizar.
Agora vamos ao problema, que é um só: adaptação.
Se o nosso ouvinte não se adaptou a 12 empresas diferentes, isso significa que ele está procurando alguma coisa que nenhuma empresa vai oferecer: um cantinho no qual o nosso ouvinte possa se sentir confortável e fazer o seu trabalho em paz, sem ser incomodado por ninguém. E quando eu digo ninguém, eu me refiro a todos os organismos vivos que vagueiam pelas empresas, incluindo as moscas.
Rapidamente, o nosso ouvinte descobre que não é ali que ele gostaria de estar. Por isso ele dorme mal e acorda cansado. Ao ver que não conseguirá mudar a situação, ele perde a esperança. E entra numa espiral de amargura, que leva à depressão e à demissão.
Nosso ouvinte precisa urgentemente de ajuda especializada. Ele não tem um problema real e palpável. Milhares de pessoas já trabalharam com ele em 12 empresas e não sentiram o que ele sentiu.
A psicologia e a psiquiatria poderão ajudá-lo, com terapia e medicamentos, a entender e a superar o problema que está dentro da cabeça dele e não fora dela.
Se o nosso ouvinte continuar nessa ciranda, sem buscar ajuda, ele brevemente não conseguirá mais empregos. Se ele quer se curar, e a cura não irá custar nenhum exagero, ainda há tempo. Mas não muito. Três enfáticas exclamações!!!
Max Gehringer, para CBN.
2009-10-23
Filme: Te amarei para sempre - The Time Traveler's Wife
Em primeiro lugar, acho o nome brasileiro do filme, Te Amarei Para Sempre, ruim e meio apelativo, "meloso" demais. Portanto, a partir de agora, irei me referir ao filme sempre pelo seu nome original, The Time Traveler's Wife (numa tradução livre, "A Esposa do Viajante do Tempo"). E em segundo lugar, admito que amei o filme.
Sim, eu daria nota 10 ao filme, se eu atribuísse notas. O fato é que faz muito tempo que eu não assistia um filme de romance tão bom. Claro que o toque de ficção científica ajudou. :)
Bem, a história de The Time Traveler's Wife começa mostrando a estranha condição de Henry DeTamble (Eric Bana, o Hulk do Ang Lee). Devido a uma especial condição genética, Henry viaja no tempo, indo ao passado ou futuro, sempre involuntariamente e sem controle. E nessas viagens, apenas ele vai. Ou seja, as roupas ficam. Um bom motivo pras fãs de Bana irem ao cinema. ;)
Henry vai levando a sua pacata e solitária vida de bibliotecário e involuntário viajante do tempo, até que um dia se encontra com Clare Abshire (a lindíssima Rachel McAdams, já mencionada aqui no filme Intrigas de Estado). Ela de imediato o reconhece e fala que sempre o conheceu, desde criaça, mas ele nunca a viu na vida antes. Isso porque o Henry que ela conheceu no passado dela, veio do futuro dele. Legal, né?
A partir daí, você já sabe que eles vão ficar juntos, até porque o nome do filme já dize que Clare se casa com Henry. E o filme prossegue mostrando essa história de amor atemporal, com todas as dificuldades e alegrias de um relacionamento, que precisa enfrentar seus altos e baixos. E que neste caso, tem uma alegoria certa: as viagens no tempo, que ao mesmo tempo que provoca problemas, sempre acaba trazendo outras alegrias.
Apesar do viés fantástico, mais típico da ficção científica, que é a viagem no tempo (com exceções honrosas, como o também romance Em Algum Lugar do Passado), The Time Traveler's Wife é em sua essência, um romance romântico. E dos bons.
E podem preparar os lencinhos, porque o filme é emocionante, apesar de não ser emocionalmente apelativo. E, a julgar pelos barulhos de pessoas assoando o nariz na sessão que eu fui, essa não é uma opinião minha apenas.
O filme é baseado em um livro de mesmo nome, que eu pretendo ler em breve. Aliás, a tradução do livro manteve o título original: A Mulher do Viajante no Tempo.
Em suma, eu recomendo a todos irem assistir o filme The Time Traveler's Wife. É uma linda história de amor que atravessa o tempo, e como Clare diz, "é meio mágico". E mesmo que você seja como eu, que não acredita mais nesse papo de amor, é bom fantasiar com um mundo em que as coisas são melhores que na vida real. Porque afinal, filmes e histórias servem pra isso mesmo: nos levar a lugares (ou tempos) que só existem em nossas mentes. E corações, acrescentaria um romântico.
Ah, e se pras mulheres tem o bônus do Eric Bana, pra nós, homens, tem o bônus da Rachel McAdams. Essa mulher é linda!
Trailer:
Para saber mais: página oficial do filme (em inglês). Na seção Production Notes, tem muita coisa legal (mas veja o filme antes).
Sim, eu daria nota 10 ao filme, se eu atribuísse notas. O fato é que faz muito tempo que eu não assistia um filme de romance tão bom. Claro que o toque de ficção científica ajudou. :)
Bem, a história de The Time Traveler's Wife começa mostrando a estranha condição de Henry DeTamble (Eric Bana, o Hulk do Ang Lee). Devido a uma especial condição genética, Henry viaja no tempo, indo ao passado ou futuro, sempre involuntariamente e sem controle. E nessas viagens, apenas ele vai. Ou seja, as roupas ficam. Um bom motivo pras fãs de Bana irem ao cinema. ;)
Henry vai levando a sua pacata e solitária vida de bibliotecário e involuntário viajante do tempo, até que um dia se encontra com Clare Abshire (a lindíssima Rachel McAdams, já mencionada aqui no filme Intrigas de Estado). Ela de imediato o reconhece e fala que sempre o conheceu, desde criaça, mas ele nunca a viu na vida antes. Isso porque o Henry que ela conheceu no passado dela, veio do futuro dele. Legal, né?
A partir daí, você já sabe que eles vão ficar juntos, até porque o nome do filme já dize que Clare se casa com Henry. E o filme prossegue mostrando essa história de amor atemporal, com todas as dificuldades e alegrias de um relacionamento, que precisa enfrentar seus altos e baixos. E que neste caso, tem uma alegoria certa: as viagens no tempo, que ao mesmo tempo que provoca problemas, sempre acaba trazendo outras alegrias.
Apesar do viés fantástico, mais típico da ficção científica, que é a viagem no tempo (com exceções honrosas, como o também romance Em Algum Lugar do Passado), The Time Traveler's Wife é em sua essência, um romance romântico. E dos bons.
E podem preparar os lencinhos, porque o filme é emocionante, apesar de não ser emocionalmente apelativo. E, a julgar pelos barulhos de pessoas assoando o nariz na sessão que eu fui, essa não é uma opinião minha apenas.
O filme é baseado em um livro de mesmo nome, que eu pretendo ler em breve. Aliás, a tradução do livro manteve o título original: A Mulher do Viajante no Tempo.
Em suma, eu recomendo a todos irem assistir o filme The Time Traveler's Wife. É uma linda história de amor que atravessa o tempo, e como Clare diz, "é meio mágico". E mesmo que você seja como eu, que não acredita mais nesse papo de amor, é bom fantasiar com um mundo em que as coisas são melhores que na vida real. Porque afinal, filmes e histórias servem pra isso mesmo: nos levar a lugares (ou tempos) que só existem em nossas mentes. E corações, acrescentaria um romântico.
Ah, e se pras mulheres tem o bônus do Eric Bana, pra nós, homens, tem o bônus da Rachel McAdams. Essa mulher é linda!
Trailer:
Para saber mais: página oficial do filme (em inglês). Na seção Production Notes, tem muita coisa legal (mas veja o filme antes).
Por favor, please!
O mercado de palestras - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 23/10/2009, sobre o mercado de palestras e a carreira de palestrante.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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O mercado de palestras
"Sou gerente de treinamento de uma grande empresa", escreve um ouvinte. "Há algum tempo venho pensando em seguir a carreira de palestrante, incentivado pelas pessoas que assistem as minhas apresentações. Há informações disponíveis sobre este mercado?"
Oficialmente, não. Porque palestrante não é uma profissão regulamentada e não existem associações de âmbito estadual ou nacional, que possam coletar e divulgar números exatos. Mas há estimativas que podem lhe dar uma idéia aproximada.
No Brasil existem cerca de 20 mil pessoas que fazem palestras. A grande maioria, mais de 90%, não tem a palestra como sua principal atividade. São professores ou executivos de empresas, que usam a palestra como complemento de renda. Ou consultores e profissionais liberais que usam as palestras para se aproximar dos clientes e vender o seu produto principal: consultoria ou a prestação de serviços.
Para palestrantes iniciantes, e que não tiveram alguma atividade anterior que lhes tenha dado visibilidade fora da própria empresa, como é o caso do nosso ouvinte, o preço de partida dificilmente será superior a 500 reais. Mas isso ocorre em qualquer profissão: ninguém começa uma carreira pelo topo.
Outro fator importante: o mercado de palestras funciona na base da divulgação boca-a-boca. Quando uma palestra agrada, o próprio contratante ou a platéia se encarrega de passar a notícia adiante, e gerar mais convites. Por isso, além de saber falar bem em público, é preciso ter um tema que desperte a atenção das empresas, e um material diferenciado, de preferência baseado em experiências pessoais.
Um erro muito comum é montar uma palestra a partir de frases retiradas de livros. Isso elimina um dos principais pontos de atração de uma palestra: a originalidade.
O começo da carreira de palestrante sempre causa uma certa frustração, porque a expectativa é grande e os convites são minguados. O nosso ouvinte, a partir dos contatos que possui com outras empresas, talvez faça entre 5 e 10 palestras por ano, nos dois primeiros anos. Mas a partir do momento em que a carreira começa a decolar, ela não para mais.
Em resumo, palestrar é uma opção muito interessante, até para quem nunca pensou nisso, porque a atividade já está relativamente amadurecida no Brasil. Cerca de 50 mil eventos são promovidos anualmente, por empresas ou instituições. Mais de 100 por dia. E pelo menos um terço deles, conta com a presença de um palestrante externo. Remunerado ou gratuito.
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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O mercado de palestras
"Sou gerente de treinamento de uma grande empresa", escreve um ouvinte. "Há algum tempo venho pensando em seguir a carreira de palestrante, incentivado pelas pessoas que assistem as minhas apresentações. Há informações disponíveis sobre este mercado?"
Oficialmente, não. Porque palestrante não é uma profissão regulamentada e não existem associações de âmbito estadual ou nacional, que possam coletar e divulgar números exatos. Mas há estimativas que podem lhe dar uma idéia aproximada.
No Brasil existem cerca de 20 mil pessoas que fazem palestras. A grande maioria, mais de 90%, não tem a palestra como sua principal atividade. São professores ou executivos de empresas, que usam a palestra como complemento de renda. Ou consultores e profissionais liberais que usam as palestras para se aproximar dos clientes e vender o seu produto principal: consultoria ou a prestação de serviços.
Para palestrantes iniciantes, e que não tiveram alguma atividade anterior que lhes tenha dado visibilidade fora da própria empresa, como é o caso do nosso ouvinte, o preço de partida dificilmente será superior a 500 reais. Mas isso ocorre em qualquer profissão: ninguém começa uma carreira pelo topo.
Outro fator importante: o mercado de palestras funciona na base da divulgação boca-a-boca. Quando uma palestra agrada, o próprio contratante ou a platéia se encarrega de passar a notícia adiante, e gerar mais convites. Por isso, além de saber falar bem em público, é preciso ter um tema que desperte a atenção das empresas, e um material diferenciado, de preferência baseado em experiências pessoais.
Um erro muito comum é montar uma palestra a partir de frases retiradas de livros. Isso elimina um dos principais pontos de atração de uma palestra: a originalidade.
O começo da carreira de palestrante sempre causa uma certa frustração, porque a expectativa é grande e os convites são minguados. O nosso ouvinte, a partir dos contatos que possui com outras empresas, talvez faça entre 5 e 10 palestras por ano, nos dois primeiros anos. Mas a partir do momento em que a carreira começa a decolar, ela não para mais.
Em resumo, palestrar é uma opção muito interessante, até para quem nunca pensou nisso, porque a atividade já está relativamente amadurecida no Brasil. Cerca de 50 mil eventos são promovidos anualmente, por empresas ou instituições. Mais de 100 por dia. E pelo menos um terço deles, conta com a presença de um palestrante externo. Remunerado ou gratuito.
Max Gehringer, para CBN.
Filme: Distrito 9
Post um pouco atrasado. Semana passada, apesar de no domingo da virada do horário de verão eu ter visto um filme repetido, sábado eu fui ver um filme novo: Distrito 9 (ou District 9, no original). Ficção científica interessante e que rende um bom passatempo, mas que não vai marcar época.
O filme mistura um mockumentário (ou seja, um documentário falso, como The Office, por exemplo), com cenas tradicionais, mas sempre com a câmera bem perto do protagonista da história principal condutora do filme. Contada de forma linear, a história é claramente dividida em alguns arcos ou temas.
Talvez a maior diferença entre todos os alienígenas vistos até hoje e os alienígenas de Distrito 9 seja a escolha do lugar onde pousaram na Terra. Em vez de New York ou outra grande cidade americana, os aliens do filme acabam caindo na cidade de Joanesburgo, África do Sul. E "caindo" é o verbo que melhor expressa a situação deles.
Aparentemente, cerca de 20 anos atrás da época do filme, uma grande espaçonave chegou ao planeta e ficou pairando sobre Joanesburgo. Depois descobriu-se um grande contingente de extra-terrestres parecidos com crustáceos, que foram apelidados pejorativamente de camarões, quase morrendo na nave. Apesar de terem tecnologia para viajar no espaço, aparentemente todos eram de uma classe baixa, como insetos operários, que fornecem força braçal mas são "burros". ETs mais inteligentes parecem ter morrido, no que especula-se uma doença ou algo parecido.
Toda essa explicação faz parte do começo do filme, que forma o primeiro arco, em que predomina o estilo documentário.
A partir daí, esses aliens camarões passam a ser exilados em Joanesburgo, em condições miseráveis, num gueto/favela chamado de Distrito 9. Mas, como esse distrito fica praticamente junto a cidade, conflitos com os humanos são inevitáveis, e por isso, as autoridades planejam mover todos eles para um novo local, mais afastado.
É nessa parte que começa o segundo arco, que ainda traz muitas explicações sobre a realidade dos alienígenas, e que tem claramente uma grande crítica social, traçando um paralelo dos alienígenas com os negros, no extinto sistema de Apartheid.
Mas neste arco também começamos a ver outros rumos que o filme toma, com o aparecimento do protagonista Wikus Van De Merwe (interpretado pelo até então desconhecido Sharlto Copley). Wikus é responsável pela operação de retirada dos alienígenas do Distrito 9, e vai pessoalmente no favelão, recolhendo "autorizações" dos aliens para que sejam movidos dali.
Infelizmente, algo acontece que irá totalmente a vida de Wikus. E aí entram os dois últimos arcos do filme, em que é mostrado a transformação de Wikus, e no final, uma grande dose de ação.
Os efeitos do filme são excelentes, os alienígenas convencem, e a atuação de Copley é excelente. É visível a transformação do personagem Wikus, não por causa dos efeitos especiais ou maquiagem, mas pela atuação de Copley. O desespero dele ao falar com a mulher é algo marcante.
O filme, pra mim, tem dois defeitos. O primeiro são alguns pontos mal explicados na história. Apesar de poder terem sido intencionais, esses pontos, pelo formato adotado pelo filme todo, parecem ser mais deslizes. E o segundo defeito (se é que pode ser chamado assim) é do filme não apresentar grandes inovações, carregando inclusive, alguns clichês bem conhecidos do gênero.
Mas no final das contas, Distrito 9 é um filme interessante e que vale o ingresso. Não vai mudar o mundo, nem entrar pra minha lista de Top 10 de ficção científica, mas rende um bom entretenimento (claro, se você gostar de ficção científica).
Trailer:
Para saber mais: crítica (mais feroz) no Omelete e uma bem mais favorável no Pipoca Combo.
O filme mistura um mockumentário (ou seja, um documentário falso, como The Office, por exemplo), com cenas tradicionais, mas sempre com a câmera bem perto do protagonista da história principal condutora do filme. Contada de forma linear, a história é claramente dividida em alguns arcos ou temas.
Talvez a maior diferença entre todos os alienígenas vistos até hoje e os alienígenas de Distrito 9 seja a escolha do lugar onde pousaram na Terra. Em vez de New York ou outra grande cidade americana, os aliens do filme acabam caindo na cidade de Joanesburgo, África do Sul. E "caindo" é o verbo que melhor expressa a situação deles.
Aparentemente, cerca de 20 anos atrás da época do filme, uma grande espaçonave chegou ao planeta e ficou pairando sobre Joanesburgo. Depois descobriu-se um grande contingente de extra-terrestres parecidos com crustáceos, que foram apelidados pejorativamente de camarões, quase morrendo na nave. Apesar de terem tecnologia para viajar no espaço, aparentemente todos eram de uma classe baixa, como insetos operários, que fornecem força braçal mas são "burros". ETs mais inteligentes parecem ter morrido, no que especula-se uma doença ou algo parecido.
Toda essa explicação faz parte do começo do filme, que forma o primeiro arco, em que predomina o estilo documentário.
A partir daí, esses aliens camarões passam a ser exilados em Joanesburgo, em condições miseráveis, num gueto/favela chamado de Distrito 9. Mas, como esse distrito fica praticamente junto a cidade, conflitos com os humanos são inevitáveis, e por isso, as autoridades planejam mover todos eles para um novo local, mais afastado.
É nessa parte que começa o segundo arco, que ainda traz muitas explicações sobre a realidade dos alienígenas, e que tem claramente uma grande crítica social, traçando um paralelo dos alienígenas com os negros, no extinto sistema de Apartheid.
Mas neste arco também começamos a ver outros rumos que o filme toma, com o aparecimento do protagonista Wikus Van De Merwe (interpretado pelo até então desconhecido Sharlto Copley). Wikus é responsável pela operação de retirada dos alienígenas do Distrito 9, e vai pessoalmente no favelão, recolhendo "autorizações" dos aliens para que sejam movidos dali.
Infelizmente, algo acontece que irá totalmente a vida de Wikus. E aí entram os dois últimos arcos do filme, em que é mostrado a transformação de Wikus, e no final, uma grande dose de ação.
Os efeitos do filme são excelentes, os alienígenas convencem, e a atuação de Copley é excelente. É visível a transformação do personagem Wikus, não por causa dos efeitos especiais ou maquiagem, mas pela atuação de Copley. O desespero dele ao falar com a mulher é algo marcante.
O filme, pra mim, tem dois defeitos. O primeiro são alguns pontos mal explicados na história. Apesar de poder terem sido intencionais, esses pontos, pelo formato adotado pelo filme todo, parecem ser mais deslizes. E o segundo defeito (se é que pode ser chamado assim) é do filme não apresentar grandes inovações, carregando inclusive, alguns clichês bem conhecidos do gênero.
Mas no final das contas, Distrito 9 é um filme interessante e que vale o ingresso. Não vai mudar o mundo, nem entrar pra minha lista de Top 10 de ficção científica, mas rende um bom entretenimento (claro, se você gostar de ficção científica).
Trailer:
Para saber mais: crítica (mais feroz) no Omelete e uma bem mais favorável no Pipoca Combo.
2009-10-22
Mais uma vez, peço a vossa ajuda
Caros leitores do blog, mais uma vez, peço um momento de vocês para opinarem aqui.
Mas antes, deixem-me explicar a situação. Há alguns meses fiz este post aqui sobre um fórum angolano mulambento que rouba automaticamente todo e qualquer post meu (e de vários outros blogs), usando os feeds.
Claro que fiquei meio fulo, mas deixei pra lá... Até que, uns dias atrás, fui pesquisar no google pra ver se achava um post antigo meu (é, eu pesquiso no google pra achar as coisas aqui do próprio blog, já que são mais de 1500 posts).
Como não lembrava exatamente quais as palavras que escrevi no post, usei algumas palavras-chave. E pra minha surpresa, o meu blog estava listado depois do infeliz fórum angolano. Deu pra minha paciência!
Por isto, estou considerando mudar os feeds, de modo que eles sejam enviados de forma parcial ou somente o título. Assim, o desgraçado vai copiar só o título do post. MAS... como eu mesmo não gosto de feeds parciais, fiquei em dúvida. Por isso agora peço a opinião de quem assina os feeds.
Segundo o feedburner, hoje tem uns 180 gatos pingados que assinam o feed. Então, se no mínimo um quarto deles se manifestarem a favor de manter o feed completo, eu deixo. Senão, mudarei o formato deles.
Para isso, deixei uma enquete no blog. Tem uma semana pra votar, e agradeço a opinião.
Mas antes, deixem-me explicar a situação. Há alguns meses fiz este post aqui sobre um fórum angolano mulambento que rouba automaticamente todo e qualquer post meu (e de vários outros blogs), usando os feeds.
Claro que fiquei meio fulo, mas deixei pra lá... Até que, uns dias atrás, fui pesquisar no google pra ver se achava um post antigo meu (é, eu pesquiso no google pra achar as coisas aqui do próprio blog, já que são mais de 1500 posts).
Como não lembrava exatamente quais as palavras que escrevi no post, usei algumas palavras-chave. E pra minha surpresa, o meu blog estava listado depois do infeliz fórum angolano. Deu pra minha paciência!
Por isto, estou considerando mudar os feeds, de modo que eles sejam enviados de forma parcial ou somente o título. Assim, o desgraçado vai copiar só o título do post. MAS... como eu mesmo não gosto de feeds parciais, fiquei em dúvida. Por isso agora peço a opinião de quem assina os feeds.
Segundo o feedburner, hoje tem uns 180 gatos pingados que assinam o feed. Então, se no mínimo um quarto deles se manifestarem a favor de manter o feed completo, eu deixo. Senão, mudarei o formato deles.
Para isso, deixei uma enquete no blog. Tem uma semana pra votar, e agradeço a opinião.
O efeito da saia curta no ambiente de trabalho - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 22/10/2009, sobre saias curtas no ambiente de trabalho.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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O efeito da saia curta no ambiente de trabalho
"Ocupo um cargo de gestão em uma conceituada empresa", escreve um graduado ouvinte. "Com frequência, uma das funcionárias do meu setor vem trabalhar vestindo saias curtas. E quando eu digo curtas, eu quero dizer bem curtas. Reconheço que ela tem os dotes naturais necessários para essa exposição de suas virtudes. E também reconheço que ela é uma funcionária muito eficiente.
O problema, como você mesmo comentou uma vez, são os outros. As saias curtas provocam distrações gerais, elogios de parte da ala masculina e comentários não muito auspiciosos de uma parcela da ala feminina. O resultado é que tudo isso, em meu modo de ver, não traz qualquer benefício ao ambiente de trabalho.
Há tempos eu penso em conversar com a funcionária, mas temo ofendê-la. Como posso ser assertivo, sem parecer puritano?"
Bom, primeiro, é preciso definir o que é aceitável e o que não é. Isso seria simples se o conceito de aceitável não variasse enormemente, porque ele se baseia em opiniões pessoais.
É bem provável que se você promovesse uma votação entre seus funcionários, as saias curtas ganhariam. Até mesmo a ala feminina votaria a favor. Não em função do comprimento da saia, mas em função do direito que uma pessoa tem de usar a roupa que lhe convenha.
Felizmente para você, essa questão já foi resolvida há tempos. Muitas empresas adotam um código de conduta para apresentação pessoal. É por isso que você não vê uma funcionária vestindo saias muito curtas em agências bancárias, por exemplo. Assim como não vê tatuagens expostas.
Isso está certo ou errado? Nem uma coisa, nem outra. Está no código de conduta, que o empregado precisa aceitar para ser admitido.
Ao transferir a situação para uma entidade impessoal, que é o código de conduta, as empresas eliminam a salada de opiniões pessoais. Aí, pode ou não pode, porque está no código, e não porque alguém acha ou deixa de achar.
A minha sugestão é: proponha à área de recursos humanos, a implantação desse código de apresentação pessoal, após ouvir as opiniões, suas e de todos os gestores. Certamente, eles terão casos similares para apresentar e discutir.
Se você agir sozinho, você corre dois riscos. O primeiro, como você corretamente ponderou, é o de ferir a liberdade individual de alguém que não está descumprindo qualquer norma da empresa. E o segundo é o de, quem sabe, estar interpretando incorretamente o efeito da saia curta no ambiente de trabalho.
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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O efeito da saia curta no ambiente de trabalho
"Ocupo um cargo de gestão em uma conceituada empresa", escreve um graduado ouvinte. "Com frequência, uma das funcionárias do meu setor vem trabalhar vestindo saias curtas. E quando eu digo curtas, eu quero dizer bem curtas. Reconheço que ela tem os dotes naturais necessários para essa exposição de suas virtudes. E também reconheço que ela é uma funcionária muito eficiente.
O problema, como você mesmo comentou uma vez, são os outros. As saias curtas provocam distrações gerais, elogios de parte da ala masculina e comentários não muito auspiciosos de uma parcela da ala feminina. O resultado é que tudo isso, em meu modo de ver, não traz qualquer benefício ao ambiente de trabalho.
Há tempos eu penso em conversar com a funcionária, mas temo ofendê-la. Como posso ser assertivo, sem parecer puritano?"
Bom, primeiro, é preciso definir o que é aceitável e o que não é. Isso seria simples se o conceito de aceitável não variasse enormemente, porque ele se baseia em opiniões pessoais.
É bem provável que se você promovesse uma votação entre seus funcionários, as saias curtas ganhariam. Até mesmo a ala feminina votaria a favor. Não em função do comprimento da saia, mas em função do direito que uma pessoa tem de usar a roupa que lhe convenha.
Felizmente para você, essa questão já foi resolvida há tempos. Muitas empresas adotam um código de conduta para apresentação pessoal. É por isso que você não vê uma funcionária vestindo saias muito curtas em agências bancárias, por exemplo. Assim como não vê tatuagens expostas.
Isso está certo ou errado? Nem uma coisa, nem outra. Está no código de conduta, que o empregado precisa aceitar para ser admitido.
Ao transferir a situação para uma entidade impessoal, que é o código de conduta, as empresas eliminam a salada de opiniões pessoais. Aí, pode ou não pode, porque está no código, e não porque alguém acha ou deixa de achar.
A minha sugestão é: proponha à área de recursos humanos, a implantação desse código de apresentação pessoal, após ouvir as opiniões, suas e de todos os gestores. Certamente, eles terão casos similares para apresentar e discutir.
Se você agir sozinho, você corre dois riscos. O primeiro, como você corretamente ponderou, é o de ferir a liberdade individual de alguém que não está descumprindo qualquer norma da empresa. E o segundo é o de, quem sabe, estar interpretando incorretamente o efeito da saia curta no ambiente de trabalho.
Max Gehringer, para CBN.
2009-10-21
Ninguém deve permanecer ou sair de uma empresa por lealdade ao chefe - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/10/2009, sobre a lealdade dos subordinados na hora da demissão.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Ninguém deve permanecer ou sair de uma empresa por lealdade ao chefe
"Sou gerente de uma empresa de grande porte", escreve um preocupado ouvinte. "Temos dois problemas que já vêm de longe: uma alta rotatividade de pessoal e uma péssima comunicação interna. Isso ocasiona frequentes ondas de boatos, cuja origem ninguém sabe. Mas que por não serem desmentidos pela direção, acabam afetando negativamente o ambiente de trabalho.
Desta vez, o alvo sou eu. Faz alguns dias, começou a circular um rumor maldoso de que vou ser dispensado. Meus subordinados ouviram, vieram me contar e me disseram que, se eu sair, eles sairão junto comigo. Gostaria de saber se posso usar isso como argumento numa conversa franca com meu diretor."
Poder, você pode, mas não deve. Não porque não seja um bom argumento, mas porque não é verdade. Essa foi uma maneira simpática, porém não sincera, de seus subordinados mostrarem apreço por você.
Se a sua demissão de fato se confirmar, não espere que uma única pessoa vá abandonar o emprego simplesmente por uma demonstração de lealdade. Muitos chefes já acreditaram nisso e se frustraram.
Você não é um profeta com seguidores que se atirariam do alto da montanha. É um gerente, que está em terceiro lugar na lista de prioridades dos seus subordinados. As duas primeiras são a vida familiar e a carreira. E as duas dependem da manutenção do emprego atual.
O melhor que você pode fazer é agradecer essa demonstração de solidariedade e dizer que ninguém deve ficar na empresa, ou sair dela, só por sua causa. Seus subordinados assinaram um contrato de trabalho com a empresa, e não com você.
O que eu já vi acontecer, e muitas vezes, é o chefe mudar de emprego e convidar os subordinados mais eficientes e mais leais, a acompanhá-lo. Mas isso sempre inclui uma oferta de emprego e não uma proposta coletiva de desemprego.
Por outro lado, não é uma boa ideia você ir conversar com o seu diretor sobre o boato de sua demissão. Isso passaria uma sensação de insegurança da sua parte.
O melhor é você se preparar para a pior hipótese. Ou para melhor, já que pela descrição da situação, você está em uma empresa que não oferece muito futuro e tem subordinados que não vão cumprir o que lhe prometeram.
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Ninguém deve permanecer ou sair de uma empresa por lealdade ao chefe
"Sou gerente de uma empresa de grande porte", escreve um preocupado ouvinte. "Temos dois problemas que já vêm de longe: uma alta rotatividade de pessoal e uma péssima comunicação interna. Isso ocasiona frequentes ondas de boatos, cuja origem ninguém sabe. Mas que por não serem desmentidos pela direção, acabam afetando negativamente o ambiente de trabalho.
Desta vez, o alvo sou eu. Faz alguns dias, começou a circular um rumor maldoso de que vou ser dispensado. Meus subordinados ouviram, vieram me contar e me disseram que, se eu sair, eles sairão junto comigo. Gostaria de saber se posso usar isso como argumento numa conversa franca com meu diretor."
Poder, você pode, mas não deve. Não porque não seja um bom argumento, mas porque não é verdade. Essa foi uma maneira simpática, porém não sincera, de seus subordinados mostrarem apreço por você.
Se a sua demissão de fato se confirmar, não espere que uma única pessoa vá abandonar o emprego simplesmente por uma demonstração de lealdade. Muitos chefes já acreditaram nisso e se frustraram.
Você não é um profeta com seguidores que se atirariam do alto da montanha. É um gerente, que está em terceiro lugar na lista de prioridades dos seus subordinados. As duas primeiras são a vida familiar e a carreira. E as duas dependem da manutenção do emprego atual.
O melhor que você pode fazer é agradecer essa demonstração de solidariedade e dizer que ninguém deve ficar na empresa, ou sair dela, só por sua causa. Seus subordinados assinaram um contrato de trabalho com a empresa, e não com você.
O que eu já vi acontecer, e muitas vezes, é o chefe mudar de emprego e convidar os subordinados mais eficientes e mais leais, a acompanhá-lo. Mas isso sempre inclui uma oferta de emprego e não uma proposta coletiva de desemprego.
Por outro lado, não é uma boa ideia você ir conversar com o seu diretor sobre o boato de sua demissão. Isso passaria uma sensação de insegurança da sua parte.
O melhor é você se preparar para a pior hipótese. Ou para melhor, já que pela descrição da situação, você está em uma empresa que não oferece muito futuro e tem subordinados que não vão cumprir o que lhe prometeram.
Max Gehringer, para CBN.
2009-10-20
Como reduzir conflitos e desentendimentos - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/10/2009, com as 5 regras para resolver um conflito, que servem não apenas para a vida profissional, mas são úteis em várias situações.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Como reduzir conflitos e desentendimentos
"Aqui na minha empresa", escreve um ouvinte, "a quantidade de conflitos e de desentendimentos é muito grande. Como podemos ser mais camaradas uns com os outros?"
Pode parecer picuinha, mas em linguagem corporativa, desentendimento é uma coisa e conflito é outra. A diferença é que conflitos são positivos, porque permitem que duas ou mais pessoas expressem pontos de vista antagônicos sobre um determinado assunto, com o objetivo de chegar a algum tipo de acordo.
Já o desentendimento é a falta de vontade para chegar a qualquer acordo. É a discordância sem fundamento, em que alguém tenta fazer a sua opinião prevalecer, mesmo sem ter dados para provar que ela é a mais correta. E principalmente, sem ter a vontade de procurar esses dados, ou de ouvir os argumentos alheios.
É isso: enquanto o conflito é profissional e civilizado, o desentendimento é uma discussão que não vai levar a lugar algum.
Aqui estão as cinco regrinhas básicas para solução de um conflito:
1ª. As partes precisam concordar que nenhum dos envolvidos individualmente conseguirá resolver o problema sozinho.
2ª. Antes que as discussões comecem, os envolvidos devem se municiar de todos os dados numéricos e fatos concretos.
3ª. Mesmo que cada participante possa ter a certeza de que sua opinião é, sem dúvida, a correta, um precisa ouvir com atenção o que os outros têm a apresentar, sem interrupções, críticas ou ironias. Se isso não acontecer, o conflito se transformará rapidamente em desentendimento.
4ª. Em muitos casos, a opinião de alguém neutro e isento será de grande valia. Convidar pessoas de dentro ou de fora da empresa para opinar, só vai ajudar.
5ª. Assim que uma solução for encontrada, todos os envolvidos devem aceitá-la e trabalhar para que ela seja colocada em prática. A pior atitude é dizer: "eu não concordo, mas se vocês acham que tem que ser assim, então tudo bem".
Nas boas empresas, os conflitos são o combustível da eficiência e das mudanças necessárias. Empresas sem conflitos, ou porque só um manda, ou porque todo mundo prefere fazer seu trabalho quietinho e sem incomodar ninguém, acabam se tornando lentas e obsoletas.
E existe uma última vantagem. Empresas que incentivam e sabem administrar conflitos profissionais, eliminam a maior parte do tempo que é desperdiçado com desentendimentos pessoais.
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Como reduzir conflitos e desentendimentos
"Aqui na minha empresa", escreve um ouvinte, "a quantidade de conflitos e de desentendimentos é muito grande. Como podemos ser mais camaradas uns com os outros?"
Pode parecer picuinha, mas em linguagem corporativa, desentendimento é uma coisa e conflito é outra. A diferença é que conflitos são positivos, porque permitem que duas ou mais pessoas expressem pontos de vista antagônicos sobre um determinado assunto, com o objetivo de chegar a algum tipo de acordo.
Já o desentendimento é a falta de vontade para chegar a qualquer acordo. É a discordância sem fundamento, em que alguém tenta fazer a sua opinião prevalecer, mesmo sem ter dados para provar que ela é a mais correta. E principalmente, sem ter a vontade de procurar esses dados, ou de ouvir os argumentos alheios.
É isso: enquanto o conflito é profissional e civilizado, o desentendimento é uma discussão que não vai levar a lugar algum.
Aqui estão as cinco regrinhas básicas para solução de um conflito:
1ª. As partes precisam concordar que nenhum dos envolvidos individualmente conseguirá resolver o problema sozinho.
2ª. Antes que as discussões comecem, os envolvidos devem se municiar de todos os dados numéricos e fatos concretos.
3ª. Mesmo que cada participante possa ter a certeza de que sua opinião é, sem dúvida, a correta, um precisa ouvir com atenção o que os outros têm a apresentar, sem interrupções, críticas ou ironias. Se isso não acontecer, o conflito se transformará rapidamente em desentendimento.
4ª. Em muitos casos, a opinião de alguém neutro e isento será de grande valia. Convidar pessoas de dentro ou de fora da empresa para opinar, só vai ajudar.
5ª. Assim que uma solução for encontrada, todos os envolvidos devem aceitá-la e trabalhar para que ela seja colocada em prática. A pior atitude é dizer: "eu não concordo, mas se vocês acham que tem que ser assim, então tudo bem".
Nas boas empresas, os conflitos são o combustível da eficiência e das mudanças necessárias. Empresas sem conflitos, ou porque só um manda, ou porque todo mundo prefere fazer seu trabalho quietinho e sem incomodar ninguém, acabam se tornando lentas e obsoletas.
E existe uma última vantagem. Empresas que incentivam e sabem administrar conflitos profissionais, eliminam a maior parte do tempo que é desperdiçado com desentendimentos pessoais.
Max Gehringer, para CBN.
Dia 20
É quando acabam diversas coisas.
O salário e os escrúpulos. Se bem que estes últimos, a gente na maioria das vezes apenas finge ter.
Outra tirinha do Adão Iturrusgarai.
O salário e os escrúpulos. Se bem que estes últimos, a gente na maioria das vezes apenas finge ter.
Outra tirinha do Adão Iturrusgarai.
2009-10-19
Parceiros na vida e no trabalho: caminhos profissionais devem ser distintos - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 19/10/2009, mais uma vez falando sobre relacionamentos pessoais e vida profissional.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Parceiros na vida e no trabalho: caminhos profissionais devem ser distintos
"Já ouvi você comentar como o casamento pode influir na carreira e vice-versa", escreve uma ouvinte. "Eu estou vivendo as duas situações ao mesmo tempo. Eu e meu marido trabalhamos na mesma área de uma multinacional. É uma empresa aberta, moderna e que não impõe restrições a que os funcionários namorem e casem.
Bom, eu estou em vias de ser promovida a gerente do meu setor. Se isso se confirmar, serei chefe do meu marido. Como nunca houve uma situação anterior desse tipo na empresa, o meu diretor me chamou para uma conversa reservada. E me perguntou como a minha eventual promoção seria recebida por meu marido.
Eu comecei respondendo que não haveria problema algum. Mas enquanto eu falava, fui me dando conta de que não sabia a resposta. E respondi que iria conversar com calma com meu marido. Que reagiu bem, como eu esperava. Ele até me disse que eu poderia chamar a atenção dele na frente dos demais funcionários, caso ele merecesse uma bronca. Só que minha intuição me diz que meu marido respondeu o que ele sabia o que queria ouvir.
Eu não quero perder a promoção, mas também não quero arriscar o meu casamento."
Eu jamais ousaria dizer a uma mulher que a intuição dela pode estar errada, porque homem perde feio neste quesito.
Mas acredito que a sua suspeita seja fundamentada. Assim como você, o seu marido também não pode antecipar com tanta certeza, qual será a reação dele diante de uma situação que ele nunca enfrentou. O que acontecerá quando os colegas começarem a insinuar que você protege o seu marido? Como o seu marido realmente irá se portar no dia em que você tiver que reprová-lo diante dos colegas?
Ou o casamento de vocês é uma fortaleza indestrutível, e se fosse, você não estaria se questionando, ou o que é mais provável, a promoção irá mesmo, de alguma forma, afetar o relacionamento pessoal de vocês.
Eu sugiro que seu marido tente uma transferência para outra área da empresa. E se isso não for possível, que ele mude de emprego.
Se você acredita que poderia dar ordens a ele numa relação de trabalho, certamente você não terá problemas em convencê-lo, como esposa, a tomar a decisão correta, que é a de sair o quanto antes de seu caminho profissional, para que vocês possam ter, juntos, um longo e feliz caminho pessoal.
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Parceiros na vida e no trabalho: caminhos profissionais devem ser distintos
"Já ouvi você comentar como o casamento pode influir na carreira e vice-versa", escreve uma ouvinte. "Eu estou vivendo as duas situações ao mesmo tempo. Eu e meu marido trabalhamos na mesma área de uma multinacional. É uma empresa aberta, moderna e que não impõe restrições a que os funcionários namorem e casem.
Bom, eu estou em vias de ser promovida a gerente do meu setor. Se isso se confirmar, serei chefe do meu marido. Como nunca houve uma situação anterior desse tipo na empresa, o meu diretor me chamou para uma conversa reservada. E me perguntou como a minha eventual promoção seria recebida por meu marido.
Eu comecei respondendo que não haveria problema algum. Mas enquanto eu falava, fui me dando conta de que não sabia a resposta. E respondi que iria conversar com calma com meu marido. Que reagiu bem, como eu esperava. Ele até me disse que eu poderia chamar a atenção dele na frente dos demais funcionários, caso ele merecesse uma bronca. Só que minha intuição me diz que meu marido respondeu o que ele sabia o que queria ouvir.
Eu não quero perder a promoção, mas também não quero arriscar o meu casamento."
Eu jamais ousaria dizer a uma mulher que a intuição dela pode estar errada, porque homem perde feio neste quesito.
Mas acredito que a sua suspeita seja fundamentada. Assim como você, o seu marido também não pode antecipar com tanta certeza, qual será a reação dele diante de uma situação que ele nunca enfrentou. O que acontecerá quando os colegas começarem a insinuar que você protege o seu marido? Como o seu marido realmente irá se portar no dia em que você tiver que reprová-lo diante dos colegas?
Ou o casamento de vocês é uma fortaleza indestrutível, e se fosse, você não estaria se questionando, ou o que é mais provável, a promoção irá mesmo, de alguma forma, afetar o relacionamento pessoal de vocês.
Eu sugiro que seu marido tente uma transferência para outra área da empresa. E se isso não for possível, que ele mude de emprego.
Se você acredita que poderia dar ordens a ele numa relação de trabalho, certamente você não terá problemas em convencê-lo, como esposa, a tomar a decisão correta, que é a de sair o quanto antes de seu caminho profissional, para que vocês possam ter, juntos, um longo e feliz caminho pessoal.
Max Gehringer, para CBN.
2009-10-18
And I find it kind of funny, I find it kind of sad...
...the dreams in which I'm dying are the best I've ever had.
Esses dois versos fazem parte da letra da música Mad World. A versão original é do Tears for Fears, mas talvez a versão mais conhecida seja a de Gary Jules (é a versão que eu conhecia), que toca no final do filme Donnie Darko.
Eu adoro essa música. Ela tem um tom triste, melancólico, e ao mesmo tempo, como posso dizer... talvez esperançoso? Não, acho que não é essa a palavra, mas com meu curto vocabulário hoje, é o máximo que consigo ir. Talvez eu esteja procurando uma palavra que designe aquilo que a gente sente quando chora quando está triste e feliz ao mesmo tempo. Existe?
Bem, tem esquizofrênico, mas não acho que seja o caso... Ou não...
De qualquer maneira, é uma música muito bonita. E tenho que, de certo modo, agradecê-la, pois se não fosse por ela, eu acho que nunca teria assistido Donnie Darko, o que certamente seria um pecado.
E o clipe dessa versão é absolutamente fantástico, ao contrário do programa de domingo. Assistam:
Letra e tradução:
Mad World - versão Gary Jules
(Mundo maluco)
All around me are familiar faces
Worn out places, worn out faces
Bright and early for the daily races
Going nowhere, going nowhere
À minha volta são todos rostos familiares
Lugares desgastados, rostos desgastados.
Claro e cedo para suas corridas diárias
Indo a lugar nenhum, indo a lugar nenhum
Their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I wanna drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow
E suas lágrimas estão enchendo seus óculos
Sem expressão, sem expressão
Escondo minha cabeça, quero afogar meu sofrimento.
Sem amanhã, sem amanhã.
And I find it kind of funny, I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying are the best I've ever had
I find it hard to tell you, I find it hard to take
When people run in circles its a very, very
Mad world, mad world
E eu acho isso meio engraçado, eu acho isso meio triste
Os sonhos nos quais estou morrendo são os melhores que eu já tive
Eu acho difícil te dizer, eu acho difícil de entender
Quando as pessoas andam em círculos é muito, muito
Um mundo maluco, mundo maluco
Children waiting for the day they feel good
Happy birthday, happy birthday
And I feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Crianças esperando pelo dia quando se sentem bem
Feliz Aniversário, feliz Aniversário
E eu me sinto do jeito que toda criança deveria
Sente e escute, sente e escute
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me, what's my lesson?
Look right through me, look right through me
Fui à escola e estava muito nervoso
Ninguém me conhecia, ninguém me conhecia
Olá, professora, diga-me qual é a minha lição?
Olhe através de mim, olhe através de mim.
And I find it kind of funny, I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying are the best I've ever had
I find it hard to tell you, I find it hard to take
When people run in circles its a very, very
Mad world, mad world
E eu acho isso meio engraçado, eu acho isso meio triste
Os sonhos nos quais estou morrendo são os melhores que eu já tive
Eu acho difícil te dizer, eu acho difícil de entender
Quando as pessoas andam em círculos é muito, muito
Um mundo maluco, mundo maluco
Enlarging your world
Mad world
Aumentando o seu mundo
Mundo maluco
Esses dois versos fazem parte da letra da música Mad World. A versão original é do Tears for Fears, mas talvez a versão mais conhecida seja a de Gary Jules (é a versão que eu conhecia), que toca no final do filme Donnie Darko.
Eu adoro essa música. Ela tem um tom triste, melancólico, e ao mesmo tempo, como posso dizer... talvez esperançoso? Não, acho que não é essa a palavra, mas com meu curto vocabulário hoje, é o máximo que consigo ir. Talvez eu esteja procurando uma palavra que designe aquilo que a gente sente quando chora quando está triste e feliz ao mesmo tempo. Existe?
Bem, tem esquizofrênico, mas não acho que seja o caso... Ou não...
De qualquer maneira, é uma música muito bonita. E tenho que, de certo modo, agradecê-la, pois se não fosse por ela, eu acho que nunca teria assistido Donnie Darko, o que certamente seria um pecado.
E o clipe dessa versão é absolutamente fantástico, ao contrário do programa de domingo. Assistam:
Letra e tradução:
Mad World - versão Gary Jules
(Mundo maluco)
All around me are familiar faces
Worn out places, worn out faces
Bright and early for the daily races
Going nowhere, going nowhere
À minha volta são todos rostos familiares
Lugares desgastados, rostos desgastados.
Claro e cedo para suas corridas diárias
Indo a lugar nenhum, indo a lugar nenhum
Their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I wanna drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow
E suas lágrimas estão enchendo seus óculos
Sem expressão, sem expressão
Escondo minha cabeça, quero afogar meu sofrimento.
Sem amanhã, sem amanhã.
And I find it kind of funny, I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying are the best I've ever had
I find it hard to tell you, I find it hard to take
When people run in circles its a very, very
Mad world, mad world
E eu acho isso meio engraçado, eu acho isso meio triste
Os sonhos nos quais estou morrendo são os melhores que eu já tive
Eu acho difícil te dizer, eu acho difícil de entender
Quando as pessoas andam em círculos é muito, muito
Um mundo maluco, mundo maluco
Children waiting for the day they feel good
Happy birthday, happy birthday
And I feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Crianças esperando pelo dia quando se sentem bem
Feliz Aniversário, feliz Aniversário
E eu me sinto do jeito que toda criança deveria
Sente e escute, sente e escute
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me, what's my lesson?
Look right through me, look right through me
Fui à escola e estava muito nervoso
Ninguém me conhecia, ninguém me conhecia
Olá, professora, diga-me qual é a minha lição?
Olhe através de mim, olhe através de mim.
And I find it kind of funny, I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying are the best I've ever had
I find it hard to tell you, I find it hard to take
When people run in circles its a very, very
Mad world, mad world
E eu acho isso meio engraçado, eu acho isso meio triste
Os sonhos nos quais estou morrendo são os melhores que eu já tive
Eu acho difícil te dizer, eu acho difícil de entender
Quando as pessoas andam em círculos é muito, muito
Um mundo maluco, mundo maluco
Enlarging your world
Mad world
Aumentando o seu mundo
Mundo maluco
Horário de verão
Pois é, apesar de estarmos ainda na primavera, mais uma vez começou o horário de verão. Mais uma vez, vamos adiantar os relógios em uma hora este ano. Começou na meia-noite de sábado, então se você tinha alguma coisa marcada pra meia-noite e meia, perdeu-se no limbo.
Pra não deixar a gente esquecer, a TV fica repetindo direto que mudou o horário. Infelizmente, faz um bom tempo que eu quase não vejo TV. E então hoje, neste domingo de tempo relativamente bom, o que me aconteceu? Esqueci totalmente do infeliz, e estava com todos os relógios atrasados em uma hora.
Estava a fim de dar uma saída, entrei na internetz e fui ver a programação nos cinemas. Opa, filme interessante às duas horas, saí de casa correndo pra pegar a sessão.
Cheguei lá, olhei pro relógio, vinte minutos pras duas. Beleza, dá pra comprar o ingresso sem stress, pensei. Na bilheteria, nos painéis, olhei a hora e epa! Que negócio é esse?
Oh shit, aí eu percebi que havia esquecido completamente o horário de verão, e o filme tinha começado há 40 minutos. Esperar uma hora e meia pra próxima sessão, não me pareceu muito interessante, especialmente porque no shopping (onde é o cinema), as únicas coisas que eu faço é: 1 - cinema; 2 - comer (e não ia ficar uma hora e meia comendo).
Bom, que tal ver outro filme? Humm... dos do próximo horário, nenhum eu estava a fim de ver ou rever. Aí que eu acabei vendo que Bastardos Inglórios tinha acabado de começar, as duas e meia (já no horário de verão).
Putz, vou perder parte da maravilhosa cena de entrada do Hans Landa, mas que se dane! E lá fui ver Quentin Tarantino de novo.
Bah, ver a Shosanna de novo valeu a pena. Só pra ficar repetindo mentalmente o nome, hahahah. (Se você ainda não viu o filme, não sabe que a pronúncia é "xoxana". Seria o nome mais foda de todos os filmes do Tarantino, se não tivesse o primeiro H do nome, huhuhuhu.)
Bem, amanhã voltamos à programação normal. =P
Pra não deixar a gente esquecer, a TV fica repetindo direto que mudou o horário. Infelizmente, faz um bom tempo que eu quase não vejo TV. E então hoje, neste domingo de tempo relativamente bom, o que me aconteceu? Esqueci totalmente do infeliz, e estava com todos os relógios atrasados em uma hora.
Estava a fim de dar uma saída, entrei na internetz e fui ver a programação nos cinemas. Opa, filme interessante às duas horas, saí de casa correndo pra pegar a sessão.
Cheguei lá, olhei pro relógio, vinte minutos pras duas. Beleza, dá pra comprar o ingresso sem stress, pensei. Na bilheteria, nos painéis, olhei a hora e epa! Que negócio é esse?
Oh shit, aí eu percebi que havia esquecido completamente o horário de verão, e o filme tinha começado há 40 minutos. Esperar uma hora e meia pra próxima sessão, não me pareceu muito interessante, especialmente porque no shopping (onde é o cinema), as únicas coisas que eu faço é: 1 - cinema; 2 - comer (e não ia ficar uma hora e meia comendo).
Bom, que tal ver outro filme? Humm... dos do próximo horário, nenhum eu estava a fim de ver ou rever. Aí que eu acabei vendo que Bastardos Inglórios tinha acabado de começar, as duas e meia (já no horário de verão).
Putz, vou perder parte da maravilhosa cena de entrada do Hans Landa, mas que se dane! E lá fui ver Quentin Tarantino de novo.
Bah, ver a Shosanna de novo valeu a pena. Só pra ficar repetindo mentalmente o nome, hahahah. (Se você ainda não viu o filme, não sabe que a pronúncia é "xoxana". Seria o nome mais foda de todos os filmes do Tarantino, se não tivesse o primeiro H do nome, huhuhuhu.)
Bem, amanhã voltamos à programação normal. =P
2009-10-16
Empresa ou casamento: qual deve ser prioridade? - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 16/10/2009, com uma reflexão sobre relacionamentos e carreira.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Empresa ou casamento: qual deve ser prioridade?
Paixão pelo trabalho ou paixão pela paixão? Esse é o tema de hoje, graças à decisão de um ouvinte que relata o seguinte:
"A minha noiva resolveu ter um papo sério comigo. Ela me disse que eu estava dedicando tempo demais a minha vida profissional e pouco tempo para ela. O noivado já durava 2 anos e o casamento estava marcado para o ano que vem.
De bate-pronto eu respondi que minha prioridade pelos próximos anos, seria a minha carreira profissional, e que minha noiva teria que entender que isso seria o melhor para nós dois. Mas ela não entendeu e nosso compromisso acabou naquele instante. Meus pais e meus futuros sogros ficaram confusos. E nenhum de meus amigos apoiou a minha decisão. Estou precisando que alguém me diga que eu fiz a coisa certa."
Você fez a coisa certa. Pelo menos num sentido: é melhor o relacionamento terminar agora, do que depois do casamento.
Você e sua noiva têm pontos de vista opostos, e isso certamente iria resultar em longas e sofridas discussões, sobre o que é mais importante, a empresa ou o casamento.
Mas o que realmente vai definir o grau de acerto de sua decisão é o tempo. A cena do rompimento do noivado irá voltar à sua cabeça sempre que você tiver algum tipo de frustração profissional. E aí você oscilará entre o arrependimento e a satisfação.
Mas principalmente, eu diria que você tomou a decisão certa não em relação a você mesmo, mas em relação à sua ex-noiva. Ela não estava disposta a ser a segunda prioridade da sua vida. E agora você já sabe que precisará encontrar alguém que pense como você: ou uma mulher que se sujeite a ficar em segundo plano, coisa rara hoje em dia, ou uma executiva que também pense que a carreira dela é tão importante quanto o casamento.
Se o segundo caso ocorrer, um dia, talvez, você reclame da ausência e da desatenção de sua esposa executiva, caso a carreira dela seja mais bem sucedida que a sua.
Mas minha impressão, é que neste momento quem saiu ganhando com essa história foi a sua ex-noiva: enquanto você terá que provar muitas vezes a si mesmo, que tomou a decisão correta na vida, a sua ex-noiva descobriu de bate-pronto, que você não seria a pessoa certa para a vida dela.
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Empresa ou casamento: qual deve ser prioridade?
Paixão pelo trabalho ou paixão pela paixão? Esse é o tema de hoje, graças à decisão de um ouvinte que relata o seguinte:
"A minha noiva resolveu ter um papo sério comigo. Ela me disse que eu estava dedicando tempo demais a minha vida profissional e pouco tempo para ela. O noivado já durava 2 anos e o casamento estava marcado para o ano que vem.
De bate-pronto eu respondi que minha prioridade pelos próximos anos, seria a minha carreira profissional, e que minha noiva teria que entender que isso seria o melhor para nós dois. Mas ela não entendeu e nosso compromisso acabou naquele instante. Meus pais e meus futuros sogros ficaram confusos. E nenhum de meus amigos apoiou a minha decisão. Estou precisando que alguém me diga que eu fiz a coisa certa."
Você fez a coisa certa. Pelo menos num sentido: é melhor o relacionamento terminar agora, do que depois do casamento.
Você e sua noiva têm pontos de vista opostos, e isso certamente iria resultar em longas e sofridas discussões, sobre o que é mais importante, a empresa ou o casamento.
Mas o que realmente vai definir o grau de acerto de sua decisão é o tempo. A cena do rompimento do noivado irá voltar à sua cabeça sempre que você tiver algum tipo de frustração profissional. E aí você oscilará entre o arrependimento e a satisfação.
Mas principalmente, eu diria que você tomou a decisão certa não em relação a você mesmo, mas em relação à sua ex-noiva. Ela não estava disposta a ser a segunda prioridade da sua vida. E agora você já sabe que precisará encontrar alguém que pense como você: ou uma mulher que se sujeite a ficar em segundo plano, coisa rara hoje em dia, ou uma executiva que também pense que a carreira dela é tão importante quanto o casamento.
Se o segundo caso ocorrer, um dia, talvez, você reclame da ausência e da desatenção de sua esposa executiva, caso a carreira dela seja mais bem sucedida que a sua.
Mas minha impressão, é que neste momento quem saiu ganhando com essa história foi a sua ex-noiva: enquanto você terá que provar muitas vezes a si mesmo, que tomou a decisão correta na vida, a sua ex-noiva descobriu de bate-pronto, que você não seria a pessoa certa para a vida dela.
Max Gehringer, para CBN.
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