Sábado de sol e tempo agradável em Floripa é sinônimo de praia, certo? Pra mim, não. Pra mim é sinônimo de menos gente na fila do cinema (porque eles devem estar na praia) e mais tranquilidade pra ver um filme. No caso, o novo do tresloucado diretor Quentin Tarantino, Bastardos Inglórios (ou Inglorious Bastards, no original). Em uma palavra: excelente!
O filme transpira Quentin Tarantino, do início ao fim, na sua melhor forma. Tudo o que o cineasta fez de melhor em seus filmes, até agora, ele reuniu neste filme de 2ª Guerra Mundial, que se passa num universo muito particular. Está tudo lá: os diálogos ligeiros e geniais, a tensão de duelos verbais e físicos, a violência gráfica e crua, tudo em seu devido lugar. E mesmo quando um elemento é exagerado, não dá pra reclamar de erro na mão: é pensado, é calculado, enfim, é estilo.
Assim como Kill Bill, o filme é dividido em capítulos. Basicamente, temos dois arcos bem definidos, um que acompanha a jovem judia, camponesa e francesa (e gatíssima) Shosanna (Mélanie Laurent), que buscando sobreviver, acaba tendo a chance de vingança contra os nazistas.
O outro arco é o dos Bastardos, como é conhecido um grupo americano infiltrado na França ocupada, que tem o único objetivo de levar terror às tropas alemãs, matando e escalpelando o maior número de nazistas possível, grupo este, comandado pelo tenente Aldo Rayne (Brad Pitt). Esses dois arcos acabam se cruzando justamente na oportunidade de vingança da jovem Shosanna (que nesta altura, já mudou seu nome para Emanuelle).
Quem transita por estes dois arcos é o nazista Hans Landa (Christoph Waltz), coronel nazista especializado em caçar judeus. E é Landa quem rouba a cena no filme inteiro. Sempre que aparece na tela, ele é o cara. Esqueça Brad Pitt, que está em destaque no pôster por razões comerciais. Quem merecia no mínimo uma menção ao Oscar é Christoph Waltz.
Em suma, Bastardos Inglórios é um excelente filme de Quentin Tarantino. Não é pra todo mundo (se você não gostou de Pulp Fiction e Kill Bill, por exemplo, é alta a probabilidade de não gostar desse também), mas com certeza, é um filmaço. É o melhor do diretor, como alguns apregoam? Na minha opinião, ainda perde pra Kill Bill. O que, convenhamos, está longe de ser um demérito.
Para saber mais: crítica do Omelete.
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