São imagens com cenários tão amplos que não raramente é difícil identificar onde o artista se encontra (e como diminui o tamanho das fotos pra colocar no post, retirei algumas que Brulat ficava praticamente invisível). Por isso, mesmo que ele esteja pelado, não dá pra ver muita coisa (sorry, meninas).
Vejam as duas séries de autorretratos nus do artista.
Immaculate - nessa série, o artista tira seus autorretratos num centro comercial/financeiro a noite, quando tudo em volta se esvazia e as construções ganham um tom de cidade desértica pós-apocalíptica. Algumas palavras do artista:
"O que me chocou em 'Immaculate' era que essa vizinhança vivia apenas por um sistema, e quando a noite o sistema para, quando não há necessidade de ativá-lo, ele simplesmente morre, um sistema criado por humanos, sustentado por humanos, não deixa absolutamente nenhum amor, nenhuma felicidade, nenhuma tristeza. Um lugar sem nenhum tipo de vida.
Eu sou fascinado por lugares onde a beleza dos seres humanos se foi."
No lobby de um edifício.
Parque à noite.
No meio da avenida, deitado no asfalto.
Primates - nessa série, Brulat se fotografa deitado nu, no meio de neve, rochas e rios congelados. Em algumas imagens é fácil distingui-lo (como naquela em que ele está deitado numa relva), mas quase sempre o artista se integra à paisagem, não como o artista Arno Rafael Minkkinen, mas sendo apenas mais um ponto na imensidão da natureza. Além disso, a imagem de um corpo jogado em regiões inóspitas também nos leva a refletir sobre a natureza resistente da nossa espécie, uns primatas que conquistaram boa parte do mundo.
Na beira do rio gelado.
Deitado sobre uma pedra no meio do mar de rochas.
No meio da neve, parecendo mais um pedaço de rocha qualquer.
Imagens via site oficial de Ruben Brulat. Dica via Empty Kingdom - Ruben Brulat.