Transcrição do comentário do
Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 31/03/2017, com um ouvinte que tem um chefe que não dá trégua nas cobranças.
Áudio original disponível no
site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do
Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Resultados do grupo sem as cobranças incessantes do gestor foram iguais'
Um ouvinte escreve:
"Trabalho em uma instituição financeira. E você sabe que, nesse setor, as cobranças por resultados são constantes e pesadas. Não é uma crítica, estamos acostumados com isso. Acontece que temos um gestor que adota a marcação individual, circulando o dia inteiro entre as mesas, perguntando, incentivando e, obviamente, exigindo resultados.
No mês passado, esse gestor entrou em férias e os resultados do grupo, sem as cobranças dele, foram iguais às dos meses anteriores. Seria válido levar ao conhecimento do gestor que temos competência e maturidade para trabalhar sem uma supervisão incessante?"
Bom, válido seria, mas
duvido que o gestor concorde com os argumentos de vocês. Muito provavelmente, ele chegou ao
cargo de gestor porque tem
um estilo que agrada à direção da instituição: o do
cobrador que não dá trégua e que está o tempo todo ligado no
desempenho de cada
subordinado.
Eu até lhe diria que, no dia em que houver, aí no setor, a oportunidade de uma
promoção,
o escolhido será aquele que tiver um estilo semelhante ao desse gestor. Portanto, mais do que ser convencido a mudar, ele seria para vocês
um exemplo a ser seguido.
Se você me perguntar se esse é o melhor
modelo de um gestor do século 21, eu lhe diria que não. Mas o que importa é o modelo que
cada empresa adota para decidir quem será mantido, demitido ou promovido.
Não havendo
assédio moral, a rotina se resume, como você mesmo disse, em se
acostumar com a cultura e a usá-la em benefício da própria carreira.
Max Gehringer, para CBN.