Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 12/05/2009, sobre testes vocacionais, orientação vocacional, e o jovem indeciso, no meio de grandes decisões.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).
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Teste vocacional x orientação vocacional
Uma consulta sobre vocações. Escreve um pai ouvinte: "Tenho um filho que está totalmente indeciso quanto a escolha da profissão. E gostaria de saber se um teste vocacional seria uma solução."
Testes vocacionais mais simples, do tipo "escolha a opção A ou B, numa lista de 50 perguntas", existem aos montes na Internet. A partir de características individuais, como o tipo de leitura preferida, esses testes podem indicar uma direção, mas não um alvo.
Por exemplo, o teste pode revelar que um jovem demonstra uma tendência para a área de exatas ou para a área de humanas, mas o teste não vai dizer para o jovem que a vocação dele é a astronomia ou a engenharia genética, e essa é a decisão que precisará ser tomada na hora de escolher um curso específico.
Em resumo, testes vocacionais estão longe de serem conclusivos. Aí é que entra a orientação vocacional: uma série de 10 ou 15 sessões, conduzidas por um profissional, normalmente um psicólogo. Esse orientador, por dispor de tempo suficiente, vai ajudar o jovem a pensar e a chegar a uma conclusão. Por isso, o orientador precisa ter, além do conhecimento de sua própria profissão de psicólogo, informações adequadas sobre as outras profissões.
Quando um jovem se diz criativo e aponta para um interesse na área de marketing, por exemplo, o orientador precisa saber que marketing, nos anos iniciais da carreira, é composto por 5% de criatividade e 95% de burocracia. É nesse momento que o orientador poderá ajudar o jovem a entender que ele, jovem, está apenas enxergando um aspecto que o atrai, e não a profissão como um todo. E são exatamente esses aspectos fundamentais, que se perdem nos testes vocacionais simples.
A orientação vocacional é indicada em dois casos. O primeiro caso é aquele em que o jovem demonstra estar num estado de indecisão tão grande, que não sabe sequer responder se preferiria ser político ou astronauta. E o segundo caso é aquele em que os pais podem estar tentando influir na decisão do filho, com base não nas aptidões e desejos do filho, mas naquilo que os pais sonharam ser e não foram. Ou então foram e são, com muito sucesso, e querem empurrar o filho na mesma direção como se ela fosse a única possível.
Max Gehringer, para CBN.
3 comentários:
Talvez em um teste ou orientação vocacional, eles me mandassem ser médica, ou psicóloga, ou coisa do naipe.
Mas, pela minha falta de paciência e pela minha preguiça MASTER... eles jamais me mandariam ser jornalista, AHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA!!!
Será que não ia dar 'blogueira'? Huahuahuha
não acredito em testes vocacionais...
tem é que pesquisar e procurar saber mais sobre o curso, ver a grade de disciplinas, conhecer algum profssional da area etc etc...
muita gente faz esses testes, e acaba desistindo no 1º ou 2º ano de faculdade... u_u
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