Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, de ontem, dia 18/08/2008. Áudio original disponível no site da CBN.
Empresas contratam funcionários para tarefas específicas
Uma consulta muito procedente. Diz um ouvinte:
"Trabalho em uma empresa multinacional de alimentos que é dona de várias marcas famosas. Sempre tive orgulho do meu trabalho, porque nossos produtos estão em praticamente todos os lares brasileiros. Agora, a minha empresa está me pagando um curso de MBA, e no primeiro dia, o professor me pediu para falar um pouco sobre a maneira como nossos produtos são feitos.
Eu trabalho na área financeira. E percebi, de repente, ali na frente de toda a classe, que não saberia nem por onde começar. Não conheço a maioria dos ingredientes, não sei a procedência deles e nunca tive contato com os processos de fabricação, até porque eu trabalho num escritório que fica distante das fábricas.
Então, eu fui sincero. Disse que não sabia e que não queria fazer de conta que sabia. O silêncio foi constrangedor, como se eu tivesse cometido um grave pecado de omissão, ou de falta de interesse ou coisa assim. Por isso pergunto: minha empresa deveria dar, a todos os funcionários, a oportunidade de conhecer detalhes do processo de produção?"
Entre um "sim" e um "não", a resposta seca é não. Empresas contratam funcionários para tarefas específicas. Para executar bem o seu trabalho, um gerente financeiro de uma montadora de automóveis, não precisa saber como funciona um motor. Assim como o gerente de produção não precisa entender em detalhes como funciona a contabilidade.
O nosso ouvinte poderia ter respondido ao professor que iria se informar melhor e que faria uma apresentação na próxima aula. Dito isso, existem empresas que organizam visitas periódicas de funcionários de outras áreas às fábricas. Isso gera uma saudável interação e melhora o clima de satisfação geral. Porque quem nunca viu uma fábrica moderna funcionando, normalmente se surpreende positivamente com o que vê, e aprende.
Portanto, embora a resposta seca à pergunta de nosso ouvinte seja "não", seria muito melhor se ela fosse "sim".
Max Gehringer, para CBN.
2 comentários:
Eu acho perfeita a colocação.
normalmente empresas de porte grande são assim, mas em empresinhas pequenas, como o lugr onde eu trabalho, você tem que ser pau pra toda obra.. ó_ò
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