2008-08-04

A Múmia: A Tumba do Imperador Dragão

Eu tenho que admitir: me decepcionei ao assistir o terceiro filme de A Múmia: A Tumba do Imperador Dragão (The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor, no original). E olhem que eu não li nenhuma crítica antes de ir assistir ao filme, pra não me deixar influenciar.


Mas infelizmente não teve jeito. O filme é bem fraco, se comparado aos dois primeiros. Não sei se a culpa foi do diretor (que não é o mesmo dos dois primeiros filmes) ou do roteiro, ou de ambos.

Bem, a história do filme é bem básica, praticamente uma coleção de estereótipos e coisas absurdas. Alex, o filho agora crescido de Rick O´Connell e sua esposa Evelyn, descobre a múmia de um antigo imperador chinês, cruel e dominador das magias dos cinco elementos (apesar de no filme inteiro ele só usar dois elementos, fogo e água). E claro, a múmia acaba despertando, mas não com os poderes integrais, e então ele vai atrás dos poderes e blá blá, história manjada.

E apesar da história ser praticamente uma cópia dos filmes anteriores, por que neste terceiro Múmia a coisa não flui? Eu tenho alguns palpites...

Primeiro, a fórmula, que era uma revitalização do gênero no primeiro filme, começou a se desgastar no segundo e chegou no terceiro esgotada.

Segundo, a química entre os personagens não rolou. O Alex crescido é chato, o drama pai/filho entre ele e Rick ficou totalmente deslocado e sem sentido no filme. A substituição de Rachel Weisz, que viveu o papel de Eve nos dois primeiros filmes também teve um impacto significativo. Maria Bello não parece a vontade no filme, a personagem ficou muito diferente (e não estou falando da aparência, mas da personalidade).

O que nos leva ao terceiro ponto, o roteiro. Inconstante, ele tirou o que melhor havia nos filmes anteriores: os seus personagens. Descaracterizou tanto Evelyn quanto Alex (OK, aborrescência é uma fase de mudanças, mas não quero ver coisas realísticas num filme de múmias), tornando a primeira fraca e sem graça, e o segundo, um chato.

Com isso, perdeu-se a excelente química que havia entre o menino Alex e seu tio trapalhão Jonathan, que ficou sozinho de alívio cômico para a ação. Junte-se isso ao fato do roteiro não ser dos melhores, e temos tiradas mais ou menos engraçadas jogadas ao ar, no meio de algum tiroteiro.

(Família reunida... Que saudade da Rachel Weisz...)

E se tudo isso não bastasse, o vilão de Jet Li foi muito mal aproveitado. Aliás, a presença do Jet Li nesse filme foi totalmente desnecessária. Tirando as boas cenas de ação no começo, tudo o que ele deve ter feito no resto do filme foi andar com dificuldade, usando alguma roupa de captura de movimento, pros efeitos em CG fazerem o caminhar da múmia de barro.


Michelle Yeoh também fez o filme pra pagar as contas. Ela, que podia muito bem ser aproveitada em cenas de artes marciais, não fez praticamente nada. Decepcionante...

Desta vez, concordo com a crítica do Omelete, em dar nota 2 (de 5).

Os filmes da franquia Múmia sempre deram bons filmes de sessão da tarde. Mas minha sugestão é: prefira os dois primeiros.

6 comentários:

disse...

Bem, ainda não vi o terceiro, mas na minha opinião um filme pra ser bom numa sequencia de três tem que ser muito bom. Se não a história se perde.

Bjo

Anônimo disse...

o brendan fraser já não é mais o mesmo

Andarilho disse...

É, a idade pesa...

|Renata_Emy| disse...

Ahhh, pensei que era legal, pelo trailer sei lah...

Que pena!

Anônimo disse...

Adorei os dois primeiros filmes. Perdi as contas das vezes que assisti. Concordo Planamente c o citado acima... A atriz do novo filme é péssima. Decepcionante.

Unknown disse...

Assisti todos, mas este dá de 10 nos outros.Simplismente maravilhoso!!!!Não consigo parar de assistir!!!