Enquanto se dorme
O manto negro encobre minha vista,
Quando dirijo minhas preces ao céu.
O som de vozes mortas lista
Todos os furos deste meu negro véu.
Somente o silêncio caminha,
Entre gemidos e preces na escuridão.
E o gélido vento, que nada tinha,
Vem aqui observar a própria podridão.
Noite. Domínio do mal,
Este fluido mais que espectral,
Que escorre da essência de tudo.
Sombras. Formadas por gotas
Desta miséria malevolência escrota
Que toma o céu deste mundo.
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