Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 11/08/2009, sobre o que responder quando perguntado numa entrevista de emprego, as razões da saída do último emprego.
E para quem quiser saber mais sobre o assunto, o Max deu este outro comentário sobre como responder porque você saiu do último trabalho, há algum tempo atrás.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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O que responder sobre o porquê da saída do último emprego?
No quesito 'perguntas mais frequentes', uma das mais repetidas é esta: o que eu respondo quando o entrevistador me perguntar porque eu sai do meu último emprego?
Como não é difícil adivinhar, os ouvintes que fazem a consulta não têm histórias agradáveis para contar. Quase sempre, a origem da demissão está num daqueles verbos que não cheiram bem no particípio passado: perseguido, injustiçado, assediado, enganado, ou vilipendiado, se for bacharel.
Para quem foi vítima de um desses acidentes profissionais, a frustração e a raiva parecem uma melancia na garganta. E a melhor maneira de desentalar essa angústia é contar o caso aos confidentes preferenciais, os chamados entes queridos. Aquela comunidade que inclui amigos, parentes e paixões. Obviamente, um ente querido irá reagir como se espera que ele reaja: acreditando em tudo o que ouvir, apoiando, compartilhando da frustração e da irritação.
Bom, aí vem uma entrevista e a pergunta: por que você saiu do seu último emprego?
Vamos lá. Entrevistadores também são entes queridos na vida pessoal, mas não quando estão entrevistando um candidato. O papel do entrevistador é o de arrancar o máximo de informações. Ele pode até dar a impressão de que está concordando com a história que o candidato está contando, pode até passar uma imagem de empatia, mas o entrevistador jamais assumirá o papel de juiz. Ele não irá decidir se o candidato estava certo ou errado. E nem irá ligar para a empresa, para ouvir a versão do lado de lá.
Simplesmente, após entrevistar vários candidatos, o entrevistador irá optar por um, que preencha os requisitos técnicos e acadêmicos da função. E que não tenha tido problemas no emprego anterior. E sempre aparecerá um candidato assim em qualquer processo de seleção.
Portanto, a recomendação seria: não solte os cachorros numa entrevista. No máximo, fale da ex-empresa com neutralidade, e de preferência, fale bem dela.
Mas isso não seria mentir? Não, seria limitar a resposta aos poucos aspectos positivos. E guardar as mágoas com a ex-empresa, o ex-chefe ou os ex-colegas, para compartilhá-las somente com seus entes queridos.
Max Gehringer, para CBN.
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