Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Quis mostrar serviço por ser temporário, mas acabei virando alvo de gozações'
Um ouvinte escreve: "Fui contratado como temporário, por três meses. Essa é a minha primeira experiência como temporário e estou tentando fazer o melhor que posso para mostrar que mereço uma chance de ser efetivado. Mas, por querer mostrar serviço, tornei-me alvo de gozações dos mais antigos. Será que escolhi mal a empresa ou é assim em todas elas?"
Vamos lá. Existem estatísticas confiáveis mostrando que um em cada oito temporários é efetivado ao final do contrato. Mas isso não acontece porque vagas novas são abertas. Pelo contrário, quando a alta temporada termina, há uma tendência de redução de quadro, e não de aumento. Portanto, na maioria dos casos, quem é efetivado vai ocupar o lugar de um efetivo que será dispensado.
Para as empresas não é difícil tomar essa decisão, porque um temporário pode ser observado trabalhando, como é o seu caso, durante 90 dias. Por outro lado, a empresa pode ter alguns empregados efetivos cujo desempenho não é dos melhores, ou porque faltam ao trabalho ou porque chegam atrasados com alguma frequência ou porque a sua produtividade é inferior a dos colegas. Para funcionários assim, um temporário eficiente é uma ameaça e as gozações são uma maneira de tentar fazer com que o temporário desacelere o ritmo ou se desequilibre.
Portanto, se você está trabalhando bem, entenda as gozações como um mecanismo de defesa de quem não está trabalhando bem. E não se preocupe. Ser alvo de piadas só mostra que você está bem próximo de ser efetivado.
Max Gehringer, para CBN.
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