2017-04-04

'Setor privado me decepcionou e penso em fazer concurso público' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 04/04/2017, com uma ouvinte que está decepcionada com a iniciativa privada e está pensando em fazer um concurso público.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/==========================================================================

'Setor privado me decepcionou e penso em fazer concurso público'

concurso público

Uma ouvinte escreve: "Eu me formei no ano passado em uma ótima universidade e consegui o que muita gente reclama que não está conseguindo: uma vaga em uma empresa de renome no mercado. Só que bastou eu começar a trabalhar nela para me sentir como figurante de um filme de horror: empregados antigos de casa sendo indiscriminadamente demitidos, cortes de custos que envolvem até gastos insignificantes, como pó de café, e principalmente falta de comunicação da direção sobre os rumos que a empresa deve tomar depois dessa tormenta. Sinto-me frustrada e passei a considerar a possibilidade de pedir a conta e me preparar para prestar um concurso público, que eu vejo como uma vacina contra os horrores da iniciativa privada. O que você me diz?"

Digo-lhe que você talvez devesse pensar mais um pouco antes de decidir, porque são duas coisas bem distintas. O serviço público é permanente e a situação de sua empresa é temporária.

Imagino que você tenha ingressado na iniciativa privada por acreditar que teria condições e equilíbrio para conviver com fases boas e ruins. E se entendi o que você escreveu, o fato de você ter começado em uma fase ruim lhe deu a impressão de que nunca haverá fases boas.

Eu lhe diria que você encontrará aspectos positivos e negativos tanto no serviço público quanto no privado. E só posso lhe sugerir que você faça a sua opção quando sentir que tem uma vocação de longo prazo, e não para fugir de uma situação momentânea que não lhe agrada.

Max Gehringer, para CBN.


Nenhum comentário: