Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/03/2013, sobre como proceder com a empresa atual se o funcionário tem uma possível saída dela a vista.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Devo avisar a empresa sobre minha possível saída?'
Eu mudei de emprego quatro vezes durante a minha carreira. E, na primeira vez que mudei, cometi um erro: fui transparente. Recebi um convite para fazer uma entrevista e imediatamente comuniquei o fato a meu chefe. Fui, fiz a entrevista e quando voltei, meu chefe me avisou que ele já havia solicitado a contratação do meu substituto. Eu disse para ele que nada estava ainda certo, que eu era apenas um dos candidatos e que teria que passar por mais algumas entrevistas. Mas meu chefe foi irredutível e eu fiquei numa situação perigosa: se não fosse contratado pela nova empresa, ficaria sem emprego. Mas felizmente tudo deu certo e consegui a vaga.
Seis anos depois, quando eu mudei da segunda para a terceira empresa da minha carreira, fiz tudo diferente. Só comuniquei a minha saída quando já estava contratado pela nova empresa. Isso é desonesto, imoral, antiético? Não. Se uma empresa resolve contratar alguém para substituir um funcionário, ela não vai avisar o funcionário que o processo está em andamento, para que ele não fique desmotivado ou desesperado. O funcionário só vai saber da demissão no momento em que for demitido, embora a decisão já tivesse sido tomada dois meses antes. Logo, a contrapartida é o funcionário proceder da mesma maneira.
Mas há algumas medidas profissionais que devem ser tomadas por quem sai. Por exemplo, indicar três possíveis candidatos para a vaga, entregar um relatório por escrito bem detalhado para que o novo ocupante da vaga possa se orientar em seus primeiros dias e, se a empresa quiser, até treinar o substituto.
A regra número um da mudança de emprego é simples: o emprego pertence à empresa, mas a carreira pertence ao funcionário.
Max Gehringer, para CBN.
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