O deserto se deslumbra a minha frente,
De pé, sinto o vento cortando os ossos.
O céu é negro, de uma escuridão indecente,
Penetrando por entre os tecidos mais grossos.
A areia e o vento, bailando numa dança,
Profana, desprovida de razão mas não de fúria,
Penetram no coração como uma lança,
E despertam a ira continda numa lamúria.
Trovões dão o tom de uma música singular,
Raios iluminam o peito a sangrar,
Neste deserto onde vivem o nada e ninguém.
Só vento, areia, relâmpagos e desolação,
Em milhas e milhas de pura escuridão,
Fazem companhia a quem não vai mais além.
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Mais um poema escrito na morcegagem da hora do almoço, hj 2007-03-19. Hoje estou com essa idéia de deserto na cabeça, e a frase do Morpheus: welcome to desert of the real.
Um comentário:
vc ainda ta escrevendo poesia eh???
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