Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/12/2008, sobre como o dia 31 de dezembro é inútil profissionalmente, e como as empresas ganhariam muito mais em satisfação dos empregados, se liberassem esse dia.
Aqui na Celesc, onde trabalho, dia 31 será meio-expediente. 4 horas não fazendo nada, ou melhor, fazendo algo: amaldiçoando os diretores, que provavelmente já estarão descansando, enquanto a "ralé" vai bater ponto.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).
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Dia 31 de dezembro é inútil profissionalmente
O dia 31 parece um feriado. Mas não é. É mais um dia útil, como 300 e tantos outros durante o ano.
É claro que existem muitos profissionais que precisam trabalhar nesse dia. Mas também existe quem não precisa. E não gostou nem um pouco quando saiu aquela bendita comunicação interna avisando que a empresa operaria normalmente no dia 31. Ou o que eu não sei se é melhor ou pior, a empresa funcionaria só meio-período e concederia a tarde ao empregado, como liberalidade.
Para quem não precisa trabalhar, mas terá que, nenhum outro dia útil do ano é tão profissionalmente inútil quanto o dia 31 de dezembro.
O serviço não rende, os erros ocorrem em número maior, as pessoas querem conversar umas com as outras, e ninguém nem atende ao telefone, que fica tocando até a exaustão. Os chefes nem têm coragem de dizer "gente, hoje é dia normal", porque eles sabem que dia 31 de dezembro não é um dia normal. É o ponto final de um ano. É dia de abraço, dia de felicitações. Manifestações de carinho e cortesia, que as pessoas fariam em meia hora na tarde do dia 30, se não fossem trabalhar no dia 31. Mas, como têm que aparecer na empresa, elas levarão 4 horas fazendo isso no dia 31.
Existem empresas que trabalham no dia 31 para dar um exemplo de seriedade da administração. E outras trabalham pra mostrar que é isso mesmo e não tem moleza.
Este meu comentário não é uma crítica. É apenas um lembrete. Ainda há tempo para que as empresas que obrigarão os seus empregados a comparecer amanhã, sem a necessidade absoluta de que eles estejam de corpo presente no último dia do ano, acrescentaria muito mais ao clima interno de satisfação e motivação, se hoje avisassem que o dia de amanhã será livre.
Para a empresa, não fará diferença alguma em termos de produtividade anual. Para os empregados, fará uma diferença enorme poder passar esse dia inteiro com a família. Ou sem fazer nada.
No fundo, no fundo, a decisão de quem manda será a de escolher se o empregado fará quase nada em casa ou quase nada na empresa.
Max Gehringer, para CBN.
3 comentários:
Eu tava, até a tarde de hoje, achando que eu teria que trabalhar amanhã.
As maledetas quatro horas, com a diferença que sim, eu teria MUITO o que fazer...
Mas meu chefinho xuxu disse que só ele ia pra fazer as paradas que eu faço todos os dias.
De brinde, ele ganhou uma funcionária feliz, que organizou e limpou TODO o arquivo em duas horas de trabalho a mais!
^_^
[sim, eu sou idiota, mas tb... quem num é?]
Ah, eu tb tenho o que fazer. Mas não significa que vá fazer.
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