Faz quase duas semanas que fui ver no cinema o filme Sempre ao Seu Lado (no original, Hachiko: A Dog's Story, ou Hachiko: A história de um cão). Mas não escrevi antes nada sobre o filme, porque sempre que eu pensava sobre ele, acabava me emocionando muito.
Primeiro, porque eu gosto de cachorros. E segundo, eu já conhecia a história (verdadeira) do cãozinho Hachiko e mesmo sem os recursos audiovisuais do cinema, já a achava uma história deveras triste.
Mas voltando ao filme, Sempre ao Seu Lado é a versão americana do filme japonês Hachiko Monogatari (A história de Hachiko), de 1987, que mostra a história real de vida de Hachiko, um cão da raça Akita, originária do Japão.
A história verdadeira se passa nos anos 20 do século passado, portanto, me perdoem se não alerto como spoiler o fato que o cão morre. Bem, provavelmente quase todos os envolvidos na história devem estar mortos a essa altura, mesmo, prevalecendo apenas a história, que já praticamente se tornou uma lenda.
A versão americana tem como protagonista o irmão americano perdido do Max Gehringer, o eterno príncipe encantado de prostitutas, Richard Gere. Interessante notar que essa não é a primeira adaptação americana de um filme japonês que Gere estrela. Anteriormente, ele já havia feito o Dança Comigo?, também um remake de filme japonês, sobre a paixão pela dança.
A versão americana se passa nos dias atuais, e muda de foco de Tóquio para Nova York. Nela, o neto do personagem de Gere apresenta na sala de aula, o seu herói: Hachiko, cão de seu avô. E conta a emocionante história de vida do animalzinho.
Sempre ao Seu Lado abusa muitas vezes da licença dramática/poética e de certos aspectos "místicos", como por exemplo, os personagens sempre dizendo que não fora o professor que escolheu Hachiko, mas sim o cachorro que o havia escolhido. Ou então, a história de não conseguir fazer o cão brincar de buscar bola.
São pequenos lances que estão ali no filme, especialmente pra você chorar. Funciona? Sim, funciona, mas na minha opinião, não era necessário. A própria história real já é naturalmente muito emocionante.
Se você não conhece a história real, e não gosta de NENHUM detalhe maior, não leia abaixo, nem veja o trailer.
Resumindo a história real, um professor universitário acaba adotando o cãozinho Hachiko. Durante dois anos, o cão sempre o acompanhava, de manhã, até a estação de trem, onde o professor pegava a sua condução para o trabalho. E à tarde, sempre na mesma hora, o cão voltava à estação para esperar o professor, para regressarem juntos para casa. Não importava o tempo, chuva ou mesmo neve. Até que um dia, o professor não voltou, porque morrera. A partir daí, todos os dias, na hora em que o professor costumava voltar, Hachiko ia à estação esperá-lo. E, depois de horas de espera, voltava cabisbaixo para onde morava. E fez isso durante toda a sua vida, que durou mais uns 10 anos.
A história de Hachiko ficou conhecida por todo o Japão quando saiu em várias reportagens. E depois da morte dele, a lealdade do cãozinho foi usada como um exemplo para o povo japonês (que, culturalmente, tem uma forte ligação com lealdade e fidelidade, mesmo que a maioria não o perceba, e provavelmente devido ao passado não tão distante assim, organizado em feudos e praticamente castas). Bem, de qualquer forma, hoje, na estação de Shibuya, existe uma estátua de um cão Akita, onde Hachiko costumava esperar o seu dono, em homenagem ao cachorrinho.
Em suma, Sempre ao Seu Lado é emocionante. Com boas atuações e uma parte técnica na medida, o filme tem mesmo sua grande estrela na figura canina, que deve cativar até mesmo aqueles que não gostam de cães. E que deve fazer chorar rios, se você gostar deles.
Trailer:
Para saber mais: crítica do Omelete.
P.S. Se depois de ver o filme, quiser comparar com a versão japonesa de 87, eu baixei o filme via torrent usando este link. Aproveite pra fazer o download enquanto tem alguns seeds.
6 comentários:
oohhhhnnnnnnnnnnn....
só de ver o cartaz eu já fico emocionada, sem mesmo ter visto o filme, pq eu tb conheço sintese da historinha...
aah eu nem li ate o final entao, pq pretendo ver o filme loguinho...
muuuuuuuuuuuuito melhor q marley e eu. eu li essa história em algum lugar, e qndo vi o filme eu associei na hora. fora q o cachorro é lindo né? pequenino então é fofíssimo.
[akita e samoieda são duas raças q eu adoro, ainda vou ter um de cada.]
Ai céus,
é filme para eu chorar o mês inteiro (e eu choro mesmo)...
sou muito "bundona" com essas coisas com cachorro.
Mas, acho que vou correr o risco de ver quando sair em DVD. No cinema, com certeza, vou pagar mico total..rs..
ninguém merece ver!
beijos, beijos...
adorei o post e agora estou com saudades da minha little dog! rs
Gay...
desde q passei pela frente do cinema e vi o cartaz desse filme e o trailer sabia q ia ser um filme gay.
Me recuso a entrar numa sala de cinema pra ver esse filme com risco de perder meu pinto lá dentro.
Na boa, pra quem tem como resolução parar de roer a unha, não se preocupe, pq o seu nivel de gayzice ultrapassa qualquer filme, hauhauhau
o filme sempre ao seu lao foi o filme mais lindo que eu vi em toda a minha vida.
Muito melho que Marley e eu!!!!!!!!!!!!
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