2016-02-12

'Virei supervisor de um setor onde ninguém cobra' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 12/02/2016, com a reprise do comentário do dia 15/04/2015, com um ouvinte que foi promovido em um setor onde não há o hábito da cobrança pelos resultados.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Virei supervisor de um setor onde ninguém cobra'

cobrança do chefe

Um ouvinte escreve: "Trabalho em uma empresa que vai muito bem, com ótimos resultados nos últimos anos. A questão é que recentemente fui promovido a supervisor de um setor e, pelo que vi, poderíamos ter nele resultados ainda melhores. O problema é que como ninguém cobra ninguém já faz tempo, tenho receio de ser mal recebido se começar a cobrar."

Muito bem. Duas coisas. A primeira é que uma empresa que vai bem pode começar a ir mal. E quando isso acontece, os chefes são chamados a explicar porque foram omissos nas cobranças quando tudo estava bem. Então cobrança é prevenção.

A segunda coisa é que você deve ter notado, antes de ser promovido, que certos superiores hierárquicos com os quais você conviveu, tinham uma imagem mais severa do que outros. "Fulano é fogo, ele cobra mesmo", você certamente deve ter ouvido.

Ao assumir um cargo de liderança, você começa a moldar a sua própria imagem, que poderá ser a do chefe pusilânime, que só cobra se for cobrado, ou a do chefe que entende que cobrar faz parte das atribuições dele. Evidentemente, há modos diferentes de ser um chefe cobrador. E o modo que você escolher também irá grudar em sua imagem.

Se você souber explicar que está cobrando não para resolver um problema presente, mas para garantir a integridade do setor no futuro, acredito que seus subordinados irão entender e colaborar, sem que você precise ser impositivo, crítico ou extremamente severo.

Finalmente, se você começar a cobrar já, não precisará ter que explicar, um dia, porque mudou de postura.

Max Gehringer, para CBN.


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