Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 08/02/2016, que é uma reprise do comentário de 19/03/2015, sobre realização profissional. Em todo o caso, vai o comentário novamente.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'O melhor sempre parece ser aquilo que não temos'
Um ouvinte escreve: "Troquei um emprego em que eu tinha que pensar e planejar, mas ganhava pouco, por um emprego burocratizado em que ganho bem mais, mas me sinto como uma ameba, fazendo tudo mecanicamente. O que faço, fico ou saio?"
Bom, se você olhar para as pessoas, e elas não são poucas, que estão procurando um emprego como esse que você tem agora e não conseguem encontrar, você certamente deveria ficar e se sentir feliz.
Mas na carreira existe algo que chamamos de realização profissional, que é a soma de ganhar bem e se sentir bem. A infelicidade geralmente ocorre quando uma dessas duas coisas não está presente no trabalho. Se fosse obrigatório optar por uma das duas, não tenho dúvidas de que o dinheiro seria a preferência da maioria. Mas essa não é uma decisão compulsória.
O que você pode fazer, sem deixar que a falta de estímulo prejudique o seu desempenho e sem se desligar da empresa atual, é usar o emprego que você tem como base para procurar outro trabalho que possa lhe proporcionar mais prazer intelectual, mesmo que seja com uma pequena redução salarial.
O importante é que você já experimentou os dois lados e agora pode decidir, com mais confiança, o que deseja.
A mesma situação vale para quem ganha bem, mas em um ambiente opressivo, e quem não sofre pressão, mas ganha mal.
O que é melhor? Pelo jeito, o melhor sempre parece ser aquilo que não temos. Até o dia em que conseguimos e descobrimos que não era bem aquilo o que queríamos.
Max Gehringer, para CBN.
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