Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/06/2009, sobre como se fazer de vítima não ajuda em nada quem quer ter uma carreira.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Quem se faz vítima sempre encontrará desculpas
Certamente existem pessoas que são vítimas no mercado de trabalho. Vítimas de assédio, de discriminação ou de algum tipo de perseguição. Do mesmo modo, existem pessoas no mercado de trabalho, que se fazem de vítimas. E eu diria, com base na experiência prática, que o segundo grupo ganha do primeiro na proporção de dez para um. Vou dar três exemplos, tirados de mensagens recebidas.
Primeiro: "Estou fazendo a mesma coisa há 8 anos e ninguém me dá uma oportunidade, só os puxa-sacos são promovidos."
Segundo: "Tenho 46 anos e estou sendo preterido por causa da idade."
Terceiro: "Para conseguir um emprego, é preciso ter costas quentes. Já mandei mais de 200 currículos e não recebi uma só resposta."
A outra maneira de avaliar essas três situações é partindo da realidade do mercado.
Primeiro caso. Uma promoção não se ganha, se consegue. Quem não é promovido não conseguiu ainda demonstrar algumas habilidades que serão necessárias no cargo seguinte. A principal delas é a liderança. O líder não vai provar que é líder depois que for promovido. Ele precisa provar antes, ao ganhar o respeito dos colegas. O líder informal é aquele que todo mundo consulta sobre assuntos de trabalho ou assuntos pessoais.
O segundo caso. O índice de desemprego pra profissionais acima de 40 anos não é alto. Proporcionalmente, é mais baixo do que o índice de jovens desempregados. No mais das vezes, o problema de quem não consegue emprego não é a idade, e sim a falta de atualização. Experiência conta na hora da admissão, mas há outros fatores que também contam: um curso superior, a fluência em inglês, o conhecimento de informática.
Terceiro caso. Mandar currículos ou se cadastrar em sites têm retorno baixo. Dependendo da área, entre 60% e 90% das boas vagas são preenchidas por indicação direta. Uma rede de contatos vale muito mais que um caminhão de currículos.
Em resumo, fazer-se de vítima é pecar por omissão. É deixar de fazer o que os outros fizeram ou estão fazendo, e transferir a responsabilidade para fatores cuja explicação é a mais fácil, mas não necessariamente a mais correta. Quem quer ter uma carreira sempre encontrará caminhos, quem se faz de vítima sempre encontrará desculpas.
Max Gehringer, para CBN.
4 comentários:
ó_ò
eu axo que uso essas desculpas..
embora seja dificil fazer network depois de um tempo formado e sozinho
Oi Querido,
Passei para desejar bom final de semana.
Beijos,
Bela - A Divorciada
Putz, cansei de ouvir isso... e é o q dizem por aí: vc é dono do seu próprio destino, vai lá e faz diferente ao invés de ficar reclamando. né?
bjs
Lendo isso daí lembrei de algo que algum dos meus ex-chefes me disseram há mto tempo, e que eu estou tentando aplicar à minha realidade ainda.
Se vc faz o que sempre fez, conseguirá o que sempre conseguiu.
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