Aos 21 anos, no terceiro emprego: a repercussão pode ser negativa? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 16/03/2011, sobre se a troca frequente de emprego pode ter repercussões negativas no futuro.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Aos 21 anos, no terceiro emprego: a repercussão pode ser negativa?


Um ouvinte escreve para dizer que aos 21 anos de idade, já teve dois empregos e pensa em mudar para o terceiro. Ele explica que a mudança anterior foi por uma proposta salarial melhor, e que a atual, caso se concretize, também será. E pergunta se o fato de ficar menos de um ano em cada empresa, poderá ter repercussão negativa futuramente.

Bom, tudo depende do percentual de incremento salarial que o ouvinte está tendo em cada mudança. Nenhuma empresa iria estranhar se alguém trocasse de emprego para ganhar o dobro. Mas já ficaria com um pé atrás se os aumentos fossem pequenos.

Na avaliação de quem está contratando, um candidato que mudou de emprego três vezes, por 5% de aumento em cada uma, não hesitará em mudar de novo. Logo, para a empresa, seria mais viável contratar alguém estável, porque existe um custo quando um empregado pede a conta.

Pode ser que o nosso ouvinte tenha começado num patamar salarial muito baixo, e que as mudanças, incluindo a que ele pretende fazer, tenham dobrado o seu primeiro salário, mas não o colocaram numa faixa salarial muito alta. Isso nada tem de negativo.

Porém, se o nosso ouvinte começou com um salário razoável no primeiro emprego, fez uma mudança por um percentual inferior a 10% de aumento, e está pensando em fazer a segunda na mesma base, os próximos empregadores já não serão tão receptivos.

Minha sugestão seria: se a mudança atual for por menos de 10%, nosso ouvinte poderia aguardar uma proposta melhor, de no mínimo 20%.

Bons saltos salariais são compreensíveis. O problema são os pulinhos, que acrescentam pouco ao bolso e muito à fama.

Max Gehringer, para CBN.