Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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O incentivo da empresa ao estudo do funcionário
"O que você tem a dizer sobre uma empresa que não dá qualquer incentivo a quem deseja estudar?", pergunta uma ouvinte.
Vamos lá. Começando pelo mais importante, se a empresa apoia ou não, se ela vai ou não pagar o curso, isso nada tem a ver com a sua decisão. Você deve estudar porque isso será importante para a sua carreira e o seu futuro, e não porque você está recebendo um incentivo imediato para estudar.
Dito isso, existem três tipos de empresas.
Tipo um: a empresa que vê o pagamento de um curso como parte da política de motivação do funcionário. Empresas assim financiam parcialmente qualquer curso que o funcionário se mostre interessado em fazer, mesmo que o curso pouco ou nada tenha a ver com a função exercida no momento.
Tipo dois: a empresa que paga cursos, mas somente quando eles têm aplicação imediata nas tarefas executadas. A empresa do tipo um está investindo no funcionário num prazo mais longo, e a do tipo dois está pagando para ter um retorno imediato do que vai gastar.
Agora, o tipo três: é a empresa que contrata empregados tecnicamente aptos para uma função para que eles permaneçam nela por um bom tempo. Para essas empresas, alguém que trabalhe num determinado setor e se disponha a fazer um curso compatível com outra área, é um problema em potencial. Porque, ao terminar o curso, o funcionário irá querer mudar de área, para colocar em prática aquilo que aprendeu. Mas quando a vaga aparece, a empresa prefere contratar alguém que além do curso, também já tem experiência anterior no setor.
Eu diria que a nossa ouvinte trabalha numa daquelas empresas que só pagam por aquilo que têm certeza de que vão aproveitar em curtíssimo prazo. Lamento também dizer que as empresas do tipo um, as que pagam, são relativamente poucas, mas certamente é numa delas que a nossa ouvinte gostaria de estar trabalhando. E quem não gostaria?
Max Gehringer, para CBN.
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