Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Briguei com o chefe e corro o risco de não ser promovido'
"Estou numa situação delicadíssima", escreve um ouvinte. "Faz dois anos tive uma altercação com o meu chefe. Num momento de tensão, falei para ele algumas coisas das quais hoje me arrependo, mas que na hora não consegui evitar. Como eu era considerado um bom funcionário, a empresa me transferiu para outro setor e a vida continuou.
Agora, fiquei sabendo que aquele chefe vai ser promovido. A partir da semana que vem, ele será o diretor da minha área. Ou seja, vai ser o chefe do meu gerente atual. Minha opinião sobre ele não mudou, continua negativa. Mas eu gosto do meu trabalho. E em minha última avaliação, fui considerado primeiro da fila, para um dia, assumir a gerência do meu setor. Minha dúvida é: o que eu faço?"
Bom, com o devido respeito ao superlativo absoluto sintético que você empregou, eu diria que a sua situação é delicada, mas não delicadíssima. Minha sugestão quanto ao que você deve fazer é a seguinte, anote aí: nada.
Por vários motivos, a saber. Você não gosta dele. Não ficou feliz com a promoção dele. E preferiria que ele tivesse sido mandado para alguma ilha em que houvesse um vulcão ativo. Portanto, se você disser a ele que o que passou, passou, ele vai perceber na hora que não passou.
Duas coisas podem acontecer. A primeira: ele ficou dois anos só esperando a hora de se vingar de você. Aí, só lhe resta esperar que você possa novamente ser transferido para outro setor.
E a segunda coisa: nesses dois anos, ele evoluiu, tanto que foi promovido a diretor. Então, no seu primeiro contato com ele, aja como você estivesse diante de um novo diretor, que você nunca viu na vida. Cumprimente o dito com o respeito que a posição dele merece, relaxe e continue a fazer o trabalho que lhe rendeu a boa avaliação.
Eu já vi alguns casos como o seu, e acredito que você terá uma surpresa agradável. Quem sabe, agradabilíssima.
Max Gehringer, para CBN.
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