Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/11/2016, com um ouvinte que tem uma leve deficiência e está em dúvida se pede para ser incluído no programa de cotas.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Posso usar uma pequena deficiência para me incluir no programa de cotas?'
Um ouvinte escreve: "Tenho uma pequena deficiência ortopédica, quase imperceptível. Exerço uma função gerencial em uma empresa e fico pensando se seria bom ou ruim eu solicitar a minha inclusão no programa de cotas de profissionais com deficiência. Pelo lado bom, meu emprego ficaria menos vulnerável, porque uma eventual demissão acarretaria a contratação de outro profissional com deficiência. E pelo lado ruim, temo que eu possa ser visto como um oportunista. Qual é a sua opinião?"
Bom, o sistema de cotas foi criado para auxiliar profissionais que tenham dificuldade para se empregar, devido a uma deficiência permanente e limitante.
Só que existe também o outro lado da questão. Obrigadas a preencher as cotas legalmente estabelecidas, as empresas nem sempre conseguem encontrar candidatos que atendam às exigências mínimas de uma função técnica ou burocrática. E se a cota não for preenchida, a empresa fica sujeita a sanções previstas em lei.
E acaba sendo útil ter um funcionário praticamente sem deficiência, como é o seu caso, classificado como PCD. Portanto, sugiro que você consulte a sua empresa para entender qual é o procedimento que ela adota.
Agora, em minha opinião, como a sua deficiência é quase imperceptível, segundo suas próprias palavras, e permite que você execute plenamente o seu trabalho sem nenhuma restrição, eu lhe diria que você estaria tomando o lugar de alguém que, de fato, necessita do amparo da lei para se empregar.
Max Gehringer, para CBN.
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