Mais uma vez, estou postando a transcrição, feita por mim, de hoje, 16/05/2008, dos comentários do Max Gehringer, para CBN. O áudio original você encontra no site da CBN.
Vantagens e desvantagens de viajar para o exterior em busca de aperfeiçoamento profissional
Eu recebo, no mínimo, uma mensagem por dia de ouvintes que estão pensando em passar um período no exterior, para adquirir fluência em inglês. E todos perguntam se este investimento realmente valerá a pena, se abrirá mais portas no mercado de trabalho e se permitirá aspirar a melhores salários.
Há duas respostas.
A primeira: quem tem a oportunidade de passar uma temporada em outro país deve aproveitá-la. Culturalmente, isso é ótimo, abre a cabeça, aumenta a auto-confiança. Além disso, a dificuldade para ser entendida, sempre faz com que uma pessoa aprenda a entender melhor os outros. Em resumo, é uma experiência de vida. E essa é a parte boa.
A parte não tão boa diz respeito ao objetivo mais imediato, o mercado de trabalho. Eu também recebo muitas mensagens de ouvintes que já foram ao exterior. E agora se sentem meio frustrados, porque as boas oportunidades de emprego não apareceram, ao contrário do que eles imaginaram. Ontem mesmo recebi uma longa lamentação de uma ouvinte que passou seis meses na Austrália, retornou ao Brasil já faz onze meses e não conseguiu emprego até agora.
Isso acontece porque o inglês realmente é um fator considerável em contratações. Mas não é o único, e nem é o mais importante. Na maioria dos casos, a experiência anterior na função pesa mais, mesmo que o candidato tenha aprendido inglês numa escola brasileira.
Portanto, o ideal seria ir para o exterior, mas trabalhar lá fora, numa função semelhante à que a pessoa ambiciona conseguir no Brasil. Aí sim, o viajante teria um belo diferencial no currículo. Mas, como isso está fora de cogitação para 99% dos que pretendem viajar, a decisão é outra: quem quiser fazer a viagem pelo que ela representará no longo prazo, já pode ir arrumando as malas. Para quem está apenas pensando no retorno em curtíssimo prazo, é bom pensar mais um pouco.
Max Gehringer, para CBN.
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Eu acho isso muito parecido com algumas pessoas que vão fazer um cursinho técnico fast-food, e que acham que saindo do curso, vão arranjar um empregão logo de cara. Como diria padre Quemedo, isso non ecziste!
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